sexta-feira, 18 de maio de 2018

PRONOMES DEMONSTRATIVOS:

ESTE, ESSE, AQUELE:
O #BCCCV ESCLARECE:



Em português existem três pronomes demonstrativos com suas formas variáveis em gênero e número e três invariáveis [isto, isso, aquilo].  Eles assinalam a posição do objeto designado relativamente às pessoas do discurso (falante/ouvinte) e ao assunto do discurso (o ser de que se fala). Há uma estreita relação entre os pronomes PESSOAIS, os POSSESSIVOS e os DEMONSTRATIVOS:

1ª pessoa - meu - este, esta, isto          
2ª pessoa - teu - esse, essa, isso          
3ª pessoa - seu - aquele, aquela, aquilo 

Apesar de existirem regras para os pronomes demonstrativos, não se constata muita rigidez no seu uso, principalmente na fala – quando se observa uma assimilação do T pelo S (parece que tudo é isso, essa, esse) – e sobretudo no tocante ao seu emprego para lembrar ao leitor ou ouvinte o que já foi mencionado ou se vai mencionar. Vejamos então um esquema de bom emprego dos pronomes demonstrativos:

- Em relação ao LUGAR:

. o lugar onde estou  >  ESTE
. o  lugar onde você está  >  ESSE
. o lugar distante do falante e do ouvinte >  AQUELE

Há neste ponto uma natural correlação com os advérbios de lugar: isto aqui – isso aí – aquilo ali / lá (jamais se diz aquilo aqui; pode-se até ouvir isso aqui, mas por causa da mencionada assimilação do T). Exemplos corretos:

Neste capítulo [o capítulo que V. está descrevendo] apresentamos os objetivos.

Veja (aqui) esta borboleta, que linda!

Que país é este ? perguntam-se os brasileiros. [referindo-se ao Brasil e no Brasil]

Pegue aqui: relacione todos os nomes citados neste livrete.

Em atenção a pedido dessa instituição, estamos remetendo a V. Sa. o boletim ECO.

Traga-me esses livros que estão com você.

Logo que puder, despacharei os pacotes para essa cidade.

- Emprego em relação ao TEMPO:

. tempo presente >  ESTE
. passado próximo  >  ESSE
. passado distante  >  AQUELE

Neste ano [trata-se do ano em curso] pouco se fez em favor dos sem-teto.

Não há ocorrência de acidentes nesta data. [hoje]

O iPhone é uma das boas invenções deste século

Nestes últimos vinte anos a mulher tem ocupado mais espaços.

A década de 20 marcou a conquista do voto pela mulher. Nesses dez anos ela travou grandes lutas pela liberdade.

Marina esteve na cidade por esses dias...

Quando éramos crianças brincávamos mais, pois naquela época não havia pré-escola, nem aulas de natação, de balé, de inglês...

Bons tempos aqueles! - diz vovó, nostálgica.

- Emprego em relação ao DISCURSO:

o que vai ser mencionado >  ESTE

É isto que eu digo sempre: cultura é fundamental. [obs. O pronome está antes dos dois-pontos]

Nosso vizinho vive repetindo este provérbio: “Casa de ferreiro, espeto de pau”.    

o que se mencionou antes  >  ESSE

A segunda parte do trabalho dispõe sobre a marginalidade social. É nesse capítulo / nessa parte / nesse pontoque se discutem os desvios verificados nas instituições pesquisadas.

É possível comer manga e tomar leite junto? Melancia com vinho faz mal?
Disso tratam os autores no final do artigo.

Há ainda o item “entre dois ou três fatos citados” e outros casos a serem discutidos neste tópico referente ao discurso. Continuaremos na próxima semana.
 

Maria Tereza de Queiroz Piacentin

terça-feira, 15 de maio de 2018

SALVADOR DALÍ: Grande nome das Artes.

Ele foi um dos grandes pintores do movimento chamado Surrealismo. Foi uma criança apaixonada pela arte. 
O #BCCCV mostra:

Começando a pintar aos 10 anos, passou a frequentar a Escola Municipal de Desenho. Nascido em 11 de maio, de 1904, na Catalunha (Espanha), Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí y Domènech, mais conhecido como Salvador Dalí entrou na Escola de Pintura e Escultura da Academia de São Fernando, em Madri, aos 18 anos. Sua arte passeia pela pintura, escultura, fotografia, teatro, moda, cinema e design. Ficou muito conhecido pelo seu bigode sinuoso e extravagante.
Aos 16 anos já tinha produzido mais de 80 obras. Foi grande amigo de artistas e intelectuais como o escritor Federico Garcia Lorca e o cineasta Luís Bruñuel, chegando a colaborar com dois de seus mais famosos filmes, o Cão Andaluz e A Idade de Ouro. Dalí trilhou pelo Cubismo e tornou-se um dos principais nomes do Surrealismo, na década de 1930. Suas obras são caracterizadas pelas cores vivas, imagens oníricas e bizarras, tendo muita influência das teorias psicanalíticas de Sigmund Freud.
Faleceu de pneumonia e problemas cardíacos, na cidade espanhola de Figueres, em 23 de janeiro de 1989. Entre suas grandes obras destacam-se “Jogo Lúgubre” (1929), “Persistência da Memória” (1931), “Metamorfose de Narciso” (1937), a escultura “Madona de Port Lligat” (1950), que tinha mais de três metros de altura, a “Cabeça Rafaelesca Arrebentada” (1951), entre tantas outras.
Fonte: Varejão do Estudante

HÍFEN :

SUPER-HOMEM e SUPER-RICO:


O BCCCV esclarece:



>> São duas as situações em que o hífen é usado com o prefixo super: apenas diante de substantivo ou adjetivo que começa com r ou com h

Nem mesmo diante de palavra iniciada por vogal ou por s o hífen é necessário – a ligação aí é direta. Palavras-lembrete: super-homem super-rico.

Escreva, portanto: revista superinteressante, pessoa superdinâmica, trabalho superdidático, ar supersaturado, aviãosupersônico. E admita que você é um superpai, uma supermãe, um filho superamado ou uma avó superlegal!


VERBOS: ORTOGRAFIA em "IZAR" ou 'ISAR"

NÃO SE PERDE POR ESCREVER CORRETAMENTE:
O #BCCCV esclarece:


Olho vivo! Pois, nem sempre, os dicionários estão à mão para dirimir dúvidas. 
Na hora do sufoco, tem-se que partir para uma solução de cabeça. 

E aí, quando o problema é decidir entre o 'S' ou 'Z' dos verbos da 1ª conjugação terminados em isar ou izar, pode ser útil este lembrete: a diferença está na palavra de que eles derivam.

Primeiramente, os verbos em ISAR são derivados de nomes (radicais) terminados em -is [com respectivos sufixos ou desinências, conforme o caso]. Aqui “ar” não é sufixo: é sim a terminação verbal da 1ª conjugação, que agregada a um radical terminado em -is forma os “verbos em isar” de que estamos tratando. Para exemplificar: agregando-se “ar” ao substantivo anis tem-se o verbo ANISAR; a íris, IRISAR e, assim por diante. Para distinguir esses verbos daqueles escritos com Z (de izar), pode-se fazer sua associação com o substantivo aparentado. Se o nome é grafado com IS, o verbo também o será:


alisar  / liso
analisar / análise
avisar  / aviso
bisar  /  bis
divisar / divisão
frisar / friso, frisa
guisar  / guisado
paralisar  /  paralisia
pesquisar / pesquisa
pisar / piso
precisar / precisão, preciso
visar / visão


OBS.: No entanto, escreve-se deslizar balizar porque estes verbos vêm de deslize e baliza, respectivamente. 


Os verbos terminados em IZAR, por sua vez, formam-se de nomes (adjetivos, principalmente) aos quais se agrega o sufixo -izar, que significa "tornar, transformar em". Assim sendo, de visual + izar formamos visualizar; de neutro, neutralizar; de tranquilo, tranquilizar; de harmonia, harmonizar.


Nessa passagem são feitas adaptações gráficas (acréscimo, eliminação ou mudança de letras) exigidas pela gramática, com as quais normalmente já estamos familiarizados. Para exemplificar:  robô = robotizar;  simpático = simpatizar; permeável = permeabilizar;  ênfase -= enfatizar; padrão = padronizar; catequese = catequizar.

Exemplos diversos:

álcool  -   Pessoas alcoolizadas estragaram a festa.
canal   -   Todos os recursos foram canalizados para essa obra.
estéril  -   O médico mandou esterilizar os instrumentos.
formal  -  Formalizamos o acordo.
industrial  -  Eles industrializam tubos e conexões.
local  -  Precisamos localizar os documentos.
oficial  -  O noivado será oficializado no domingo.
poético  -  Quero poetizar minhas horas. 
urbano  -  Urbanizar a periferia é sua promessa.

Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

quinta-feira, 3 de maio de 2018

ALERTA: palavra variável ou invariável?

RAPIDINHA DE PORTUGUÊS:

As coisas estão limpas, ordenadas. 
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.




Carlos Drummond de Andrade, em seu poema “Passagem do ano”, empregou a palavra alerta da forma clássica, isto é, deixando-a invariável. Embora se refira a “sentidos”, alerta não está no plural.


Por outro lado, vemos manchetes nos jornais: Hospitais alertas, Ressurge febre amarela – comunidades alertas. Está errado fazer essa concordância? Não, de acordo com padrões mais modernos de linguagem. Houve uma evolução no emprego desse termo e alguns dicionários registram tal fato.


Na sua origem italiana, alerta é interjeição (Alerta!) que passa a ser também advérbio em português (além de substantivo, o que não está em discussão). Portanto, como todo advérbio, é palavra invariável, ou seja, não tem singular nem plural, nem flexiona no feminino. Assim consta nos dicionários de Cândido Figueiredo (1949), Antenor Nascentes e Francisco Fernandes, e nas gramáticas de Evanildo Bechara e Luiz Antonio Sacconi. Estes autores não mencionam alerta como adjetivo e exemplificam: Estejamos alerta / São pessoas alerta.


Já o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), o Dicionário Aurélio, Laudelino Freire (1954), Napoleão Mendes de Almeida e outros registram as duas possibilidades: advérbio (em atitude de vigilância, de sobreaviso; atentamente) e adjetivo (atento, vigilante), quando então acompanha o substantivo em número: homens alertas, hospitais alertas. Havendo, pois, controvérsia, a matéria não deve de modo nenhum fazer parte de concursos e provas. Seu uso é pessoal e a escolha depende muitas vezes do contexto.


Uma boa opção pode ser o uso da locução em alerta: hospitais em alerta / os presídios estão em alerta depois dos ataques / as pessoas ficaram em alerta. 
 

Maria Tereza de Queiroz Piacentin