domingo, 25 de março de 2018

PONTO e VÍRGULA:

                                                                                                                 Comentário ouvido num bonde:                                                                                              Que moça culta, a Maria Eduarda: usa                                                                                                                                   ponto e vírgula!                                                                                                                                                                           (Mário Quintana)

BCCCV esclarece:


Tinha razão o poeta gaúcho. O ponto e vírgula traz em si algumas sutilezas que poucos captam. Mas, por outro lado, todos acabam usando este útil sinal gráfico em enumerações, leis e sequências ou para separar orações. Em síntese, o ponto e vírgula:

1 - Separa os vários membros de uma enumeração descritiva ou narrativa:

Em sua oração fúnebre, Péricles refere-se ao heroísmo dos combatentes mortos; à dor de suas mães; à gratidão dos sobreviventes e à necessidade de guardar a memória dos que morreram pela pátria.

Anota Celso Luft que o ponto e vírgula “é inevitável sobretudo entre os vários membros de enumeração e paralelismo cuja estrutura interna contenha vírgula”, como neste período:

Participaram daquela reunião: Roberto M. Lacerda, 43 anos, que veio a ser reitor entre 72 e 76; Caspar Stemmer, engenheiro, mais tarde prefeito do câmpus, também reitor de 76 a 80Ernani Bayer, hoje membro do CFEAcácio Santiago, professor, e toda a equipe técnica.

2 - Separa as orações adversativas (introduzidas por mas, porém, contudo, todavia, entretanto) e as conclusivas (caracterizadas por logo, portanto, assim, então, por isso, consequentemente etc.), esteja subentendida ou explícita a conjunção, quando se quer fazer uma pausa maior do que vírgula:

Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.

Era incrível a variedade dos adornos; contudo, a pessoa não gostou de nenhum.

Há muitos modos de afirmar; há um só de negar tudo.  [conj. adversativa implícita]

As doses eram diminutas; tinham, portanto, de aguardar longo prazo pelo efeito.

A natureza das relações sociais constitui a base do desenvolvimento das capacidades humanas; logo, das qualificações.

"Tinha a pedra na mão, mas já não era necessáriajogou-a fora." [conjunção conclusiva subentendida antes da última oração]

3 - Separa os considerandos, incisos de leis ou decretos e os diversos itens de uma enumeração. Três exemplos:

O Governador do Estado,
     Considerando que ... ;
     Considerando que ... ;
     Considerando, finalmente, que ... , decreta

Constataram os técnicos vários problemas:
a) vazamento de água;
b) ruptura da rede em três pontos e
c) alteração do medidor.

Art. 14. Os infratores das disposições desta Lei ficam sujeitos às seguintes sanções:
I - notificação;
II - multa;
III - cassação do atestado;
IV - embargo da obra.

É importante observar que se usa letra minúscula depois de ponto e vírgula. A única exceção fica por conta dos Considerandos. Caso você opte pela inicial maiúscula em cada item/linha de uma enumeração, feche todos eles com o ponto final.


Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

segunda-feira, 12 de março de 2018

ACENTO AGUDO:

Quando usar?

Você sabe quando usar o acento agudo? Hoje nós daremos essa dica para você. Para começo de conversa, precisamos deixar claro a importância desse acento para a nossa língua. Ele é muito importante para as palavras, pois indica onde está a sílaba tônica, ou seja, a sílaba mais forte.
#BCCCV informa:

Os acentos também são importantes para ajudar a escrever o que falamos, já que muitas palavras só mudam a pronúncia. Quer um exemplo? A palavra “sabia” e “sabiá”, se não colocássemos o acento, a comunicação iria complicar, não é verdade? Mas como saber quando serão acentuadas? Nesse caso, é preciso considerar dois fatores:
A tonicidade das palavras, ou seja, a sílaba tônica de cada uma; A partir da tonicidade, as palavras são classificadas como: oxítonas (a última sílaba é a tônica), paroxítona (a penúltima é a tônica) e proparoxítona (a antepenúltima é a tônica). De acordo com cada terminação, haverá uma regra de acentuação.
Os acentos só podem ser utilizados em cima das vogais, nunca nas consoantes! Na língua portuguesa, existem dois acentos: o circunflexo e o agudo. Mas hoje só vamos falar do agudo.
O acento agudo indica, além da tonicidade, a forma com que a vogal deve ser pronunciada. E neste caso é um som aberto. Veja os exemplos: cajá, café, carcará. Mas também existem palavras que tem a sílaba tônica, mas não recebem o acento gráfico. E agora? Para facilitar na hora de estudar, as regras foram divididas em dois grupos:
Regras gerais:
Proparoxítonas: todas são acentuadas. Exemplo: cálice.
Oxítonas: acentuam-se as terminadas em: -a(s), -e(s), -o(s), -em, ens. Exemplos: cajá, café, paletó, também, parabéns.
Paroxítonas: recebem acento quando terminadas em: -i (s), u(s), um, uns, l, r, x, n. Além dessas terminações, também são acentuadas quando terminam em ditongo oral seguido ou não de s (vogal e semivogal na mesma sílaba, sem a presença do til ou das consoantes que podem indicar nasalização, m e n) ou terminadas em: -ã, -ãs, -ão, -ãos. Exemplos: táxi, vírus, álbum, tórax, relógio, lápis, revólver, órgãos, órfão.
Monossílabos tônicos: quando terminados em –a, -e, -o. Exemplos: lá, fé, dó.
Regras Complementares:
Os ditongos abertos nas paroxítonas não são acentuados. Ex.: colmeia, assembleia. Entretanto, nas oxítonas, o acento agudo existe. Ex.: herói, troféu.
As vogais i e u, quando sozinhas na sílaba ou seguidas de s, recebem acento agudo, mas se vierem após ditongo, não recebem. Ex. feiura, Laís, saída.
Os verbos arguir e redarguir não recebem acento agudo, mas na pronúncia é como se fossem acentuados. Ex.: arguo (na pronúncia: argúo).
Parece difícil, mas se você tem o hábito da leitura, verá que acentuação não é um bicho de sete cabeças. Então, estude e leia muito.
[Fonte: Varejão do Estudante]

MARINA COLASANTI:

Grande nome das artes:

No ano passado ela completou 80 anos de vida. Nascida na Itália, a escritora Marina Colasanti chegou ao Brasil em 1948. Casada com o também escritor Affonso Romano de Sant’Anna, ela cursou pintura na Escola Nacional de Belas Artes. Atuando com jornalismo e literatura, ela foi editora, cronista redatora e ilustradora.

Sua primeira obra foi o “eu, sozinha”, lançada em 1968. Marina dedicou a maior parte de suas publicações ao universo infantil. Tendo publicado 50 livros, entre contos, poesia, prosa, literatura infantil e juvenil. Muitas de suas obras foram traduzidas para o espanhol e italiano. Ela escreveu poesias e lançou em 1992 o livro Cada Bicho seu Capricho. No ano seguinte, ganhou o prêmio Jabuti de Poesia, com o livro Rota de Colisão.
No gênero crônicas, entre as que ela publicou foi Eu Sei, mas não devia, em 1992. Para o público adulto, uma das obras de referência é o Contos de amor rasgados.
Na literatura infantil sua primeira publicação foi o livro de contos Uma Ideia toda Azul, em 1979. Este levou o prêmio O Melhor para o Jovem, dado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.Dentre outras obras suas podemos citar ainda: Nada na manga, A morada do ser, Doze reis e a moça no labirinto do vento, O lobo e o carneiro no sonho da menina, Um amigo para sempre, Intimidade pública, Entre a espada e a rosa.
Leituras para conhecer Marina Colasanti
Leituras para conhecer Marina Colasanti
Algumas de suas obras. A primeira sugestão é O lobo e o carneiro no sonho da menina. Era uma vez um lobo. Era vez uma menina que tinha medo do lobo. O lobo morava no sonho da menina. Quando ainda a menina dizia que não queria dormir porque tinha medo do lobo, a mãe respondia....LEIA +

[Fonte: Varejão do Estudante]

PATRIMÔNIO HISTÓRICO:

O que é ?

Patrimônio histórico material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis – núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais – e móveis – coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.

#BCCCV informa:
Já os imateriais são hábitos enraizados no cotidiano, conhecimentos populares, manifestações artísticas de teor diverso, receitas populares, práticas de religiosidade, manifestações populares no esporte, dentre outros.
E como um bem se torna um patrimônio histórico? É preciso que aquele bem seja tombado, isto é, o poder público deve manifestar-se a favor de tornar aquele bem um patrimônio e para isso deve emitir um ato administrativo , seguindo as regras específicas para esse objetivo. Esse ato administrativo é realizado pelo Poder Público , nos níveis federal , estadual ou municipal.
Patrimônio Nacional – Aqui no Brasil temos patrimônio histórico tombado. Tudo isso devido a uma cultura rica e diversificada. Quer exemplos?
Cidade Histórica de Ouro Preto – Minas Gerais, Centro Histórico de Olinda – Pernambuco, Pelourinho – Bahia, Estação da Luz São Paulo, Ruínas de São Miguel das Missões – Rio Grande do Sul, Cristo Redentor – Rio de Janeiro, Conjunto Urbanístico de Brasília – Brasília, Palácio do Catetinho – Brasília.
Ficou interessado em conhecer todos os bens já tombados no Brasil? Consulte o Guia de Bens Tombados, elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
Patrimônio Mundial – Com o objetivo de incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade, a Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura – UNESCO criou, em 1972, a Convenção do Patrimônio Mundial.
Como exemplos de patrimônios da humanidade, podemos citar: Pirâmides de Gizé – Egito, Machu Picchu – Peru, Estátua da Liberdade – Estados Unidos, Muralha da China – China, Torre de Piza – Itália, Coliseu de Roma – Itália, Palácio de Versalhes – França, Torre Eiffel – França e Acrópole de Atenas – Grécia.
[Fonte: Varejão do Estudante]

domingo, 11 de março de 2018

PAULO LEMINSKI:

Leituras para conhecer o escritor: 

Até o dia 16 de março acontecerá, em Recife, a Mostra Literária Paulo Leminski, que ficará aberta ao público no Laboratório de Autoria Literária Ascenso Ferreira do Sesc Santa Rita. A exposição contará com 16 ilustrações produzidas pelo artista plástico Fábio Dudas, que retratam a vida e a obra do escritor paranaense. Trata-se de iniciativa do Departamento Nacional do Sesc, que está circulado pelo país desde o ano passado. Aproveitando o ensejo, para quem já viu ou irá ainda prestigiar, essa semana indicaremos livros do autor para você ler e conhecer um pouco mais sobre sua obra.
A primeira indicação é o Guerra dentro da gente. Baita, um menino pobre, filho de lenhadores, encontrou um dia um velho que se ofereceu para lhe ensinar a difícil arte da guerra. Entusiasmado com a ideia e sem saber o que o aguardava, o menino resolveu acompanhá-lo numa viagem que o ajudaria a amadurecer, a compreender melhor a vida e a descobrir o que vai no coração do homem.
Outra sugestão é Vida-Cruz e Sousa Basho Jesus e Trotski. Quando a Companhia das Letras lançou ‘Toda poesia’, em fevereiro de 2013, alguns dos livros ali reunidos – como ‘Caprichos & relaxos’ e ‘Distraídos venceremos’ – estavam fora de catálogo e vinham sendo procurados pelo amplo público leitor de Paulo Leminski há mais de dez anos. Fenômeno semelhante ocorre com as quatro biografias que Leminski escreveu para a Coleção Encanto Radical ao longo da década de 1980; livros como ‘Bashô – a lágrima do peixe’ são raridades, e voltam ao mercado com a reedição de um volume único. Sob o olhar poético e apaixonado de um mesmo admirador, essas quatro trajetórias aparentemente desconexas ganham novas dimensões, criam elos e se complementam, em comunicação permanente com a vida e a obra de seu biógrafo. Trótski é visto como um homem de letras, autor do ‘mais extraordinário livro sobre literatura’ já escrito por um político. Cruz e Sousa é personagem central de um movimento que Leminski chama de ‘underground’ e que muito o influenciaria; o simbolismo. Bashô, antes de se tornar pai do haikai, foi membro da classe samurai. E Jesus é um ‘super poeta’. Enquanto traz à tona lados de quatro de seus heróis, Leminski revela muito de si mesmo, tão múltiplo e fascinante quanto os biografados, e fornece a seus fãs, em narrativas aliciantes e cheias de estilo, uma gênese de suas principais influências.
Por fim, a dica é Melhores Poemas Paulo Leminski-Pocket. Paulo Leminski foi uma das grandes surpresas da poesia brasileira nos últimos trinta anos. Pertencendo a uma geração de insatisfeitos e irreverentes levou a insatisfação e a irreverência àquele ponto extremo para o qual só há uma saída: renovar ou se retirar. Renovou. Teve o dom mágico de mostrar ao país uma voz inconfundível, personalíssima, fluente e cheia de sonoridades misteriosas, como os rios. E como os rios, enriquecida por muitos afluentes: dos haikais de Bashô às experiências concretistas.
[Fonte: Varejão do Estudante]

INSTAGRAM:

Como usá-lo em sala de aula:

Quem nasceu na era digital, com a internet e todos os seus benefícios, não consegue imaginar a vida sem os inúmeros aplicativos e redes sociais. Por isso, nada melhor do que unir o que a tecnologia tem a oferecer e a sala de aula. Um dos recursos que pode ser utilizado para tornar o aprendizado mais divertido é o Instagram. Hoje vamos trazer alguns sugestões de como ele pode ser usado na escola.
#BCCCV informa:

Depois de conversar a os alunos e acertar que o Instagram fará parte do dia a dia da sala, é hora de criar uma conta para a turma. Essa é a melhor maneira que o experimento não saia do controle do professor ou professores, já que isso pode ser um projeto da escola. Outra sugestão é ao fazer a conta, deixá-la privada para segurança dos estudantes. Conta feita, é hora de cair em campo.
A conta do Instagram pode ser uma vitrine de trabalho dos alunos. Pais, irmão e outros estudantes podem saber o que a turma está fazendo. A ferramenta funcionará como um grande expositor de tudo que é feito. Um vídeo sobre algum conteúdo trabalhado, uma foto que funcione de referência para alguma matéria são exemplos de postagens que transformam a conta em vitrine para colegas.
A memória de sala de aula também pode explorada. Documentar uma reunião em grupo, uma saída a campo, uma viagem em turma ou mesmo a apresentação de um trabalho é uma maneira de guardar lembranças desses momentos.
Para o professor de literatura, uma dica é criar perfis para figuras históricas. Escolher um personagem literário, como Dom Casmurro e deixar os estudantes responsáveis por conceber uma versão verossímil de como seria o Instagram dessas personagens da ficção. Os alunos iriam usar muito a imaginação!
A matemática também pode ser usada por lá. Tem suporte melhor para fazer um passo a passo de algo do que imagens ou vídeos? Uma forma divertida dos alunos visualizarem as fórmulas e contas.
Mas se criar uma conta para uma turma não parece a melhor opção, uma alternativa é criar uma hashtag para os projetos e sugerir tarefas para os estudantes. Se a matéria estudada é da disciplina de história, por exemplo, o professor pode convidar os alunos a postarem em suas próprias contas exemplos do que está sendo estudado, mas sempre usando a hashtag.
Como é possível observar, ideias não faltam para quem quer tornar a sala de aula mais divertida. E o melhor de tudo, sem perder o foco do estudo.
[Fonte: Varejão do Estudante]

VOZ PASSIVA SINTÉTICA:

ARQUIVEM-SE OS AUTOS - VOZ PASSIVA




De Porto Belo/SC recebi consulta nos seguintes termos: “Ao concluir uma sentença, o juiz determina que o cartório ou o escrivão faça chegá-la ao conhecimento dos interessados (partes, autores, réus, etc.). Outras vezes profere despacho mandando chamar os litigantes à sua presença. Seguidamente passa determinações para algum funcionário. Para dar tais ordens, nos autos do processo, deve escrever:

1. Arquive-se, ou arquivem-se os autos?
2. Cite-se os réus, ou citem-se os réus?
3. Intime-se, ou intimem-se os litigantes do teor da sentença?
4. Apense-se, ou apensem-se os autos da falência?
5. Publique-se, ou publiquem-se os editais?
6. Expeça-se, ou expeçam-se os mandados de prisão?”


Já grifei as formas que se preferem (olha aqui o verbo no plural!) na língua culta formal – como é o caso – pois se trata da voz passiva sintética, em que o pronome SE é partícula apassivadora. O verbo vai para o plural porque o sujeito está no plural – sujeito gramatical, bem entendido. Esse sujeito passivo fica mais claro quando se usa a voz passiva analítica, construída com o verbo auxiliar "ser". São, portanto, formas equivalentes:

1.(Que) os autos sejam arquivados.
2.(Que) os réus sejam citados.
3.(Que) os litigantes sejam intimados.
4.(Que) os autos da falência sejam apensados.
5.(Que) os editais sejam publicados.
6.(Que) os mandados de prisão sejam expedidos.


Estamos vendo aí uma ordem/determinação subentendida: "(Determino que) os autos sejam arquivados" etc. Nos dois blocos de exemplos temos o caso não muito comum de imperativo na voz passiva. Isso provavelmente justifica a dúvida, que em geral não se tem diante de frases como Vende-se casas Vendem-se casas ou Publicou-se os editais / Publicaram-se os editais, as quais se distinguem como linguagem popular / linguagem culta (norma-padrão). 

Já em orações de verbos intransitivos ou transitivos indiretos (que não podem ser passados para a voz passiva), a gramática considera o SE como índice de indeterminação do sujeito. Isso significa que o verbo acompanhado do pronome SE mantém-se na 3ª pessoa do singular mesmo que o substantivo a que ele se refere esteja no plural, porque esse substantivo não é o sujeito da oração – no caso, o sujeito é indeterminado. Em termos práticos: a presença da preposição que caracteriza o verbo transitivo indireto indica que ele não deve ser pluralizado. Exemplos: 

Trata-se de sentenças já analisadas.
Precisa-se de operários qualificados.
No voleibol usa-se de vários artifícios para segurar a partida.
Acabou-se finalmente com os mosquitos.
No Brasil, infelizmente, não se obedece às normas de trânsito como se devia.
Procedeu-se, de imediato, às apurações dos votos.
Ou se desmontam as altas taxas de juros, ou se chegará aos tempos difíceis em que restos de comida valerão mais que um prato cheio.


É preciso alertar que existem verbos com dupla regência, isto é, o mesmo verbo pode ser usado tanto como transitivo direto como indireto; como direto, então, ele deve ser pluralizado na voz passiva. É o que acontece, por exemplo, com tratar, acabar e usar:

Naquele nosocômio tratam-se enfermidades raras.
Acabaram-se as preocupações com a dengue.
No vôlei usam-se artifícios para segurar a partida.

 




Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

sexta-feira, 9 de março de 2018

VÍRGULA e a CONJUNÇÃO 'MAS':

 vírgula pode jogar a favor do seu texto ou não, e o mau emprego desse sinalzinho pode gerar, entre outros, o indesejado efeito da ambiguidade. 

#BCCCV esclarece:

Uso da vírgula antes da conjunção adversativa “mas”:
► O uso da vírgula antes do “mas” será obrigatório quando essa conjunção ligar orações em um mesmo período. Nesse caso, o “mas” marcará uma oração coordenada adversativa, indicando relação de oposição entre as unidades ligadas. Veja os exemplos:
Ele estudou muito, mas foi mal na prova de matemática.
Faz frio lá fora, mas não vou levar meu casaco.
Marcamos o encontro no parque, mas ela não compareceu.
Vale lembrar que a regra também vale para outras conjunções adversativas, como “porém”, “todavia”, “entretanto” e “contudo”:
Ele falou muito, porém não disse nada.
A professora explicou a matéria, todavia a turma não entendeu.
Nós viajaríamos nas férias, entretanto houve um imprevisto.
Disse que iria à festa, contudo preferiu ficar em casa.
Observação: A vírgula só deve ser empregada depois das conjunções adversativas quando essas estiverem precedidas por um verbo.
► O uso da vírgula antes da conjunção “mas” será facultativo quando esse “mas” localizado no meio do período possuir valor aditivo, isto é, quando estiver em uma construção que some ideias, como o “mas também”. Observe:
Não só os alunos mas também os professores e professoras divertiram-se no passeio.
ou
Não só os alunos, mas também os professores e professoras divertiram-se no passeio.
Não só o Internacional mas também o Grêmio foram eliminados no campeonato de futebol.
ou
Não só o Internacional, mas também o Grêmio foram eliminados no campeonato de futebol.
► Quando a conjunção “mas” aparecer no início da frase e depois dela aparecer uma frase intercalada, esta deverá vir entre vírgulas:
Mas, disse o pai, não saírei daqui antes de ver meu filho jogar.

[Fonte: Brasil Escola/ Luana Castro]