quinta-feira, 30 de maio de 2019

ABREVIATURAS:

RAPIDINHAS DE PORTUGUÊS:

EM CORRESPONDÊNCIA, AINDA SE USA ILMO?

Antes de apresentar algumas dúvidas dos leitores, acho pertinente transcrever um parágrafo de Millôr Fernandes sobre “como convenções centenárias continuam dominando” grande parte das nossas cartas e ofícios. Foi em 1996 que Millôr escreveu:

“Muito de minha correspondência começa com Ilmo., ilustríssimo, por extenso. Ilustríssimo eu? Ilustríssimo você? Ilustríssimos por quê? Estão me gozando? Estão te gozando? Mesmo não sendo essa a intenção já não está demasiado gagá essa ilustrização de qualquer pessoa? Não bastaria um prezado, ainda que com um leve tom de falsidade, mas mais brando? Não sendo o cavalheiro em questão (eu) nem prezado, nem estimado, nem ilustre, nem ilustríssimo, nem ilustrado – por que não me tratar simplesmente por senhor?”

O #BCCCV esclarece:




Devo esclarecer que antes disso – em 1991 – tal fórmula já tinha sido oficialmente abolida, quando a Presidência da República publicou seu “Manual de Redação”, onde se lê à página 24: “(...) fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor”. Na mesma ocasião se aboliu o uso de digníssimo (DD.) sob o argumento de que “a dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação”.


--- Gostaria de saber qual a abreviatura correta do termo “atenção”, no sentido de aos cuidados de... utilizado em cartas profissionais. Vanessa Mendes, São Paulo/SP


Há duas opções para abreviar “à atenção de”: AT. ou At.


--- Como escrever no envelope: em mãos ou em mão? R. M. V. M., Belo Horizonte/MG


Tanto faz. E/M é a abreviatura de em mão ou em mãos (pode-se entregar com uma só mão ou com as duas, não?). No Grande Manual de Ortografia Globo consta também: E.M.P. – em mão própria.


--- Existem alguns corretores ortográficos que utilizam abreviaturas como V.Ex.a e V.S.a com o ponto no meio das letras enão no final como estamos acostumados a ver, ou seja, V.Exa. V.Sa.  Qual abreviatura é a correta? Marcelo Campos Pires, São Paulo/SP


A opção melhor e mais moderna é abreviar palavras sem ponto no meio e sem elevar nenhuma letra: V. Exa. , V. Sa. , Profa., Dra., Sra. etc. Mas também se admite V. Ex.ª e V. S.ª, como é ainda muito usado em Portugal, pelo que observei.


--- Qual é a forma correta dos pronomes de tratamento e respectivas abreviaturas? Por exemplo: a senhora/ a Senhora/ a sra./ a Sra. Maria. Nino Akio, São José dos Campos/SP


O usual quanto aos pronomes de tratamento como senhor, senhora, doutor, dona, dom, senhorita, professor, você etc. é empregar letras minúsculas quando por extenso e inicial maiúscula nas formas abreviadas:


Sra. Maria – A senhora Maria está aqui.
D. Marta –  A dona Marta já chegou.
Sr. Prof. Dr. José – O senhor professor doutor José se aposentou.
V. me traiu. – Não sei se você me traiu.
Louvaram S. Exas. – Louvaram suas excelências.


Embora muitos textos jornalísticos adotem somente as minúsculas, nas repartições públicas a praxe é empregar as maiúsculas em ambas as situações: V. Exa. ou Vossa Excelência recebeu a nota...  Enviamos a V. Sa. ou Vossa Senhoria o boletim.


Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

quinta-feira, 23 de maio de 2019

ASPAS (antes ou depois do ponto?)

-- Deve-se usar o ponto antes ou depois de fechar as aspas? Se acaso eu colocar uma nota de rodapé, como ficaria? Vinicius Pedrosa, Balneário Camboriú/SC

Existem os dois casos: aspas e ponto / ponto e aspas. As instruções oficiais rezam que se coloca o sinal de pontuação depois das aspas quando estas “encerram apenas uma parte da proposição”, mas que o ponto vem antes das aspas quando elas “abrangem todo o período, sentença, frase ou expressão”, ou seja, quando a citação é integral. Trocando em miúdos:

O BCCCV esclarece:


Caso 1 – As aspas vêm antes do ponto quando a citação é a continuação da frase que você está escrevendo, pois o ponto fecha o período, e não apenas a citação. Exemplos:

Já antecipava McLuhan na década de 60 que “a mudança se tornou a única constante de nossa vida”. 

Já antecipava McLuhan na década de 60: “A mudança se tornou a única constante de nossa vida”.

Enquanto não houver “uma nova, forte e legítima razão de interesse comum”, finaliza o relator, os condôminos continuarão a utilizar tais áreas, em conformidade com o “princípio ético de respeito às relações definidas por décadas de convívio”.

Um detalhe: quando se acrescentam dados entre parênteses, o ponto vai no final de tudo, depois do parêntese: 

“Eles compõem o cérebro da rede e localizam-se em todos os seus entroncamentos (Pessini, 1986, p. 14).

Caso 2 – As aspas vêm depois do ponto quando a citação é feita por inteiro e isoladamente:

“Saber é poder.” 

“Informação não é o mesmo que conhecimento.” 

E quando se faz uma citação com várias frases, portanto com vários pontos no meio,  as aspas são colocadas no final de tudo, isto é, depois do último ponto:

Assim se refere a comissão da ABL ao uso do não hifenizado: “Está claro que, para atender a especiais situações de expressividade estilística com a utilização de recursos ortográficos, se pode recorrer ao emprego do hífen neste e em todos os outros casos que o uso permitir. É recurso a que se socorrem muita línguas. [...] Não é, portanto, recurso para ser banalizado.”

MAIORES, TAMBÉM!

Alguns leitores escreveram [em 2001] para contestar ou questionar o emprego que fizemos da expressão “maiores informações”, pois leram alhures que é errado falar assim. Todos se expressaram nestes termos: “Seria correto dizer MAIORES INFORMAÇÕES? (...) pois a palavra ‘maiores’ tem o sentido de tamanho. / O correto é ‘mais informações’ porque o antônimo de maiores [menores informações] não faz sentido... / Se eu escrever para o Instituto Euclides da Cunha vou ter “maiores informações”, como está na página principal?”

Como à época manteve-se Maiores informações, transcrevo a resposta então publicada no Mural de Consultas do Língua Brasil:

“Olha, minha gente, chega de camisa de força: maior é o superlativo sintético de grande, certo? E grande significa ‘de tamanho, volume, intensidade, valor, etc. acima do normal’ [não só tamanho, portanto!], ou ‘longo, comprido, alongado, dilatado, amplo, notável, respeitável’, entre outros sentidos. Se é possível dizer ‘Vou lhe prestar uma grande informação / uma longa informação mais adiante / informações mais amplas ou detalhadas’ – assim como se diz ‘vou dar uma longa explicação/instrução’ –, então se pode fazer uso do adjetivo superlativo na mesma situação. Não bastasse isso, confirma o Dicionário Aurélio que maior significa ‘que excede outro em tamanho, espaço, intensidade, duração, grandeza, número, importância, etc.’ Vejam aí: oferecemos um maior número de informações, pelo menos!”

Certamente o uso de “mais informações” é também correto e mais econômico, prevalecendo atualmente sobre “maiores”. O que não me agrada é a discriminação por “erro”, pois neste caso não se trata disso.


* Maria Tereza de Queiroz Piacentini

quarta-feira, 15 de maio de 2019

VÍRGULAS: DEPOIS DO SUJEITO E COM ADVÉRBIO DE MODO.

“Há regra para colocação de vírgula? Eu costumo empregar o método da respiração.” Assim escreveu, com muita espontaneidade, o leitor Adelino Miranda, de Porto Alegre/RS.

Como já tivemos oportunidade de dizer, não se coloca vírgula de ouvido simplesmente; não há uma necessária conexão entre vírgula e pausa – “nem a toda pausa corresponde uma vírgula, nem a toda vírgula corresponde uma pausa...”, sustenta Celso Luft. O fato é que a vírgula obedece a critérios sintáticos, não se devendo separar os termos da oração unidos sintaticamente, ou seja, colocar vírgula entre sujeito e verbo, entre verbo e complementos, a não ser que haja encaixes entre esses elementos.
O #BCCCV esclarece:


Vírgula entre sujeito e predicado/verbo é erro, consequentemente. Maus exemplos:

* O Laboratório Botânico, está completando 15 anos.

* As conquistas recentes e o seu carisma, colocam Guga como o tenista mais popular de todo o circuito.

* A inobservância das obrigações estabelecidas nesta lei, sujeitará o infrator às penas previstas na legislação.

Exemplos corrigidos:

O Laboratório Botânico está completando 15 anos.

As conquistas recentes e o seu carisma colocam Guga como o tenista mais popular de todo o circuito.

A inobservância das obrigações estabelecidas nesta lei sujeitará o infrator às penas previstas na legislação.

Desconfie da vírgula antes do verbo! Ela só estará ali se houver um encaixe ou intercalação, que se marca por duas vírgulas:

Errado: O 1° Congresso Internacional de Educação Holística – CIEH, foi lançado com festa.  [não vai a vírgula mesmo que na leitura se faça pequena pausa depois da sigla]

Certo:  O 1° Congresso Internacional de Educação Holística – CIEH foi lançado com festa.

Com encaixe: O 1° Congresso Internacional de Educação Holística – CIEH, a ser promovido pelo Colégio Coração de Jesus, foi lançado com festa.

Observemos mais dois exemplos em que o sujeito está separado do seu predicado por uma intercalação entre vírgulas:

A propriedade utilizada pelo ex-governador Hercílio Luz para passar os dias de descanso no distrito de Taquaras, em Rancho Queimado/SC, está prestes a se transformar num empreendimento que unirá lazer e preservação do patrimônio.

A globalização, seja de forma direta ou indireta, está expondo os agricultores do Mercosul a um perigo mais forte:  o de servirem de cobaias para agrotóxicos que são proibidos em países da Europa.

--- Os advérbios terminados em mente são necessariamente colocados entre vírgulas? Mirian Silva Rossi, São Paulo/SP

De jeito nenhum! Veja algumas boas frases: Esta é uma medida tecnologicamente possível. Falou incansavelmente para a multidão. Saiu-se razoavelmente bem. Ele disse que lamentavelmente não havia condições de retorno. As cores azul e verde correspondem respectivamente aos grupos 10 e 11.

Você só colocará o advérbio de modo (terminado em “-mente”) entre vírgulas se quiser dar ênfase especial ao que ele expressa, por exemplo: Ontem, infelizmente, não nos encontramos no colégio.  As cores azul e verde correspondem, respectivamente, aos grupos 10 e 11.


* Maria Tereza de Queiroz Piacentini

SUBSTANTIVOS SOBRECOMUNS: FEMININOS.

--- Solicito auxílio para saber o feminino da palavra edil. Flávio Boleiz Junior, São Paulo/SP.

--- Em nossas festas religiosas aparece o mordomo (ou Mordomo do Mastro). Sendo mulher, será: o Mordomo Maria ou a Mordomo Maria? Donizetti Cordeiro Guedes, Capelinha/MG.
O #BCCCV informa:


--- Graduando, doutorando, bacharelando, formando: são formas únicas, ou devo usar o feminino quando se referem a pessoas do sexo feminino, por exemplo: Maria é graduanda em Direito ou Maria é graduando em Direito? J. C. P., Barretos/SP.

Os últimos substantivos citados têm feminino, sim, que se forma regularmente, trocando-se o -o por -a: graduanda, doutoranda, bacharelanda, formanda.

Por outro lado, há substantivos que apresentam uma única forma para os dois gêneros; o que distingue o masculino do feminino é a anteposição de um artigo ou outro determinante, como o jornalista/a jornalista, um estudante/uma estudante, bom cliente/boa cliente. Esses substantivos – chamados de comuns de dois – são registrados nos dicionários com um s.2.g., que quer dizer “substantivo que serve aos dois gêneros” (e não “substantivo de [que tem] dois gêneros”). A essa categoria pertencem, entre outros: o/a chefe, o/a gerente, o/a titular, o/a assistente, o/a artista, o/a agente, o/a colega, o/a indígena, o/a intérprete, o/a dentista, o/a imigrante, o/a guia, o/a caixa [funcionário], o/a presidente [a observar que também existe o substantivo feminino presidenta].

Poeta é exemplo de substantivo que no dicionário consta como masculino (s.m.) mas que poderá vir a ser registrado s.2.g., porque seu equivalente feminino – poetisa –  vem perdendo terreno para “a poeta”. A nova geração de mulheres que fazem poesia parece não gostar de ser chamada de poetisa – são as poetas simplesmente.

E chegamos ao edil e ao mordomo, duas palavras registradas como substantivo masculino (s.m.), o que significa que não se utiliza um artigo feminino quando se trata de uma mulher ocupante desse cargo ou função. Os dois termos pertencem à categoria dos substantivos ditos sobrecomuns, aqueles que têm um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos. São exemplos de sobrecomuns masculinos: o ídolo, o membro, o algoz, o carrasco, o tipo, o indivíduo, o cônjuge, o alvo. Casos femininos: a criança, a criatura, a pessoa, a testemunha, a vítima, a presa.

Assim, a vereadora será sempre um edil, e a Maria será o Mordomo do Mastro. Você pode expressar-se desta forma:

A senhora Maria Aparecida é o edil mais influente da região.

Depois de vários mandatos, ela se tornou um grande edil.

A comunidade escolheu D. Rita para Mordomo da sua festa religiosa.

--- Se bem me lembro, aprendi na escola que o correto era dizer meu esposo ou meu marido, enquanto que o contrário seria minha mulher, e não minha esposa. Mesmo sabendo disso habituei-me a dizer “esposa de fulano de tal” em vez de “a mulher de fulano”. Minha impressão é a de que, como consequência do movimento feminista, nos sentimos constrangidos em pronunciar a última forma. Gostaria de saber se ambas são, atualmente, corretas.” Lea Tomaz, São Paulo/SP

As duas formas estão corretas. No campo do Direito o certo é falar em marido e mulher. Mas socialmente o usual é esposo e esposa. Também é elegante o homem se referir à sua como “minha mulher”, e à dos outros como “sua esposa”. Prefere-se dizer “esposa” talvez por ser o substantivo “mulher” também o feminino de “homem”. Mas a mulher tanto pode dizer “meu marido" como "meu esposo".


* Maria Tereza de Queiroz Piacentini

sábado, 4 de maio de 2019

VÍRGULA:

EM GERAL E NO ÂMBITO DA LEI:

vírgula parece ser o calcanhar-de-aquiles da língua escrita. 
O #BCCCV esclarece:


Pelo menos é essa minha constatação em anos de prática de revisão de textos. Se no tempo do latim e do galaico-português não havia necessidade de vírgulas, este sinal passou a ser utilizado abusivamente alguns séculos depois de ter o latim se tornado língua morta. Nos dias de hoje, quando é enorme o volume de leitura exigido diariamente de qualquer pessoa, a tendência é escrevermos com menos vírgulas de modo a tornar a leitura mais fluida e rápida.

Acontece que o cérebro nos leva a fazer uma pausa mental a cada vírgula, o que acaba por alongar a leitura. Na verdade, a vírgula não é questão de fôlego, mas obedece a preceitos lógico-sintáticos. Portanto existem orientações e normas a serem seguidas. O preceito básico é usar a vírgula somente onde haja uma quebra da estrutura lógica da frase: a vírgula marca justamente um deslocamento de uma palavra, sintagma ou oração da sua ordem normal; ou um parêntese, uma interrupção do pensamento, que é o caso das duas vírgulas que marcam as intercalações.


Em outros termos: as palavras em sua posição natural não precisam de vírgula; isso quer dizer que não se coloca vírgula entre sujeito e verbo, entre verbo e complementos – desde que atendam a esse requisito da sequência natural semintercalações ou deslocamentos.


Vejamos alguns exemplos, extraídos de fontes diversas, de períodos relativamente longos sem nenhuma vírgula:


O aspecto mais valioso das artes marciais japonesas é sua habilidade de desenvolver um ser humano aperfeiçoado através da prática de técnicas refinadas e magistrais que promovem um respeito à tradição e que se baseiam em anos de pensamento e ação criativos.


O artigo a ser publicado analisa o papel da revisão da bibliografia em trabalhos de pesquisa e aponta para as principais deficiências observadas em teses de mestrado e doutorado no que se refere a esse importante aspecto.

Ainda recentemente vi um professor assinalando como errado um parágrafo de um aluno com esta observação: “Onde já se viu uma frase de quatro linhas sem nenhuma vírgula!” Pois aqui seguem mais dois enunciados modelares no tocante à pontuação:

Na versão final da Declaração da V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos consta que somente o progresso centrado no ser humano e numa sociedade participativa baseada no respeito aos direitos humanos levará a um desenvolvimento sustentável e equitativo.


A natureza da tecnologia e os pressupostos e o processo das transformações organizacionais e gerenciais que consubstanciam o paradigma da integração e flexibilidade estão colocando problemas práticos para os quais a reflexão e as explicações teóricas produzidas até o momento ainda não foram suficientemente esclarecedoras.


Que ninguém vá agora sair por aí tirando todas as vírgulas do seu texto! Há aquelas corretas e imprescindíveis, como as que separam as orações adjetivas explicativas, assim com há as vírgulas optativas, igualmente corretas mas dispensáveis quando não se tem necessidade de enfatizar os elementos intercalados ou deslocados.


Depois dessas questões preliminares, vamos à indagação formulada pelo leitor Lauri Klein, de Porto Alegre: qual a razão das vírgulas em “o Dec. 2.284, art. 2°, prevê; cf. art. 171, § 1º, II, b, da CF”.


As vírgulas são usadas aí porque se faz uma quebra ou inversão da ordem direta com a colocação do maior antes do menor. Deve-se abrir e fechar com vírgulas cada segmento intercalado. Outro exemplo:


Assim, autorizam os caucionantes que se averbe junto ao imóvel a presente caução, nos termos do inciso II, número 8, do art. 167 da Lei 6.015/73.


Quando o dispositivo de lei é escrito do menor desdobramento para o maior (ordem lógica), não se usam vírgulas: 


art. 37 da Lei 8.245/91 dispõe que o locador pode exigir do locatário três tipos de garantia.

Referiu-se ao imposto municipal avocando o inciso I do § 2º do art. 132 da Constituição do Estado.


Maria Tereza de Queiroz Piacentini