sábado, 15 de dezembro de 2007

O RAP é pop!

 Conheça um dos gêneros mais lucrativos da indústria fonográfica -

Hieroglyphics, acredita que o RAP se transformou "numa vadia que só quer saber de correntes de ouro, champanhe e contratos milionários" - critica recorrente a qualquer gênero musical que chega ao mainstream. Entretanto, para o garoto pobre e negro dos Estados Unidos, o RAP, ao lado do basquete, é rota de ascensão social. Com suas "street tapes", fitas cassete vendidas nas ruas e nas pequenas lojas pelos rappers iniciantes, eles buscam algum reconhecimento. Quando conseguem, como 50 Cent, Eminem, Ja Rule, Jay Z, Usher, entre outros, passam a dirigir os gigantescos jipes Hummer, o preferido da cena hip-hop norte-americana, e veículo off road admirado por sua robustez e capacidade de superar praticamente qualquer obstáculo. É o RAP exigindo passagem.

Sobrevivendo no inferno

O grande momento do RAP NACIONAL aconteceu em 1998, quando o grupo paulistano RACIONAIS MCs colocou nas lojas o disco Sobrevivendo no Inferno, considerado obra-prima do Rap cantado em português e que vendeu mais de 1 milhão de cópias, recorde para um lançamento independente. No Brasil, o gênero estreou em disco com a coletânea Hip Hop Cultura de Rua, de 1988, com faixas de Thaíde & DJ Hum, MC Jack, Código 13, entre outros. De lá para cá, o Rap brasileiro se expandiu, novos artistas surgiram, mas o estilo ainda é marginalizado por grande parte do público. Notadamente paulistano, com forte viés político, o Rap nacional há tempos deixou de ser "apenas" Rap. Gente como Marcelo D2, Rappin 'Hood, Parteum, B Negão, entre outros, vem apostando na mistura. Hoje, o Rap dos "manos" brasucas é samba, é baião, é repente, é bossa nova, é combinação, às vezes criativa, do gênero norte-americano com sonoridades e ritmos bem brasileiros. Como diz Rappin 'Hood, " o RAP tem de virar cada vez mais música popular brasileira".

Recadinho: Aos alunos e eis alunos da Lucinéa - parabéns pelo gosto musical e pela habilidade, entretanto usem a cabeça uma, duas, três ou mais para a contextualização musical e para o desenvolvimento intelectual. RAP nacional requer estudante legal e de grande potencial . OK!

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