segunda-feira, 25 de maio de 2015

MUÇARELA ou MUSSARELA?


O adequado é MUÇARELA!


O BCCCV esclarece:

A pergunta que vem à cabeça, então, é: por que o produto que compro no mercado aparece com a grafia ‘mussarela’?
Primeiramente, esclareço que ‘muçarela’ é um termo/produto de origem italiana e, nesta língua, escreve-se ‘mozzarella’.
Há uma regra que diz o seguinte: palavras de origem italiana, que são grafadas com dois ‘z’, quando são adaptadas à língua portuguesa, são grafadas com ‘ç’.
Exemplo:
piazza – praça
razza – raça
Seguindo esta regra, ‘mozzarella’ transforma-se em ‘muçarela’. Esta regra não se aplica a todos os casos, pois ‘pizza’ não se escreva ‘piça’.
Em algum momento, alguém escreveu ‘mussarela’, talvez porque se parecia mais com a palavra original, achou que ficou bom e a moda pegou.
O ideal seria que palavras estrangeiras fossem adaptadas à estrutura de nossa língua.
Isso não significa xenofobia linguística, mas só bom senso gramatical.
Nem sempre as palavras adaptadas são as adotadas pelos usuários da língua. O filólogo Castro Lopes, no início do século 20, adaptou vários termos estrangeiros usados na época, mas a população não aderiu (com exceção da palavra ‘cardápio’ que substituiria ‘menu’, de origem francesa) e os novos termos se transformaram em palavras em estado de dicionário.


Referências:
HOUAISS, Antônio. Dicionário Eletrônico Houaiss. Editora Objetiva, 2009. CD-ROM.
Schumacher, Cristina A. Uma gramática intuitiva. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

sábado, 23 de maio de 2015

LER com prazer e por prazer:

Sabemos que ler traz muitos benefícios a quem o pratica de modo correto. A leitura desenvolve e aumenta o repertório geral, auxilia para que o indivíduo tenha senso crítico, amplia o vocabulário, estimula a criatividade e, finalmente, facilita a escrita. Mas ainda que carregue consigo um lado bom, é preciso tomar cuidado e selecionar bem o que se lê. Segundo Valdir Heitor Barzotto, professor da Faculdade de Educação (FE), vivemos em um momento em que há excesso de material disponível. “O que também pode ser prejudicial, pois uma pessoa pode ler coisas que não são, necessariamente, de uma fonte confiável. É uma novidade do tempo contemporâneo. Existe muito acesso ao texto, mas não ao conhecimento”, explica ele. A grande quantidade de informação disponível foi propiciada, principalmente, pelo avanço da tecnologia, em especial o da internet.



Quem não teve acesso pleno ao ensino da leitura e da escrita também pode apresentar desvantagens no campo da memória de retenção e de recuperação. “Se eu der uma sequência de palavras para alguém decorar, muito provavelmente aquele que não sabe ler e escrever terá mais dificuldades para relembrar”, conta a professora. Isso ocorre porque a escrita funciona como uma ferramenta adicional no momento de resgatar os vocábulos e é também mais um registro visual e sonoro que pode se ligar às palavras.
No aspecto social, não saber ler “é como ir a um país onde você não domina a língua”, diz Fraulein. É um impacto social do ponto de vista das diferenças no acesso à informação e pleno exercício dos seus direitos, além de colocar o cidadão em pé de igualdade com outras pessoas em diferentes situações. “Uma pessoa que não sabe ler e escrever se sente numa posição de desigualdade social em relação às que dominam esse conhecimento. Ter acesso a essa habilidade é um empoderamento a mais do cidadão”, completa a professora.

ESCOLAS: "gaiolas"

Como as escolas transformam crianças em adultos medíocres:


Uma reflexão acerca do sistema educacional que desperdiça talentos e faz do estudo um desprazer.


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 O mundo muda cada vez mais rapidamente. Para transpor os novos desafios, precisa-se, mais do que nunca, de pessoas que pensem criticamente e ajam proativamente. Pessoas capazes de olhar para os problemas e conceber soluções. Capazes de analisar, inovar, criar e reinventar.
Contraditoriamente, não é esse tipo de pessoas que estamos formando.
Logo nos primeiros anos de vida, inserimos as crianças em um sistema educacional que as converte em adultos consumidores, e não criadores de conhecimento. Adultos que deixam de explorar seus talentos para se enquadrar em padrões medianos. Adultos que tiveram sua criatividade tolhida e seu pensamento crítico inibido. Adultos que não buscam ideias e conhecimentos por conta própria.
Eis algumas razões pelas quais o modelo educacional vigente é obsoleto e as sequelas deixadas em cada um que passa por ele.

Ambiente escolar totalmente desfavorável

As escolas são indústrias. Essa metáfora de Ken Robinson, um dos grandes especialistas em educação da atualidade, talvez seja a que melhor descreve o funcionamento da esmagadora maioria das escolas ao redor do mundo.
Assim como em uma indústria, as escolas agrupam os seus alunos em lotes: as chamadas turmas. Em uma sala de aula, cada lote passa por uma rotina repetitiva, na qual profissionais especializados — os professores — desempenham seus papeis de maneira departamentalizada, ensinando conteúdos isoladamente, mesmo que na verdade todo o conhecimento esteja entrelaçado, e não segmentado em pacotes de disciplinas. Sirenes tocam indicando que é hora da aula atual ser interrompida para dar lugar à próxima. Quando os alunos já passaram por vários anos de repetições diárias desse ciclo, recebem o rótulo de “formados”, o que significa que o lote está pronto para ir para o mercado.
Infelizmente, não para por aí. Além de fábricas, as escolas também possuem características de presídios. Elas cerceiam a liberdade dos alunos. Todos têm hora para entrar, hora para ir para o pátio e hora para sair. Há inspetores vigiando os estudantes e punições — advertências, suspensões, expulsões — para os que tiverem mau comportamento.
Esse conjunto de medidas faz com que as escolas suprimam o desejo de aprender, ao invés de despertar a curiosidade e estimular a inteligência. Tomando emprestada a metáfora do fascinante educador Rubem Alves, pode-se concluir que as escolas, em sua maioria, são gaiolas, quando na verdade deveriam ser asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
- Rubem Alves
modus operandi que norteia o funcionamento de praticamente todas as escolas é o mesmo há muitas décadas. As poucas mudanças que aconteceram não foram de caráter educacional, e sim cultural, como o surgimento das escolas mistas e o fim dos internatos. Fora isso, as escolas em que você estudou seguem os mesmos paradigmas das escolas em que seus avós estudaram. Salas de aula, lousas, cadernos e a velha relação dual: “o professor ensina e o aluno aprende”.

Foco na memória, e não na habilidade de pensar

Ao invés de ensinar os alunos a pensar, as escolas os obrigam a digerir grandes quantidades de informações. Em aulas puramente expositivas, transmite-se o o conteúdo, que, posteriormente, é cobrado em uma prova— a maneira que as escolas encontraram para mensurar o aprendizado. Isso é bastante curioso, porque as provas, em geral, exigem que os alunos apenas reproduzam o que lhes foi “ensinado”, e não que desenvolvam seu raciocínio, senso crítico e a habilidade de relacionar fatos para tirar conclusões. Basicamente, na escola, os alunos são treinados para memorizar informações e despejá-las em avaliações escritas.

Inibição da criatividade

As escolas instituem desde o começo que serão feitas perguntas, e que cada pergunta admite apenas uma resposta correta. Se o aluno não responde exatamente o que lhe foi ensinado, ele errou. E é bom que não erre muitas vezes. Caso contrário, ele não passará de ano. O aluno aprende que ele não tem liberdade para pensar fora da caixa.

Conteúdos nem sempre relevantes

O cenário em uma sala de aula é, quase sempre, o mesmo: alunos sentados durante várias horas anotando o que o professor ensina. Não importa se o assunto lhes interessa ou se terá utilidade no futuro. Na verdade, as escolas desperdiçam boa parte do tempo e da energia dos alunos com assuntos desnecessários, quando poderiam estar desenvolvendo habilidades relevantes para a vida pessoal e profissional.
As escolas ensinam que a democracia surgiu na Grécia Antiga, mas não despertam nos alunos o pensamento crítico para avaliar o nosso cenário político e tomar melhores decisões. As escolas ensinam equações de segundo grau e logaritmos, mas não instruem sobre noções básicas de economia ou finanças pessoais. As escola ensinam o que são dígrafos e sujeitos desinenciais, mas não formam pessoas que saibam explorar os recursos da linguagem na hora de se comunicar com clareza.

Padronização do ensino

O ensino é o mesmo para todos. Um aluno que se interessa mais por uma determinada área não tem, dentro da maioria das escolas, a oportunidade de se aprofundar nela. Alunos com capacidades e interesses distintos são agrupados simplesmente por terem idades iguais, freando o desenvolvimento dos que têm mais facilidade e ignorando as necessidades especiais dos que possuem dificuldades. Além disso, as escolas conduzem o ensino sempre da mesma maneira, ignorando o fato de que cada aluno se adapta melhor a um tipo de aprendizado: visual, auditivo, cinestésico, entre outros.
Ao passar por todas as falhas desse modelo educacional, as crianças não ficam ilesas de suas consequências: redução da capacidade criativa, desprezo pelo ato de estudar, pouca habilidade para pensar por si próprias, estresse e acúmulo de muitas informações dispensáveis.
O mundo mudou, mas as escolas continuam presas a décadas atrás. Ao invés de doutrinar os alunos para se tornarem cidadãos obedientes e passivos, elas precisam estimulá-los a pensar de maneira inovadora e lidar com problemas reais — que são muito diferentes de um enunciado aguardando uma resposta decorada. Quando isso acontecer, chegaremos ao cerne da resolução de boa parte dos problemas contemporâneos.
E, quiçá, de uma verdadeira revolução.
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”
— Nelson Mandela
FONTE: Renato Salomão Guimarães

sexta-feira, 22 de maio de 2015

ESPERTO e EXPERTO

QUAL O CERTO?!?

ESPERTO, EXPERTO

Que menino interessante e esperto!

O BCCCV informa:


Esperto quer dizer arguto, vivo. 

Também há experto, com x: aquele que tem experiência ou conhecimento prático, 

o perito, o especialista, que muitas vezes é chamado entre nós pelo original inglês “expert”, 

por causa da pronúncia idêntica de experto e esperto.

CANHESTRO ou CANHOTO

RAPIDINHA de Português:


CANHESTRO, CANHOTO

Seu emprego na fábrica de artefatos manuais, na seção de miniaturas de palha, não durou uma semana, porque ele era canhestro.

Ninguém perde o emprego só por ser canhoto, não é mesmo? 

Canhoto é palavra usada para designar pessoa mais hábil com a mão esquerda;

o contrário, para chamar quem utiliza mais a mão direita, é destro ou manidestro.

Canhestro significa inábil, desajeitado, desengonçado. 

A propósito: quem utiliza as duas mãos com a mesma facilidade é ambidestro.



OLHO VIVO!!!
O BCCCV informa:


quinta-feira, 21 de maio de 2015

ESCREVER BEM: Redação

O aluno não possui muito domínio das palavras ou orações; por isso, torna-se fundamental um cuidado especial para escrever uma redação.  O importante é saber as três partes vitais de um texto escrito: introdução, desenvolvimento e conclusão, por vezes aparecem com outros nomes como [início, desenvolvimento e fecho; começo, meio e fim]. 
OLHO VIVO!

O BCCCV informa:
LER MUITO É A SOLUÇÃO!


Vejamos, sucintamente, cada uma delas.

Introdução (início, começo):

Começa-se uma redação fazendo uma afirmação, uma declaração, uma descrição, uma pergunta, e de muitas outras maneiras. O que se deve guardar é que uma introdução serve para lançar o assunto, delimitar o assunto, chamar a atenção do leitor para o assunto que se desenvolverá.
Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor. Se a redação possuir trinta [30] linhas, aconselha-se que o aluno use de quatro a seis linhas para a parte introdutória.

Defeitos a evitar para uma boa redação


I. Iniciar uma ideia geral, mas que não se relaciona com a segunda parte da redação.
II. Iniciar com digressões (o início dever ser curto).
III. Iniciar com as mesmas palavras do título.
IV. Iniciar aproveitando o título, com se este fosse um elemento da primeira frase.
V. Iniciar com chavões.

Exemplos:

- Desde os primórdios da Antiguidade...
- Não é fácil a respeito de...
- Bem, eu acho que...
- Um dos problemas mais discutidos na atualidade...

Desenvolvimento (meio, corpo):

A parte substancial e decisória de uma redação é o seu desenvolvimento. É nela que o aluno tem a oportunidade de colocar um conteúdo razoável, lógico. Se o desenvolvimento da redação é sua parte mais importante, deverá ocupar o maior número de linhas. Supondo-se uma redação de trinta linhas, a redação deverá destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento da mesma. 

Defeitos a evitar para uma boa redação 

I. Pormenores, divagações, repetições, exemplos excessivos de tal sorte a não sobrar espaço para a conclusão.

Conclusão (fecho, final):

Assim como a introdução, o fim deverá ocupar uma pequena parte do texto. Se a redação está planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis linhas.
Na conclusão, as ideias devem propor uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.
Se alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, mas não coloca uma conclusão: o leitor sentir-se-á perdido.

Defeitos a evitar para uma boa redação


I. Não finalizar (é o principal defeito).
II. Avisar que vai concluir, utilizando expressões como "Em resumo" ou "Concluindo".


CORRELAÇÃO DAS PALAVRAS:

Tome cuidado  com as chamadas expressões correlativas, as quais poderão ser usadas para correlacionarmos ideias!
O BCCCV informa:

OLHO VIVO!



A dica é a seguinteusou uma, use a outra que lhe corresponda.

São elas:
não só … mas/como (também);
tanto … quanto/como; 
não só … mas ainda; 
não somente … mas ainda; 
não apenas … mas também; 
tanto … quanto; 
ou … ou; 
quer … quer; 
seja … seja; 
por um lado … por outro (lado), 
dentre as mais comuns.

Veja alguns exemplos:
  • Errado: O menino estudava tanto quanto brincava. Correto: O menino tanto estudava  quanto brincava.
  • Errado: Ou você estuda ou não passa no vestibular. Correto: Você ou estuda ou não passa no vestibular.
  • Errado:  Ou tu me emprestas o livro ou a apostila. Correto 1: Tu me emprestas o livro ou a apostila. Correto 2: Ou tu me emprestas o livro ou me cedes a apostila.

PROBLEMAS DE CONSTRUÇÃO FRASAL:

Em seu caderno, corrija os possíveis problemas de construção frasal nos fragmentos abaixo:

1. O Brasil tem jogadores de futebol que merecem aplausos e que sejam respeitados pela imprensa nacional.

2.Trouxemos do passeio muitas lembrancinhas e a experiência de uma viagem internacional.

3.Conquistei o prêmio e a amizade do professor.

4. Fiquei decepcionado com a nota da prova e quando o professor riu de mim. 

5. É necessário chegares a tempo e que tragas a encomenda.

6. É importante escrever um texto por semana e que se preste atenção às dicas do professor.

7.Tratei dos dentes e de ir embora o quanto antes.

8. Não gosto de samba nem de cantar.

9. O projeto tem mais de cem páginas e muita complexidade. 

10. A comitiva visitou Roma e o papa. 

11. Os pais não só têm o dever de amar os filhos como também de educá-los.

12. É possível relaxar com a caça, a pesca e cultivando flores.

13. Se disseres a verdade, o mistério seria desvendado.


PREENCHA SEU TEMPO COM LEITURAS VARIADAS!



Agora, confira as soluções para cada caso:

1. O Brasil tem jogadores de futebol que merecem aplausos e respeito da imprensa nacional. 

2. Trouxemos do passeio muitas lembrancinhas e adquirimos a experiência de uma viagem internacional. 

3. Conquistei o prêmio e granjeei a amizade do professor.

4. Fiquei decepcionado com a nota da prova e o riso do professor. 

5. É necessário chegares a tempo e trazeres a encomenda. 

6. É importante escrever um texto por semana e prestar atenção às dicas do professor. 

7. Tratei dos dentes e busquei ir embora o quanto antes.

8. Não gosto de sambar nem de cantar.

9. O projeto tem mais de cem páginas e é muito complexo.

10. A comitiva visitou Roma e conversou com o papa. 

11. Os pais têm não só o dever de amar os filhos como também de educá-los.

12. É possível relaxar com a caça, a pesca e o cultivo de flores. 

13. Se disseres a verdade, o mistério será desvendado.

terça-feira, 19 de maio de 2015

MEIO ou MEIA ?

-- Gostaria de saber em que casos utilizo o meia e em que casos utilizo o meio. Fernanda Trajano, Florianópolis/SC

--- Gostaria de saber se está correto o uso do hífen no termo  . C. D., São Paulo/SP



Meio adjetivo
A palavra meio (= metade) varia no feminino e plural quando precede um substantivo:

Cem mil toneladas de carne representam o consumo nacional de meio mês.
 
Ganhou meia gleba de terra.
 
Por favor, deixe de meias palavras

Em tais casos, faz-se a concordância em gênero e número mesmo que o substantivo esteja subentendido, como se verifica em “meia hora”:

À meia-noite e meia (hora) apagavam-se as luzes do povoado.
 
O almoço deve ser servido ao meio-dia e meia.

Meio advérbio
Com o significado de "um tanto, um pouco, quase", acompanha um adjetivo e fica invariável:

As portas ficaram meio abertas. Ela está meio tonta. São meio tolos

Meio em substantivo composto
A formação composta leva hífen; e sendo um adjetivo, meio flexiona conforme o substantivo:

A maior parte da sua pintura é feita em meios-tons.

Outros exemplos: à meia-luz, de meia-tigela, roupa de meia-estação, é um meio-termo, pessoa de meia-idade, nesse meio-tempo, os meios-fios, são meios-irmãos, vive de meias-solas.

Só se configura um substantivo composto quando os dois elementos realmente formam um conjunto indissociável, o que não me parece ser o caso de “meia entrada”, que no entanto se encontra hifenizada no VOLP 2009 [comprar/pagar meia-entrada]. Já em “meio período” não se constata o hífen – aqui “meio” é um adjetivo usado no seu sentido literal [a metade] e independente: 

Só tenho disponibilidade para trabalhar meio período, e não o período integral.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

LEITURA PRAZEROSA

ESTANTE BCCCVISTA:
Nossa primeira sugestão é o livro de Isabel Lustosa, A História dos Escravos, que integra a coleção Memória e História, voltada basicamente para o passado brasileiro e para as diferenças e semelhanças entre os inúmeros grupos que constituem a população do Brasil.
Mantendo a fidelidade aos fatos históricos, nesta narrativa infanto-juvenil a historiadora Isabel Lustosa conta às crianças como era o Brasil dos escravos.

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O texto se organiza em torno da curiosidade de Chico, um menino da cidade que vai passar uns dias na fazenda do avô e acaba aprendendo o que representou a escravidão na formação do Brasil e suas consequências na vida atual do país. O texto é apoiado por um rico material iconográfico da época – anúncios de jornal, reprodução de obras de Debret – e pelas ilustrações da artista gráfica Maria Eugenia.

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E já que falamos de escravatura, por que não falar de liberdade? Por isso a nossa segunda indicação é a obra Viva a liberdade, de Maria Cristina Furtado, ilustrado por Biry Sarkis. Os animais da Floresta do Amor sofrem nas garras do novo rei, o Tigre. Para dar um basta a essa situação, o Alce e o Raposo elaboram um plano no qual usam a inteligência em vez da força. Com o sucesso do plano, os animais acabam reconquistando sua liberdade e devolvendo o trono a quem o merecia de verdade, o Leão. Nessa história, a autora Maria Cristina Furtado nos ajuda a pensar sobre a importância de combatermos as injustiças e arbitrariedades sem usar a violência, com o espírito de “a união faz a força”.
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A terceira e última dica de leitura é o livro Porque a lua só tem luz fria, de Tatiana Belinky. Existem muitas histórias sobre a lua e o sol e o porquê um é tão diferente do outro. Essa lenda judaica encanta pela sua simplicidade e pela oportunidade que oferece de se discutir valores como a colaboração e a necessidade da convivência com o outro para que todos possam brilhar. Tatiana Belinky, mais uma vez, presenteia seus leitores com rimas ricas em imagens e por meio delas narra uma história comovente e surpreendente As ilustrações de Rosana Urbes reforçam o clima mágico da luz da lua, que, se não é tão forte como a do sol, tem sua beleza e função no universo.

ROMANCE DE FORMAÇÃO:

Você já ouviu o termo “romance de formação”?  O romance de formação é aquele livro em que a trajetória do herói (ou anti-herói em termos mais pós-modernos) é marcada por um conjunto de experiências fundamentais que acabam moldando a sua personalidade.
O texto é carregado de “vivência do personagem”. Traumas da infância, desajustes familiares, reveses amorosos, sonhos abortados, ideais políticos traídos, dificuldades de enfrentamento da realidade, descompasso entre a idealização e as circunstâncias concretas que nos são oferecidas, perdas irreversíveis, auto-análise. As situações citadas são as mais frequentes enfrentadas pelo herói da narrativa de formação.

Esse tipo de romance se afirma como gênero literário por excelência no século XIX. No seu despontar, no XVIII, as histórias de formação são frequentemente vividas por um herói que narra seus próprios descaminhos. No XIX, o século que viu surgir Balzac, Flaubert, Dostoievski, Turgueniev e Machado de Assis, entre tantos outros mestres, desloca o narrador, em geral, para a terceira pessoa. No XX, voltamos a encontrar com frequência o narrador problemático de primeira pessoa, não raro acrescido de uma dose de afeto, revelando-se como herói em crise.

ESTUDAR PORTUGUÊS:

CINCO MOTIVOS:
Desde pequenos aprendemos o português. Falamos praticamente desde os dois anos de idade. Mas por que será que é tão necessário estudar por toda vida a nossa língua materna? A resposta é simples: porque não basta apenas falar! Precisamos escrever, ler e interpretar o texto. Conhecer as regras gramaticais é super importante para toda vida, desde nosso período na escola, até na nossa vida profissional. E tem outra coisa, que talvez você não saiba, mas o português, é uma das línguas mais faladas do mundo. Como você pode ver, motivos não faltam para levar a sério a disciplina de Língua Portuguesa. Veja abaixo cinco motivos para estudar a nossa língua.

1 – Você se expressa melhor: Só estudando Português e treinando (muito) a leitura e a escrita que aprendemos a usar a língua da forma correta, tanto oralmente como ao escrever. E você sabe: falar e escrever certo é essencial para conseguir passar em vestibulares, concursos e conseguis bons empregos.
2- Para evitar os vícios da internet: É inevitável. Ao usar a internet todos nós temos com o “internetês” e suas abreviaturas (você = vc, beleza = blz) e versões de palavras (aqui = aki). É preciso considerar o “internetês” como a linguagem utilizada nos meios eletrônicos. Quando seu filho escrever assim, não force para que ele “corrija” o que escreve neste ambiente. No entanto, o “internetês” deve mesmo ficar restrito à internet, ambiente em que é aceitável. Fora do computador, é preciso que seu filho saiba escrever corretamente. Essa regra na realidade vale para todos, pais e filhos.
3 – Estimula o gosto pela leitura: Além de melhorar a escrita, a leitura é um excelente meio de adquirir cultura e aprender mais. Quando mais você ler, mais vocabulário terá. E isso refletirá no aprendizado do português.
4 – Coordenação motora: Aprender a escrever é uma atividade que, além de desenvolver o raciocínio, treina a coordenação motora das crianças, já que elas aprendem a “desenhar” letra por letra e depois a juntá-las, para assim formar palavras e textos. Estudar a Língua Portuguesa é, portanto, importante também para desenvolver as habilidades manuais das crianças.
5 – Sétima língua mais falada: O português é a sétima língua mais falada no mundo, sendo idioma oficial de mais seis países além de Brasil e Portugal. São eles: Moçambique, Angola, Cabo Verde, Timor Leste, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Um bom motivo para aprender – e bem – a nossa língua, não?

quarta-feira, 13 de maio de 2015

RAPIDINHA de Português: Palavras erradas

Cuidado com palavras que não existem em nosso falar e escrever:

Tipo: MENAS, VINHERAM...

1. Comi MENAS comida. [errado]
Comi menos comida. [CERTO]   

2. As meninas VINHERAM brincar. [errado]
As meninas vieram brincar.

O BCCCV informa:

Também é feio falar assim:

Tenho que ir no banheiro.

Diga: TENHO DE IR AO BANHEIRO!

segunda-feira, 11 de maio de 2015

LER COM PRAZER: Sebinho LUTA pela Leitura

O BCCCV- com o Sebinho LUTA pela Leitura,

  acredita que toda maneira
de ler vale a pena. Por isso, convoca todos
a romperem com as regras de leitura
tradicional e lerem com prazer.

Projeto incluso ao BCCCV - Batalhão de Cidadania e Civilidade contra a Violência da professora Lucinéa Wertz


Já aconteceu na Escola Heloísa Mourão Marques - em Rio Branco/Acre e, poderá, acontecer na sua escola.
A Semana da Leitura Prazerosa tem muitas iniciativas para levarem os alunos ao prazer da Leitura. 
ANTES DE FAZER A SEMANA DA LEITURA PRAZEROSA em sua Escola, SIGA ALGUNS TÓPICOS PARA GOSTAR DE LER COM PRAZER:

Leia sem seguir referências ou tendências: 

Quando criança, você foi ensinado que os clássicos devem ser cultuados. Já na fase adulta, teve que se acostumar com as intermináveis listas de referências bibliográficas acadêmicas e profissionais. E para completar, o mercado editorial dita, a todo momento, novas tendências literárias. Como encontrar prazer em meio a tudo isso? A resposta é simples: Liberte-se! Escolha o livro que quer ler com base, unicamente, nos seus interesses, gostos e curiosidades. 
Leia sem obrigações ou metas: 
Na escola, você recebia uma lista obrigatória de livros e as datas das provas que avaliariam sua leitura. Assim, aprendeu a associar leitura somente à obrigação. Mas ler também pode ser sinônimo de prazer. Cada um tem o direito de ler no ritmo e na ordem que preferir: rápido ou lentamente, um livro por vez ou vários ao mesmo tempo, pular ou reler trechos, ler o final antes do começo, gostar de um livro ou mesmo abandoná-lo. 
Leia sem se limitar a lugares ou situações: 
Durante todos esses anos, você também aprendeu que leitura tem lugar determinado e hora certa. Porém, Ler é um ato que pode ser feito em qualquer lugar, dos tradicionais aos mais inusitados. A qualquer hora, todos os dias, nos finais de semana ou só quando sentir vontade. 
Gostou dessa ideia? Então reinvente a leitura na sua vida, crie suas próprias regras e leia com prazer!

LER PRAZEROSAMENTE:

Correr os olhos pelos livros dispostos numa prateleira, escolher um deles e dirigir-se à poltrona mais próxima, seja na biblioteca, na livraria ou na sala de casa. Melhor ainda: deixar-se escolher por uma obra literária. À medida que as páginas são viradas, o leitor se vê transportado para uma espécie de realidade paralela - um mundo inteiramente novo, repleto de descobertas, encantamento e diversão. Pouco importa se quem lê é criança, jovem ou adulto. Menos ainda se o que está sendo lido é poesia, romance ou um livro de auto-ajuda. O que realmente interessa é a cumplicidade entre o leitor e a obra, alicerçada no prazer que só a leitura é capaz de proporcionar.

O BCCCV informa:

Quem descobre prazer numa obra literária nunca mais quer parar de ler. Quando chega ao fim de um livro, já está louco para abrir o próximo. E só tem a ganhar com isso.

O papel da escola é fundamental nesse processo. E quem melhor que o professor para despertar em seus alunos o prazer da leitura? 

São muitas as atividades que podem ser desenvolvidas em sala de aula com esse objetivo. "Promover um debate, por exemplo, para discutir cenas ou situações presentes num livro que acaba de ser lido pela turma é uma prática importante e muitas vezes esquecida", afirma a educadora Maria José Nóbrega. O problema é que o profissional de educação nem sempre conta com os recursos necessários para concretizar essas atividades, ou simplesmente não sabe como implementá-las.

Cada uma dessas iniciativas é extremamente importante. Contudo, é fundamental que as políticas de incentivo à leitura se descolem da mera organização de feiras ou da criação de bibliotecas e salas de leitura. O mais urgente, segundo ela, é investir em material humano, com a formação de mediadores de leitura, professores e bibliotecários capazes de semear o prazer da leitura por todo o país. "Mediadores são os instrumentos mais eficientes para fazer da leitura uma prática social mais difundida e aproveitada."