quarta-feira, 20 de outubro de 2010

NÃO FIQUE SENTADA NO SOL!

  • Você poderia... Iria significar que você está sentada sobre o Sol.
  • Prefira, então, SENTAR-SE AO SOL.

sábado, 16 de outubro de 2010

PLANETA HARMONIA~~♥ Trabalhe com os GARIS'NAT~~tERRA VIVA♥

ÁGUA DE REÚSO
  •  Que é água de reúso?
A água de reúso é produzida dentro das Estações de Tratamento de Esgoto e pode ser utilikzada para inúmeros fins, como geração de energia, refrigeração de equipamentos, em diversos processos industriais, em prefeituras e entidades que usam a água para fins não potáveis. As empressas podem aproveitar o produto na cadeia produtiva e colaborar com a ampliação da oferta de água destinda ao abastecimento público, colaborando, assim, com a sustentabilidade ambiental.
A água de reúso é obtida através do tratamento avançando dos esgotos gerados pelos imóveis conectados à rede coletora de esgotos. Pode ser utilizada nos processos que não requerem água potável, mas sanitariamente segura, gerando redução de custos e garantindo o uso racional da água.


  • A importância da água de reúso:
O uso responsável da água é fundamental não somente nas regiões metropolitanas, mas em todo o mundo. Cada litro de água de reúso utilizado representa um litro de água conservada em nossos mananciais.
O assunto é tão importante que faz parte da Estratégia Global para Administração da Qualidade das Águas, proposta pela ONU, para preservação do meio ambiente. É uma maneira inteligente e capaz de assegurar que as gerações futuras tenhamm acesso a esse recurso tão precioso e essencial à vida: a água potável.
  • Para quais fins pode ser utilizada?
Utiliza-se para inúmeros fins, como geração de energia, refrigeração de equipamentos, em diversos processos industriais, lavagem de ruas e alguns usos na agricultura.
  • Posso beber a água de reúso?
NÃO. A água de reúso não é potável; portanto, não deve haver nenhum tipo de uso/consumo humano, apesar de sua aparência ser semelhante à potável.
Quem pode comprar a àgua de reúso?
Indústrias, empresas de construção civil, prefeituras, comércio e transportadoras.
Fonte:: http://www2.sabesp.com.br/solucoesambientais/produtos/agua_reuso/agua_reuso.asp

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ENFARTE, ENFARTO, INFARTO?

Essas três formas de dizer (e de escrever) estão corretas e são, obviamente, aceitáveis. Devemos evitar apenas a forma infarte.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

RAPIDINHA DE PORTUGUÊS: Infração ou inflação?!?

  1. INFRAÇÃO:
  • Violação de uma regra ou de uma lei.
EXEMPLO:
  • Cometeu uma infração de trânsito. 

2. INFLAÇÃO:

  • Ato de encher, crescer.
  • É exatamente o que vem acontecendo com os preços em relação aos salários.
EXEMPLO:

  • A inflação neste mês está muito alta.

sábado, 2 de outubro de 2010

RAPIDINHA DE PORTUGUÊS:

ESTÁ ESTAVA OU ESTIVERA - HÁ OU HAVIA?????!!!???

Quando se indica um fato passado, usando o verbo no presente do indicativo, demarca-se o tempo transcorrido, introduzindo-o por há.

EXEMPLO:
  • Ele está preso 15 dias.
Entretanto, se passarmos o verbo para o imperfeito ou para o mais-que-perfeito do indicativo, demarcaremos o tempo transcorrido, introduzindo-o por havia.

EXEMPLOS:
  • Ele estava preso havia 15 dias.
  • Ele estivera preso havia 15 dias.
NOTE BEM: Se, porém, usarmos o verbo no perfeito do indicativo, manteremos a forma .

EXEMPLO:
  • Ele esteve preso 15 dias.

sábado, 25 de setembro de 2010

SANAR OU SANEAR? O BCCCV esclarece:

  • SANAR: Curar,  sarar, corrigir.
 EXEMPLOs:

É preciso sanar esse mal.
Sanaremos todas essas falhas.

  • SANEAR: Recuperar, remediar, tornar habitável, reparar.
EXEMPLOs:
O governo saneará (recuperará) o Rio Acre.
Precisamos sanear as finanças do país.
A Prefeitura saneou (tornou habitável) o bairro São Francisco.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

"QUE" - Dúvida cruel - O BCCCV explica:

FAZER O QUÊ? 
E OUTROS QUES SEM ACENTO CIRCUNFLEXO
 
 


--- Acentua-se o ‘que’ neste caso: Fazer o quê, Fernando? (quando a frase termina com um vocativo). Carlos Eduardo Miranda, São Paulo/SP

Pela norma oficial, não. Reza o Formulário Ortográfico de 1943 (na 14ª regra da Acentuação Gráfica - Obs.) que o acento circunflexo deve ser usado como distintivo ou diferencial entre “porquê (quando é substantivo ou vem no fim da frase) e porque (conj.)”  e entre “quê (s.m., interj., ou pron. no fim da frase) e que (adv., conj., pron. ou part. expletiva)”. Vamos exemplificar essa regra quanto aos dois últimos “ques”:

  Com acento circunflexo:
. Substantivo masculino: Seu olhar tem um quê de misterioso e vago.
. Interjeição: Quê! isso é intriga.
. Pronome em fim de frase: Fumar pra quê?
                                                   Ele falou não sei o quê.
                                                   Analise como e por quê.

   Sem acento:
. Advérbio: Que beleza!
. Conjunção: O ministro disse que vai pensar no caso.
. Pronome: É linda a casa que construíram.
. Partícula expletiva: Que doce que ela é!

Em suma: escreve-se o que com acento para marcá-lo como monossílabo tônico, da mesma forma que se faz com ,, , e essa tonicidade ocorre com o que quando interjeição ou substantivo e quando pronome no final da frase.

Há, contudo, uma situação que deixa muitos brasileiros em dúvida: é justamente quando o “que” soa como tônico mas não vem no fim da frase – ao menos a frase entendida como um enunciado de sentido completo que se conclui com um ponto (final, de exclamação ou de interrogação). É para evidenciar essa tonicidade que alguns redatores usam o “que” acentuado no meio da frase ou antes de acabado o período:

Fazer o quê, Fernando?
Está pensando em quê, fofura?
São leituras, então, que intermedeiam o quê, para quê, através de quem.

Não se pode considerar o acento gráfico um erro nesses casos, de modo algum. Mas pelo sim, pelo não, é uma boa opção ater-se ao preceituado na gramática e não acentuar o “que” situado no meio da frase, com ou sem pontuação na sequência. Assim o fizeram as pessoas que escreveram os períodos abaixo:

Por que, Senhor?

O Washington e toda a equipe da W/Brasil mantiveram o frescor da campanha por 26 anos. Parar por que, então?

Confira nesta página como e por que – embora entrelaçadas por uma história inacabada – as duas guerras têm características singulares.

O redator-chefe de Primeira Leitura responde, numa reportagem sobre desinvestimento, o que e por que mudar.

Cometemos de fato o equívoco apontado, pelo que nos desculpamos.

Pedimos que nos envie o recibo e a nota fiscal, sem o que não realizamos nenhuma troca.

Para elas, mudou o que neste meio século? O penteado?

E se o barco afundar, vamos fazer o que, Presidente?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

REDAÇÃO - [O BCCCV informa]:


Os grandes escritores possuem tal convívio e domínio da linguagem escrita como
maneira de manifestação, que nem se preocupam mais em determinar as partes do
texto que estão produzindo.
A lógica da estruturação do texto vai determinando, simultaneamente, a distribuição
das partes do texto, que deve conter começo, meio e fim.
O aluno, todavia, não possui muito domínio das palavras ou orações; portanto,
torna-se fundamental um cuidado especial para compor a redação em partes 
fundamentais. Alguns professores costumam determinar em seus manuais 
de redação outra nomenclatura para as três partes vitais de um texto escrito. 
Ao invés de começo, meio e fim, elas recebem os nomes de introdução, 
desenvolvimento e conclusão ou, ainda, início, desenvolvimento e fecho.
Todos esses nomes referem-se aos mesmos elementos. Parece-nos irrelevante
o nome que cada pessoa atribui. 
O importante é que as pessoas saibam que essas partes devem existir em sua redação.
Vejamos, sucintamente, cada uma delas: 
1- INTRODUÇÃO (início, começo).
Assim, pode-se começar uma redação fazendo uma afirmação, uma declaração, 
uma descrição, uma pergunta, e de muitas outras maneiras. 
O que se deve guardar é que uma introdução serve para lançar o assunto,
delimitar o assunto, chamar a atenção do leitor para o assunto que será desenvolvido.
Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor. 
Se a redação necessita de trinta linhas, aconselha-se a que o aluno use de quatro a seis
linhas para a parte introdutória.

EVITAR OS SEGUINTES DEFEITOS NA INTRODUÇÃO:
I. Iniciar uma ideia geral, mas que não se relaciona com a segunda parte da redação.
II. Iniciar com digressões (desvio de rumo ou assunto).
III. Iniciar com as mesmas palavras do título.
IV. Iniciar aproveitando o título, com se este fosse um elemento de primeira frase.
V. Iniciar com chavões -
TIPOS:
- Desde os primórdios da Antiguidade [...]
- Não é fácil a respeito de [...]
- Bem, eu acho que [...]
- Um dos problemas mais discutidos na atualidade [...]

2. DESENVOLVIMENTO (meio, corpo)
A parte substancial e decisória de uma redação é o seu desenvolvimento.
É nela que o aluno tem a oportunidade de colocar um conteúdo razoável, lógico.
Se o desenvolvimento da redação é sua parte mais importante, deverá ocupar
o maior número de linhas. Supondo-se uma redação de trinta linhas, esta deverá
destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento
da mesma.

DEFEITOS A EVITAR NO DESENVOLVIMENTO:
I. Pormenores.
II. Divagações.
III. Repetições.
IV. Exemplos excessivos de tal sorte a não sobrar espaço para a conclusão.

3. CONCLUSÃO (fecho, final)
Assim como a introdução, o fim deverá ocupar uma pequena parte do texto.
Se a redação está planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro 
a seis linhas.
Na conclusão, as ideias propõem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar
de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.
Se alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, mas não coloca uma 
conclusão: o leitor sentir-se-á perdido, estupefato.

DEVE-SE EVITAR OS SEGUINTES DEFEITOS NA CONCLUSÃO:
I. Não finalizar (é o principal defeito).
II. Avisar que se concluirá, [utilizando expressões como "Em resumo" ou "Concluindo"].

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DÚVIDA CRUEL

SUBSTANTIVOS CONCRETOS E ABSTRATOS




Certamente não foi ou não é fácil perceber a diferença entre eles, e portanto há divergência de entendimentos e de explicação nos livros de gramática. “A distinção entre concretos e abstratos é mais filosófica do que linguística e, dentro da filosofia, muito fugidia” (Mattoso Câmara Jr.).

Pode-se afirmar que são concretos os substantivos que se referem a seres materiais ou espirituais, reais ou fictícios: casa, cor, dente, leão, fada, alma, triângulo, o amigo, o diplomata, (o) japonês, (o) brasileiro etc.

São substantivos abstratos os atributos, estados, qualidades e ações, derivados de um conceito original. Eles não existem por si sós. Não possuem forma. Digamos que não podem ser desenhados, uma vez que não transmitem uma imagem. Assim, calor e frio são abstratos, gramaticalmente falando, embora nós os sintamos de modo concreto. São também abstratos todos os substantivos que exprimem sentimentos e emoções – qualidades da alma. Você pode desenhar um homem triste, uma mulher vaidosa, mas não a tristeza ou a vaidade, por exemplo.

Revendo: vento (ou ventania) é conceito original, não é atributo (e para uma criança tem uma certa forma – ela consegue desenhá-lo, sem dúvida). É, portanto, concreto. Já calor e frio (= frieza) são atributos, da mesma forma que amor, tristeza, alegria, saudade, brancura, consolo, maciez, pobreza e admiração, todos substantivos abstratos.

Quando os alunos já conhecem bem os conceitos de verbo, adjetivo e substantivo, sua forma e função, é possível mostrar-lhes que são ABSTRATOS os substantivos derivados de duas outras classes: do adjetivo e do verbo. Pode o professor apresentar exemplos e exercícios mais ou menos assim:

Estou sempre contente. [adjetivo] >> Meu CONTENTAMENTO é enorme.

Mirtes fica aborrecida por pouco. [adjetivo] >> Seu ABORRECIMENTO é deplorável.

O chefe se mostrou satisfeito conosco. [adjetivo] >> A SATISFAÇÃO dele resultou em aumento salarial.

Está um dia muito quente. [adjetivo] >> O CALOR de hoje está insuportável.

Admiro seu trabalho. [verbo] >> Minha ADMIRAÇÃO por seu trabalho é grande.

Quero felicitar você. [verbo] >> Desejo-lhe FELICIDADES.

Vendeu apenas quatro livros. [verbo] >> Foi fraca a VENDA dos livros.

Três pessoas caminharam até o alto da montanha. [verbo] >> A CAMINHADA foi difícil.

Todas as palavras em caixa-alta acima são substantivos abstratos que derivam de um adjetivo ou de um verbo. Então, é possível dizer que os substantivos que não dão nenhuma ideia de qualidade, atributo ou ação e que não são formados de nenhuma outra classe de palavras são substantivos concretos.

sábado, 24 de julho de 2010

CERVEJA É BOM -> o BCCCV esclarece:

  • Há casos de discordância do predicativo com relação ao sujeito quando este, sem nenhuma determinação, é expresso em sua generalidade abstrata: Cerveja é bom para a saúde. Pimenta é bom para a saúde.
 
  •  Quando se utiliza o artigo, é necessária a concordância:
  1. A cerveja é boa para a saúde.
  2. A pimenta é boa para a saúde.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ESQUECER/ESQUECER-SE? O BCCCV esclarece:

  • O primeiro é verbo transitivo direto: Esqueci a data de seu aniversário.
  • O segundo é verbo pronominal, é indireto e pede a preposição de: Esqueci-me do que ia escrever.
  • Ambos significam: Perder da lembrança.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

POR QUE É IMPORTANTE ESCREVER? O BCCCV informa:

  • A escrita é fundamental para o trabalho e o dia a dia. Veja os benefícios que escrever sempre traz para você e para o seu filho!
  1. AJUDA NA ALFABETIZAÇÃO: Pais que usam a escrita em casa ajudam os filhos a entender mais cedo para que ela serve. Assim, colaboram com o processo de alfabetização das crianças. 
  2. PROMOVE A INCLUSÃO: Quando uma pessoa aprende a escrever com clareza, ela assume seu lugar num mundo que cada vez mais precisa da escrita para se comunicar.
  3. MELHORA A COMUNICAÇÃO: Quem escreve bem fala bem. Treinando a escrita, você melhora o jeito de falar.
  4. REGISTRA SUA PRÓPRIA HISTÓRIA: Por meio da escrita, você pode ter diários, fazer legendas em fotos, escrever blogs e cartas ou anotar pensamentos.
  • Como MELHORAR sua ESCRITA:
  1. Escreva bilhetes, cartas, e-mails. A prática diária facilita.
  2. Leia sempre - quanto mais você ler, mais vocabulário irá ganhar.
  3. Jogue palavras cruzadas, forca, stop, caça-palavras. Isso ajuda a fixar a grafia correta.
  4. Compre um dicionário - saber o significado das palavras melhora a qualidade do seu texto.
  5. Copie poemas, letras de música e bons textos. O exercício leva ao aperfeiçoamento.
NOTE BEM:
  • Os pais devem estimular a criança a sentir prazer em estudar. (Flávia Alessandra, atriz)
  • Apenas 25% da população brasileira adulta é plenamente alfabetizada. ( O dado é do INAF 2009/Indicador de Alfabetismo Funcional).
  • O Brasil só melhora com Educação de qualidade. E você tem tudo a ver com isso!

    OS GARIS'NAT -terra viva - proclamam:

    (Natureza/mãe♥~~)
    O sol vem surgindo,radiante,
    mostrando toda sua beleza,
    iluminando as mais belas
    paisagens feitas pela mãe natureza,
    as lindas flores do campo,
    os pássaros cantando no alto das árvores,
    os animais correndo livres pela floresta
    desfrutando seu habitat natural,
    hoje esses momentos de admiração
    da natureza se tornaram
    raros porque a ganância e
    ignorância dos homens estão
    acima de tudo,tudo por dinheiro,
    não deveria ser assim:
    estão poluindo nossos rios,
    destruindo nossas florestas,
    estão acabando com a Amazônia,
    é hora de tomarmos consciência
    e começarmos a preservar...♥~~
    a mãe natureza pede socorro (S♥S)!!!

    (Eumacle Amaral)

    domingo, 11 de julho de 2010

    segunda-feira, 5 de julho de 2010

    VAMOS PENSAR...

    PROJETO DE VIDA...

    Jovem, onde está o seu projeto de vida?
    Muito se comenta: - a adolescência e a juventude são as fases nas quais a pessoa se dá conta de ter um nome, uma identidade, uma intimidade original e irrepetível. Ela se pergunta e analisa: Quem sou eu? Como posso ser eu mesmo? Ela também se observa com os olhos dos outros, confronta o seu projeto com os projetos mais ou menos verdadeiros, realistas, realizados ou falidos que os adultos elaboraram para si mesmos; faz um primeiro balanço das próprias possibilidades e dos próprios limites para escolher uma profissão, uma escola ou uma vocação, antecipando com a imaginação do hoje aquilo que gostaria ou poderia ser amanhã.
    Entre os fatores mais construtivos da personalidade em evolução e a experiência do projeto de vida, aquele eixo central em torno ao qual gira toda a existência. O projeto de vida está apoiado nas respostas dadas às questões chaves da vida da pessoa: Eu, quem sou? O que posso e quero ser? Que homem ou mulher pretendo (realizar) ser? Que sentido tem a vida? Que lugar quero ocupar na sociedade e na Igreja?... Ele não é uma experiência facultativa (movida pelo gostar): sem projeto a identidade será capenga e marcada por lacunas.
    O projeto de vida não é algo pré-estabelecido, pré-fabricado; não é um trilho obrigatório... É, ao contrário, um conjunto de valores nos quais a pessoa acredita; representa a tensão contínua na direção do futuro, o princípio unificador das experiências; o motor do crescimento. No princípio, o projeto de vida é  só uma hipótese, uma imaginação, um convite; depois torna-se uma opção vital; e, enfim, uma energia que orienta na direção do ideal de vida, estimulando a sua realização.
    Ter e ser fiel a um projeto de vida significa ir ao encontro da esperança, ter confiança na vida, nos outros... Significa não andar em zig-zag e "pular de galho em galho" conforme as oportunidades do momento.
    Quando um adolescente ou um jovem não assume um projeto de vida, facilmente será dominado pela preguiça, pela preocupação da tranquilidade, pela lógica do prazer, da incapacidade de mudanças, do medo pelo futuro, deixando-se levar pelos "slogans" e modismos...
    JOVEM, QUAL É O SEU PROJETO DE VIDA????????? 

    sexta-feira, 2 de julho de 2010

    OS GARIS'NAT - Terra Viva - exclamam:

    A SÚPLICA DA ÁRVORE:


    Tu que passas e levantas contra mim o teu braço, ANTES DE FAZER-ME ALGUM MAL, OLHA-ME!
    Eu sou o calor do teu lar nas noites frias de inverno. Eu sou a sombra amiga que te protege contra o sol de dezembro.
    Meus frutos saciam tua fome e acalmam tua sede. Eu sou a viga que suporta o teto da tua casa, e a cama em que descansas.
    Sou o cabo das tuas ferramentas, a porta da tua casa. Quando nasces, tenho a madeira para o teu berço, e quando morres, em forma de ataúde ainda te acompanho ao seio da terra.
    Sou o ramo da beleza e a flor da bondade.
    Se me amas como mereço, defenda-me contra os insensatos.

    (ENTRE PARA AS FILEIRAS DOS GARIS'NAT - Terra Viva!
    Plante ou adote uma árvore! Façamos O MELHOR para a Natureza/mãe♥~~)

    quarta-feira, 30 de junho de 2010

    DÚVIDA CRUEL: O BCCCV informa.

    CONCORDÂNCIA NOMINAL: 
    É PROIBIDO... É PRECISO...


    Tivemos na semana passada uma orientação ou norma gramatical no seguinte sentido: os adjetivos BOM, NECESSÁRIO, PRECISO e PROIBIDO, entre outros, em função predicativa e antepostos ao sujeito, ficam invariáveis (ou seja, no masculino singular) quando o sujeito da oração constitui-se de substantivo usado de forma indeterminada, de modo vago ou geral, portanto sem artigo definido. Temos abaixo alguns exemplos:

    1) Água pura é bom para tudo.
    2) Cerveja é gostoso no verão.
    3) É necessário muita fé, antes de mais nada.
    4) É necessário boa vontade para fazer tal serviço.
    5) É proibido entrada de pessoas estranhas.
    6) Proibido saída.
    7) Proibido carroças na ponte das 7 às 19 h.
    8) É proibido animais na enfermaria e no pátio.
    9) É preciso qualidades de modelo para ser elegante?
    10)É preciso consciência.

    Desde que haja a determinação (com o artigo definido ou pronome), a concordância é exigida, dizem os manuais de gramática. Eu diria que essa concordância é comum, mas não chega a ser absoluta. Vejamos o mesmo tipo de frase com o substantivo-sujeito determinado:

    1) A água que bebemos é boa.
    2) É gostosa essa cerveja.
    3) É necessária toda a fé possível para se chegar ao céu.
    4) É necessária a boa vontade de uma santa para fazer tal serviço.
    5) É proibida a entrada de pessoas estranhas.
    6) É proibida a saída antes do término da sessão.
    7) São proibidas as carroças na ponte das 7 às 19 h.
    8) São proibidos os animais sem dono na enfermaria e no pátio.
    9) São precisas as seguintes qualidades para figurar na lista das 10 mais.
    10)É precisa a consciência de uma criança para ser feliz.

    Até o número 8 temos frases usuais, de uso corrente. Mas as construções 9 e 10 soam completamente artificiais. O que se pode concluir, então, é que no português brasileiro não se costuma flexionar o adjetivo “preciso” quando anteposto ao sujeito. Nós até flexionamos seu similar “necessário”, mas não o adjetivo “preciso”, que sempre tem uma implicação de neutralidade, como vimos na coluna NTL 226. Comprove-se o fato:

    É preciso as seguintes qualidades para figurar na lista das 10 mais.

    É preciso a consciência de uma criança para ser feliz.

    Ou se usa o adjetivo assim no neutro, ou se faz a substituição:

    São necessárias as seguintes qualidades para figurar na lista das 10 mais.

    É necessária a consciência de uma criança para ser feliz.

    Nessa esteira, perguntou uma leitora se está correta a concordância nominal na seguinte frase: Para a implementação da lei será necessária modificação na estrutura administrativa do Estado. Sua dúvida é se ela deveria usar “necessário”, já que o substantivo “modificação” não está antecedido de nenhum artigo (e não está – explico – porque aí se subentende uma modificação ou alguma/ qualquer modificação).

    A frase está correta, sim, pois é possível usar o neutro/masculino singular nesse caso, mas não obrigatório. Portanto as duas formas são válidas. Enfim, o que rege esse tipo de concordância é a eufonia.

    domingo, 27 de junho de 2010

    JEITINHO BRASILEIRO:

    O uso das aspas é, sem dúvida, outra grande reivenção do famoso "jeitinho brasileiro". Na gramática tradicional, o elemento tem a função de delimitar citações, realçar palavras e apresentar palavras em sentido figurado e/ou gírias. Além, é claro, de ter grande função estilística no texto, como, por exemplo, a formação de ironia; no entanto é importante ressaltar que o sinal gráfico sozinho, isto é, sem a construção adequada no interior da argumentação, não tem o poder de formar uma ironia.
    Valendo-se da função de apresentar termos e expressões em sentido figurado, muitos brasileiros têm utilizado esse artifício para disfarçar um outro problema: o conhecimento cada vez menor do léxico.


    O USO EXAGERADO DAS ASPAS - que muitas vezes reflete a falta de vocabulário na redação - está impregnando também a linguagem falada. 

    NÃO HAVERIA PROBLEMA SE FOSSE OCASIONAL, o que está alarmante é a dificuldade do falante jovem em se expressar em sua língua materna.

    O fenômeno do uso excessivo de aspas, que já é sentido a algum tempo na escrita, vem gradativamente também afetando a língua falada. Isso é verificado no cotidiano e até mesmo na mídia, pelo uso das aspas na comunicação oral com o já famoso gesto feito com os dedos. Se fosse simples ironia, a própria entonação já daria conta de expressar. No entanto, é falta de vocabulário mesmo! E em todas as outras já virou PIADA SEM GRAÇA!!!

    sábado, 26 de junho de 2010

    GRAFIA SEM HISTERIA:

    • As exceções tornam complicado decorar regras para escrever corretamente, assim, para evitar as gafes de ortografia, deve-se ter sempre um dicionário ao lado.
    A ortografia tem por objetivo definir normas segundo as quais as palavras devem ser escritas a fim de serem consideradas corretas.
    Se quiser fugir de um vexame linguistico e, principalmente, não ser o próximo candidato na empresa ao seguro-desemprego, comece a dar importância à grafia das palavras!!!


    ERRADO                                              ---------------              CERTO

    água de coco                                                                            água-de-coco
    amigo secreto                                                                           amigo-secreto
    Ano Novo                                                                                ano-novo
    asterístico                                                                                 asterisco
    calabreza                                                                                 calabresa
    Carnaval                                                                                  carnaval
    esfiha                                                                                       esfirra
    excessão                                                                                  exceção
    hamburger                                                                                hambúrguer
    hollerith                                                                                    holerite
    kibe                                                                                         quibe
    kilo                                                                                          quilo
    kiwi                                                                                         quiuí
    layout                                                                                      leiaute
    licença maternidade                                                                 licença-maternidade
    lua de mel                                                                               lua-de-mel
    mesa redonda                                                                         mesa-redonda
    mini curso                                                                               minicurso
    mortandela                                                                             mortadela
    mussarela                                                                               muçarela, mozarela
    menas                                                                                    menos
    pralização                                                                              paralisação
    ponkan                                                                                  poncã
    previlégio                                                                               privilégio
    pré-estabelecido                                                                    preestabelecido
    público alvo                                                                           público-alvo
    sócio-economico                                                                   socioeconomico
    stress                                                                                    estresse

    sexta-feira, 25 de junho de 2010

    L♥I♥V♥R♥O♥S

    BENDITO O QUE SEMEIA LIVROS


    Oh! Bendito o que semeia livros...
    livros à mão cheia...
    E manda o povo pensar!!!
    O livro caindo n'alma
    é germe - que faz a palma,
    é chuva - que faz o mar.

    (Castro Alves)

    quarta-feira, 23 de junho de 2010

    REDAÇÃO: Dicas espertas do BCCCV

    "Um dos piores erros que os candidatos podem cometer em uma prova de redação é a extrema preocupação com a forma, com a gramática. O importante é que ele opine sobre o tema", explica a coordenadora da banca de avaliação de redações da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), Marisa Magnus Smith.
    Já faz tempo que o segredo de escrever uma boa redação deixou de ser o fato de não errar a gramática. Na opinião de especialistas, acima de tudo, uma boa redação de vestibular - que nada mais é do que um teste para averiguar a capacidade do estudante em opinar e refletir - deve conter argumentação bem colocada e bem fundamentada.
    Para se sair bem em sua "defesa", os especialistas dizem que os candidatos não devem ficar "em cima do muro" (ora a favor, ora contra o tema), tampouco comprar opiniões do senso-comum. Se o candidato não estiver certo do que está dizendo e não expuser razões para pensar daquela forma o texto fica vazio. "O texto tem que ter posicionamento, se for exclusivamente informativo não é bom. Aliás, não dá nem para começar a escrever um texto se não tiver uma opinião. Um texto sem opinião não existe", reforça o professor de redação do Cursinho Anglo, Maurício Soares Filho.
    Para entender melhor por que os especialistas defendem essa ideia é fácil: imagine que as drogas acabaram de ser legalizadas pelo governo. Segundo os especialistas, se as pessoas abrem o jornal e procuram um artigo sobre a questão e encontram um texto sem nenhuma argumentação ou opinião, elas não refletirão, além de chato de ler. Para eles, aquilo que o leitor espera de um articulista é o mesmo que um examinador de vestibular espera de um futuro universitário (especialmente se for de universidade pública): opinião e reflexão.

    De acordo com Soares Filho, para seu texto causar impacto, porém, a opinião deve estar muito clara. Por isso, a construção da redação deve valorizar seus argumentos. A ordem é apostar na organização da estrutura textual para não perder o fio da meada. "Organizar as informações é o segredo para fazer que a opinião apareça", complementa Soares Filho.
    Treinando um texto nota 10
    Se a intenção é obter destaque por meio de uma boa argumentação, o que fazer para se preparar? Ler, ler, ler e escrever, escrever e escrever. "O hábito da leitura ajuda a desenvolver a escrita. Além disso, com a prática da redação, alguns padrões de textualidade são mais facilmente assimilados do que pelo professor a falar em sala de aula", enfatiza Marisa.
    Para Soares Filho, a prova de redação é 50% leitura e 50% escrita. "Uma é conseqüência da outra. O primeiro passo para ter sucesso é ler o tema com muita atenção e, em seguida, posicionar sua opinião para definir o que será defendido".
    Uma boa dica é ler editoriais, crônicas, artigos e textos assinados que emitam opinião sobre o tema que é retratado. Com isso, é possível criar uma bagagem de como e em que momentos é pertinente evidenciar as opiniões pessoais.
    Outra dica valiosa é procurar ser autêntico. Na hora de escrever um texto sobre a legalização das drogas ou do aborto ninguém precisa "encarnar o revolucionário" para passar em um vestibular de uma universidade famosa por sua histórica política de contestação. A autenticidade do seu pensamento deve estar refletida em seu texto, nem mais, nem menos.
    "Como professor, uma de minhas preocupações é esclarecer para os meus alunos que eles não devem fingir ser uma pessoa que não são na hora de escrever, pois assim, terão dificuldades em sustentar os argumentos, e fica muito fácil se contradizer, o que compromete a qualidade do texto", diz Maurício.
    Por fim, a prova de redação serve para avaliar a capacidade do candidato de se comunicar por escrito, de fazer reflexão e de conseguir se expressar de maneira simples e coesa. Por isso é tão importante não ser superficial e mostrar uma visão crítica sobre o tema a ser discutido.

    terça-feira, 15 de junho de 2010

    LEI SECA

    " 0 PÚBLICO CARIOCA FICARÁ PARANÓICO NOS DIAS DE JOGO NO MARACANÃ."
    Por quê? Porque além de o prefeito proibir a venda de bebida alcóolica nas imediações do estádio, o Acordo Ortográfico determina que o ditongo oi, nas palavras paroxítonas, não é mais acentuado.
    • nas palavras oxítonas e monossílabas, o ditongo aberto ói permanece com acento.
    • Exemplo: A paranoia dos torcedores dói em todos.
    FRASE CORRETA: O público carioca ficará paranoico nos dias de jogo no Maracanã.

    PROBLEMAS NÃO, RESPEITO SIM!

    Não é justo, agora, que todas as dificuldades da Língua Portuguesa sejam imputadas ao Acordo Ortográfico, que unificou a maneira de escrever dos países que falam o português. O próprio Ministro da Educação acredita, conforme declarou, "que a nova ortografia não será problema para os brasileiros". Nossa língua sempre foi considerada difícil e não é levada a sério. Isso é que precisa mudar. Que tal aproveitar o momento e começar uma campanha de respeito à língua Portuguesa? Por isso o BCCCV (Batalhão de Cidadania e Civilidade contra a Violência - Educação BCCCVISTA em escolas públicas) divulga algumas novidades.

    sexta-feira, 11 de junho de 2010

    VIVA O nacionalismo!

    "O cupuaçú é nosso!"
    Será!?!
    Assim, vamos perdê-lo.
    Defendamos a produção brasileira e as mudanças ortográficas.
    Entretanto, NÃO HOUVE MUDANÇAS em relação ÀS PALAVRAS OXÍTONAS, isto é, todas as oxítonas terminadas em "i" e "u" não são acentuadas.
    A única exceção é quando formam hiato com a sílaba anterior.
    Exemplo: Nas marges do Rio Jaú (hiato a/ú), no Amazonas, vê-se árvores de cupuaçu (sem acento).

    PORTANTO: O correto é > O CUPUAÇU É NOSSO!

    terça-feira, 8 de junho de 2010

    DICA ESPERTA:

    INTERNETÊS, qual é o limite?

    • A internet é uma realidade inconteste com alguns aspectos positivos.
    • A linguagem é adotada, principalmente pelos jovens, quando estão "plugados".
    • Entendo que o objetivo de tais sinais seja tornar mais rápida a comunicação. Entretanto, é preocupante se esse recurso extrapolar o meio virtual. Na escola, por exemplo, não se  pode permitir que uma redação seja escrita em internetês.
    • É preciso bom senso, principalmente daqueles que têm por obrigação orientar os filhos, os netos e os alunos, enfim, os mais novos.

    segunda-feira, 7 de junho de 2010

    DICAS ESPERTAS DE REDAÇÃO: Dissertativa

    Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
    Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.
    O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por três partes essenciais.

    Introdução

    Que apresenta o assunto e o posicionamento do autor. Ao se posicionar, o autor formula uma tese ou a idéia principal do texto.
    Teatro e escola, em princípio, parecem ser espaços distintos, que desenvolvem atividades complementares diferentes. Em contraposição ao ambiente normalmente fechado da sala de aula e aos seus assuntos pretensamente “sérios” , o teatro se configura como um espaço de lazer e diversão. Entretanto, se examinarmos as origens do teatro, ainda na Grécia antiga, veremos que teatro e escola sempre caminharam juntos, mais do que se imagina.(tese)

    Desenvolvimento

    Formado pelos parágrafos que fundamentam a tese. Normalmente,  em cada parágrafo, é apresentado e desenvolvido um argumento. Cada um deles pode estabelecer relações de causa e efeito ou comparações entre situações, épocas e lugares diferentes, pode também se apoiar em depoimentos ou citações de pessoas especializadas no assunto abordado, em dados estatísticos, pesquisas, alusões históricas.
    O teatro grego apresentava uma função eminentemente pedagógica. Com sua tragédias, Sófocles e Eurípides não visavam apenas à diversão da platéia mas também, e sobretudo, pôr em discussão certos temas que dividiam a opinião pública naquele momento de transformação da sociedade grega. Poderia um filho desposar a própria mãe, depois de ter assassinado o pai de forma involuntária (tema de Édipo Rei)? Poderia uma mãe assassinar os filhos e depois matar-se por causa de um relacionamento amoroso (tema de Medeia e ainda atual, como comprova o caso da cruel mãe americana que, há alguns anos, jogou os filhos no lago para poder namorar livremente)?
    Naquela sociedade, que vivia a transição dos valores místicos, baseados na tradição religiosa, para os valores da polis, isto é, aqueles resultantes da formação do Estado e suas leis, o teatro cumpria um papel político e pedagógico, à medida que punha em xeque e em choque essas duas ordens de valores e apontava novos caminhos para a civilização grega. “Ir ao teatro”, para os gregos, não era apenas uma diversão, mas uma forma de refletir sobre o destino da própria comunidade em que se vivia, bem como sobre valores coletivos e individuais.
    Deixando de lado as diferenças obviamente existentes em torno dos gêneros teatrais (tragédia, comédia, drama), em que o teatro grego, quanto a suas intenções, diferia do teatro moderno? Para Bertold Brecht, por exemplo, um dos mais significativos dramaturgos modernos, a função do teatro era, antes de tudo, divertir. Apesar disso, suas peças tiveram um papel essencial pedagógico voltadas para a conscientização de trabalhadores e para a resistência política na Alemanha nazista dos anos 30 do século XX.
    O teatro, ao representar situações de nossa própria vida – sejam elas engraçadas, trágicas, políticas, sentimentais, etc. – põe o homem a nu, diante de si mesmo e de seu destino. Talvez na instantaneidade e na fugacidade do teatro resida todo o encanto e sua magia: a cada representação, a vida humana é recontada e exaltada. O teatro ensina, o teatro é escola. É uma forma de vida de ficção que ilumina com seus holofotes a vida real, muito além dos palcos e dos camarins.

    Conclusão

    Que geralmente retoma a tese, sintetizando as idéias gerais do texto ou propondo soluções para o problema discutido. Mais raramente, a conclusão pode vir na forma de interrogação ou representada por um elemento-surpresa. No caso da interrogação, ela é meramente retórica e deve já ter sido respondida pelo texto. O elemento surpresa consiste quase sempre em uma citação científica, filosófica ou literária, em uma formulação irônica ou em uma idéia reveladora que surpreenda o leitor e, ao mesmo tempo, dê novos significados ao texto.
    Que o teatro seja uma forma alternativa de ensino e aprendizagem, é inegável. A escola sempre teve muito a aprender com o teatro, assim como este, de certa forma, e em linguagem própria, complementa o trabalho de gerações de educadores, preocupados com a formação plena do ser humano.      (conclusão)
    Quisera as aulas também pudessem ter o encanto do teatro: a riqueza dos cenários, o cuidado com os figurinos, o envolvimento da música, o brilho da iluminação, a perfeição do texto e a vibração do público. Vamos ao teatro! (elemento-supresa)
    (Teatro e escola: o papel do educador: Ciley Cleto, professora de Português).
    Atenção: a linguagem do texto dissertativo-argumentativo costuma ser impessoal, objetiva e denotativa. Mais raramente, entretanto, há a combinação da objetividade com recursos poéticos, como metáforas e alegorias. Predominam formas verbais no presente do indicativo e emprega-se o padrão culto e formal da língua.

    O Parágrafo

    Além da estrutura global do texto dissertativo-argumentativo, é importante conhecer a estrutura de uma de suas unidades básicas: o parágrafo.
    Parágrafo é uma unidade de texto organizada em torno de uma idéia-núcleo, que é desenvolvida por idéias secundárias. O parágrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos relacionados com a tese ou idéia principal do texto, geralmente apresentada na introdução.
    Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalísticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a idéia-núcleo, as idéias secundárias (que desenvolvem a idéia-núcleo), a conclusão. Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão.

    quinta-feira, 27 de maio de 2010

    DÚVIDA CRUEL - O BCCCV responde:

    SEGUIR(-SE), VENCER(-SE), REQUERER






    --- O verbo seguir, no sentido de vir a seguir, na sequência do texto, é reflexivo? E o verbo vencer, no sentido de chegar o dia de pagamento: é reflexivo? Celso L. B. Fernandes, São Paulo/SP





    Antes de tudo, gostaria de aproveitar para explicar que todos esses verbos que aparecem acompanhados de um pronome oblíquo átono [me, te se, nos, vos] se chamam verbos pronominais. Existem alguns essencialmente pronominais, que não se usam sem o pronome, como queixar-se, arrepender-se, apiedar-se, indignar-se, suicidar-se, orgulhar-se, apoderar-se, atrever-se etc. O “se”, nesses casos, não tem nenhuma função sintática.





    Há verbos transitivos diretos que são eventualmente pronominais, usados com os referidos pronomes átonos ou clíticos para indicar





    - reflexibilidade (o sujeito pratica e recebe a ação verbal):



    A velhinha se penteia com a mão esquerda.



    Na briga entre as gangues, Pierre e Pedro se machucaram bastante.



    Tu te esquentas à toa, rapaz!



    Eles gostam de se mostrar, de se exibir...





    - reciprocidade (um ao outro, mutuamente):



    Cleusa e Carlos se estimam e se tratam como irmãos.



    No Natal e Ano-Novo nós nos cumprimentamos por e-mail.





    O verbo SEGUIR no sentido de "vir na sequência, vir depois, continuar, prosseguir, suceder" pode ser intransitivo (usado sem pronome) ou pronominal: "as informações que seguem" ou "as informações que se seguem". É também intransitivo com o significado de “estar próximo”. Exemplos:





    Na foto, segue o autógrafo do cantor.



    Seguem com este minhas recomendações para sua família.



    Não se preocupe: o cheque seguirá junto.



    Leia atentamente as instruções que seguem (abaixo).





    O verbo VENCER não é pronominal quando usado no sentido de expirar, terminar – ao menos no Brasil de hoje e conforme estatística de corpus linguístico realizada recentemente, a qual não detectou construções do tipo “a fatura se vencerá”, mas sim “a fatura vencerá”, em que vencer é verbo intransitivo:





    O prazo vence na segunda quinzena de agosto.



    As promissórias estão vencendo hoje.



    Os títulos venciam no banco e eles nem aí...





    Devo acrescentar que alguns dicionários, contudo, registram a possibilidade de se empregar o verbo vencer pronominalmente em tal acepção: “o prazo se vence no dia 10”. Esta não seria portanto uma forma incorreta, mas sim desusada.





    --- Quanto a requerer que o juiz arbitre os honorários, eu me expresso da forma a seguir mencionada, mas não tenho certeza se está correto: requeiro o arbitramento dos honorários advocatícios. V.L.B., Sorocaba/SP





    Está correto, porque o verbo requerer não se conjuga pelo verbo querer, embora haja algumas formas semelhantes. Assim, dizemos: eu quero, ele quer, nós queremos; mas eu requeiro, ele requer, nós requeremos. Veja também a diferença no passado (pretérito perfeito): eu quis, ele quis, quisemos, quiseram; mas eu requeri, ele requereu, nós requeremos, eles requereram.

    segunda-feira, 24 de maio de 2010

    BARBARIDADE DA LÍNGUA PÁTRIA:

    RESPEITAR OS DIREITOS HUMANOS É CONDIÇÃO SINE QUA NON DE TODOS OS CIDADÃOS BRASILEIROS.


    • E o plural de SINE QUA NON?
    • SINE QUA NON é uma expressão latina.
    • Quer dizer condição indispensável. Procure usá-la só no singular.
    • Se seu recado referir-se a mais de um ser, não empregue a expressão. Use a Língua Portuguesa rica de cada dia.
    => Conhecer os direitos dos cidadãos e colaborar para que sejam cumpridos são condições indispensáveis para...

    sábado, 22 de maio de 2010

    DÚVIDA CRUEL: O BCCCV informa.

    • NA PRÓXIMA E/OU 
      NESTA SEMANA


    --- Sempre vi a expressão e/ou (com barra), mas ultimamente tenho visto e,ou (com vírgula) e, às vezes, sem barra e sem vírgula. Afinal, devo usar barra, vírgula ou não usar nenhum dos dois (Ex. As pessoas e ou coisas são fundamentais...) P. R. Ribeiro, Lavras/MG

    Não existe manifestação oficial sobre a grafia de e/ou, talvez porque seja um anglicismo. Entretanto a convenção ainda é usar a barra, havendo uma leve tendência a eliminar qualquer traço entre as duas conjunções [e ou]. Vírgulas entre elas, jamais.

    --- É necessária a utilização de e/ou quando se deseja apresentar alternativas não mutuamente exclusivas? Ronaldo Nogueira, Fortaleza/CE

    Tem havido, infelizmente, um abuso de e/ou, quando bastaria empregar a conjunção ou para denotar exclusão e a conjunção e para alternativas que não necessariamente se excluem. Vamos a casos reais, formulados por consulentes:
     
    1) Favor indicar nome de um escritor negro e/ou mulato.
        ERRADO. O indivíduo não é negro e mulato ao mesmo tempo, portanto o “e” está sobrando. São alternativas mutuamente excludentes. O correto é: “um escritor negro ou mulato”.

    2) Pode tomar chá e/ou café.
        ERRADO. Basta o E: pode tomar chá e café. A escolha está implícita: sei que posso tomar chá e, se quiser, café. Só se um excluísse realmente o outro se usaria “ou”, isto é, quem tomasse café não poderia tomar chá, e vice-versa.
     
    3) Fico grato se você puder me responder e/ou mandar material sobre o assunto.
        CORRETO. Com isso o leitor quer dizer que é grato em qualquer situação: se eu apenas responder; se eu apenas mandar o material (sem responder); se eu responder e além disso mandar o material.

    Vê-se, então, que só deve usar e/ou quem deseja deixar claríssimo que se trata de três situações distintas. Mas nem sempre isso é fundamental. Na maioria dos casos, até mesmo neste último exemplo, as opções ficam implícitas apenas com o uso de ou.

    --- Quando me refiro a uma data seguida da expressão próxima, estou dizendo que o fato ocorrerá na mesma semana? Por exemplo: se digo numa quarta-feira (27/2): a reunião ocorrerá na próxima sexta-feira. Estou dizendo que a reunião ocorrerá no dia 1º/mar ou no dia 8/mar? Sheila Schreck, São Leopoldo/RS

    Em princípio, o entendimento de próximo é exatamente o dia mais perto, o da mesma semana, que no caso do exemplo seria dia 1º de março.  Mas algumas pessoas poderiam entender “próximo” o que vem depois da semana corrente. Aí se trataria do dia 8 de março. Por isso, é preciso cuidado para não se criar nenhuma ambiguidade; deve-se colocar no texto uma indicação mais precisa, como a data, caso em que a palavra próximo fica como reforço:

    Teremos uma reunião na segunda-feira 13.
    A reunião será realizada na próxima sexta-feira (1º de março).

    Observe que este/esta ou neste/nesta não deixa margem a dúvida:

    A reunião ocorrerá excepcionalmente neste domingo.
    Nesta quinta-feira haverá uma palestra e na próxima faremos a reunião.

    quinta-feira, 6 de maio de 2010

    LOUVAR "O" ou "AO" SENHOR?

    • Quem louva louva alguma pessoa ou alguma coisa. Em muitos hinos religiosos, porém, aparece a frase "louvar ao Senhor". É natural que surja a dúvida: Ela é correta?
    • É, sim. Normalmente, o verbo responde à pergunta: louvar que pessoa? Louvar o Senhor.
    • Gramaticalmente, no entanto, verbos que pedem complemento sem preposição (transitivos diretos) podem ser usados com preposição (transitivos indiretos) antes de alguns tipos de palavras. Um desses casos ocorre com Deus e seus equivalentes. Por isso, louvar ao Senhor, como se diria louvar a Deus, amar a Deus, louvar ao Criador, amar ao Criador. 
    • Repare que se diz eu amo aquela mulher. Com Deus, porém, o usual é amar a Deus.
    • Também é comum o emprego da preposição a com quem, todos e ambos: Não sabia a quem escolher./ Conhecia a todos./ Procurava a ambos.

    quinta-feira, 29 de abril de 2010

    DÚVIDA CRUEL: O BCCCV informa => Nada haver ou nada a ver?.

    SUA DÚVIDA NÃO TINHA "nada haver" com o contexto?

    • E nem com a Língua Portuguesa!
    • Na expressão "nada a ver" não ocorre o verbo haver e sim o verbo ver antecedido da preposição a.
    • O mesmo vale para a expressão tudo a ver (uso correto).
    => O CORRETO É: SUA DÚVIDA NÃO TINHA NADA A VER COM O CONTEXTO.

    terça-feira, 20 de abril de 2010

    BARBARIDADE DA LÍNGUA PÁTRIA:

    =>SEJA<=

    • Cuidado para não cometer um erro de ortoépia ao pronunciar essa palavra.
    • SEJA e nunca seje.
    • SEJA é forma verbal do verbo ser e aparece nos seguintes tempos:
    PRESENTE DO SUBJUNTIVO:
    Que eu seja
    Que tu sejas
    Que ele seja
    Que nós sejamos
    Que vós sejais
    Que eles sejam

    IMPERATIVO AFIRMATIVO:
    sê tu
    seja você
    sejamos nós
    sede vós
    sejam vocês

    IMPERATIVO NEGATIVO:
    não sejas tu
    não seja você
    não sejamos nós
    não sejais vós
    não sejam vocês

    domingo, 11 de abril de 2010

    DÚVIDA CRUEL: O BCCCV informa => A VISTA, À VISTA.

    A VISTA:
    => Contra pagamento na aquisição da mercadoria.
    => Não ocorre crase em a: Pagamento a vista.
    => Diz-se, porém: O pagamento foi feito à vista da secretária.
    Somente à vista de certidão de óbito, poderá ser decretada a extinção da punibilidade.
    => A expressão à vista seria defensável pelos que entendem haver ambiguidade: vender a vista e vender à vista.
    => SERÁ QUE ALGUÉM QUE VENDE OU PAGA A PRÓPRIA VISTA OU A DE OUTREM?
    => Há o raríssimo caso de pessoas que oferecem binóculos ou outros aparelhos para que se possa observar algo; nesse caso, vende a vista da paisagem...
    => Há casos em que ocorre a crase como em: à vista de João, todos emudeceram.
    => Portanto: São duas expressões diferentes: a vista e à vista de.


    A VISTA/ A PRAZO

    • Não se diz pagamento ao prazo; logo, não se usa o sinal da crase na expressão pagamento a vista.
    • No entanto, ocorre crase em construções como: À vista de todos, ele retirou-se. Aqui, já não se trata de expressão comercial. PORTANTO: CUIDADO!!!!

    terça-feira, 2 de março de 2010

    DÚVIDA CRUEL: O BCCCV explica:

    CONCORDÂNCIA COMPLEXA:
    Há dificuldade quando se concorda o sujeito com o verbo em frases invertidas ou em que o sujeito fica distante do verbo:
    EQUIVOCANDO:
    • Aconteceu muitos casos de reclamação de clientes.
    • Segue os documentos necessários para o cadastro.
    • Os produtos da empresa não contém prazo de validade.
    • Foi feito várias propostas.
    • Ocorreu nos meses de agosto e setembro sérias crises econômicas.
    • Fica estabelecido as seguintes alterações.

    CORRETO:

    • Aconteceram muitos casos de reclamação de clientes.
    • Seguem os documentos necessários para o cadastro.
    • Os produtos da empresa não contêm prazo de validade.
    • Foram feitas várias propostas.
    • Ocorreram nos meses de agosto e setembro sérias crises econômicas.
    • Ficam estabelecidas as seguintes alterações.

    domingo, 21 de fevereiro de 2010

    PECADOS DA LÍNGUA PÁTRIA:

    OS POLÊMICOS "HAVER" e "FAZER":
    Alguns dos mais frequentes equívocos da comunicação:
    • Os verbos "haver" e "fazer" são responsáveis por muitos erros.
    • No sentido de "existir" e "ocorrer", ambos são impessoais, ou seja, não devem ser flexionados quando empregados para indicar tempo passado ou fenômeno meterológico.

    EQUIVOCADO:

    • Houveram fatos inusitados na reunião.
    • Houveram muitas chuvas no mês de novembro.
    • Haviam muitas pessoas na palestra.
    • Fazem quatro meses que trabalho aqui.
    • Fazem anos que não a vejo.

    CORRETO:

    • Houve fatos inusitados na reunião.
    • Houve muitas chuvas no mês de novembro.
    • Havia muitas pessoas na palestra.
    • Faz quatro meses que trabalho aqui.
    • Faz anos que não a vejo.

    quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

    PECADOS DA LÍNGUA PÁTRIA:

    CONJUGAÇÃO DE IRREGULARES E SUBJUNTIVO:
    Há verbos a que é preciso ficar atento, como: por, compor, propor, poder, trazer, fazer, dizer, querer, ver, vir, ir, ter, manter, conter.
    EQUIVOCANDO:
    • Se eu o ver, darei o recado.
    • Se ele manter o acordo, teremos ótimos resultados.
    • Quando eles proporem o valor, nós decidiremos se compraremos o equipamento.

    CORRETO:

    • Se o vir, darei o recado.
    • Se ele mantiver o acordo, teremos ótimos resultados.
    • Quando eles propuserem o valor, nós decidiremos se compraremos o equipamento.

    domingo, 7 de fevereiro de 2010

    PROBLEMA DE CRASE-> o BCCCV explica:


    DAR À LUZ...
    (Crase: SEMPRE!)

    Significa dar (um filho) à luz, oferecer um filho, que estava na escuridão do ventre, à luz, para a luz.

    EXEMPLO:

    • Helena deu à luz um lindo casal de gêmeos.

    sábado, 6 de fevereiro de 2010

    ALUNO PERGUNTA E O BCCCV RESPONDE:

    ALUNO:

    -olá professora
    tenho uma dÚvida!
    o correto é:

    e tanto ou em tanto?
    ex:
    foi uma aventura E TANTO.
    foi uma aventura EM TANTO.

    LAISON COSTA.

    BCCCV:


    - Muito fácil: Foi uma aventura " e tanto" = significa: uma aventura especial, para lá de boa, maravilhosa, sensacional, que não dá para esquecer e tantos outros significados com valores marcantes.

    NB.: "Foi uma aventura em tanto" -> nunca tinha visto!

    quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

    ALUNO PERGUNTA E O BCCCV RESPONDE:

    => BEM-VINDO continua com hífen?

    RESPOSTA:

    • BEM-VINDO: É uma saudação! Chegada feliz!
    • = Bem-recebido; bem-acolhido à chegada;
    • = Que chegou a salvo; que chegou bem.
    • Com hífen é o adjetivo: Sejam bem-vindos à casa de Paulo.
    • Bem-vindo ao Rio de Janeiro.
    • Sem hífen, é o antropônimo: Dona Benvinda casada com o senhor Benvindo.
    • Plural de bem-vindo = bem-vindos.
    PORTANTO: Não troque o senhor Benvindo pela chegada feliz, pelo bem-recebido...!

    quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

    ARMADILHAS DE NOSSA LÍNGUA!


    • Após a palavra telefone , é dispensável usar dois-pontos.
    • Se você esquecer os dois-pontos e "passar reto", dará a impressão de que o telefone é 193.
    • Será isso mesmo que você queria dizer?!?
    ENTÃO: O telefone é: 193 ou Telefone: 3226.3080

    sábado, 30 de janeiro de 2010

    DÚVIDA CRUEL: O BCCCV informa.

    POR UM LADO E POR OUTRO...



    --- Li que são regras de paralelismo que não se deve usar a expressão “por outro lado” no início de frases sem que antes haja “por um lado” expresso, mesmo que anteriormente esteja subentendida a ideia de oposição. A. C., Brasília/DF


    Em primeiro lugar, deve ficar claro que a expressão “por outro lado” pode ser usada, sim, “isoladamente”, como elemento de transição que é.


    Sabe-se que um dos recursos para dar conexão entre ideias é o uso das chamadas partículas, locuções ou expressões de transição. São elas que permitem encadear de maneira coerente vários enunciados. O autor do prestigiado livro "Comunicação em Prosa Moderna" (14ª ed. 1988), Othon M. Garcia, separa-as em grupos analógicos que encerram o sentido de "prioridade, relevância [como 'primeiramente', 'antes de mais nada' etc.] / tempo / semelhança, comparação, conformidade / dúvida / certeza, ênfase / surpresa, imprevisto / esclarecimento / propósito, intenção / causa e consequência / resumo, conclusão / lugar / oposição / adição, continuação".


    No último grupo citado encontramos "por outro lado, além disso, ademais, outrossim, também", entre outras locuções e partículas.


    Vejamos um exemplo prático:


    Como expusemos anteriormente, na década de 1910 o Estado chamava para o espaço escolar as camadas pobres da população, incluindo os negros. Por outro lado, a inclusão dos negros na escola deveu-se em alguns casos a uma oportunidade apadrinhada. O caso mais conhecido é o do poeta catarinense Cruz e Sousa.


    Tanto é uma expressão a ser usada por si mesma que ela tem substitutos ou equivalentes:


    De outra parte...

    Por seu turno...

    Por sua vez....

    Por seu lado / De outro lado

    De outro ponto de vista...

    Sob outra perspectiva...


    No tocante ao paralelismo mencionado na consulta, o que na verdade não pode ocorrer é você usar "por outro" (sem a palavra lado) sem colocar um "por um lado" anteriormente. Nem tampouco você pode dizer “por um lado” esquecendo-se do correspondente “por outro (lado)”.


    Aproveitando o espaço, vejamos dois exemplos de pontuação usada com ambas as expressões. Note-se que elas não precisam ficar necessariamente entre vírgulas.


    Essa prática tem suas raízes históricas nos critérios estéticos neoclássicos impostos de um lado pela Missão Francesa (1816) e, de outro, pelo ensinamento de artes e ofícios (1549 a 1780) desenvolvido pelos jesuítas.

    Ao longo dos anos 80 ocorreu a consolidação da sistemática da avaliação: por um lado, foram introduzidos aprimoramentos nos formulários de obtenção de dados, bem como sua progressiva informatização, foram criadas comissões de especialistas, etc.; por outro, a instituição oficial passou a consultar as áreas de conhecimento para obter indicações de nomes.