segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Lava à JATO?!? rapidinha

LAVA à JATO, LAVA a JATO, LAVA-JATO ou LAVA JATO?

“Lava à jato”: não existe, pois não se usa crase antes de palavra masculina.


“Lava a jato”: significa lavar algo utilizando um objeto que provoca a saída impetuosa de água.
Exemplo: Antes de seguir viagem, preferiu deixar o carro no lava a jato.


“Lava-jato”: é o nome do estabelecimento onde as pessoas deixam seus carros para serem lavados.
Exemplo: Meu marido tem um lava-jato. 


“Lava jato”: pode ser usado na seguinte situação: verbo + objeto direto.
Exemplo: O funcionário lava jato diariamente.


Colaboração de Elcias Albuquerque (aluno e Soldado da Língua Pátria - do BCCCV)/ 26/11/2012.


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domingo, 25 de novembro de 2012

PARTICÍPIOS ESPECIAIS:


PARTICÍPIO & ADJETIVO

Há alguns verbos que apresentam dois particípios mas escapam à regra dos particípios duplos,
pois seu particípio irregular é usado somente como adjetivo. Exemplos:

Tudo foi anexado conforme sua orientação.[voz passiva com verbo ser + particípio]

O documento está anexo.[anexo = adjetivo]

É o caso, entre outros, dos seguintes verbos:

Infinitivo                   Particípio                  Adjetivo

absorver                  absorvido                     absorto
anexar                     anexado                       anexo
aprontar                   aprontado                    pronto
cativar                      cativado                      cativo
completar                 completado                 completo
concretar                 concretado                   concreto
confundir                 confundido                   confuso
corromper               corrompido                   corrupto
entortar                   entortado                      torto
estender                  estendido                     extenso
estreitar                   estreitado                     estreito
livrar                        livrado                          livre
nasce                      nascido                        nato/nado
omitir                      omitido                         omisso
quitar                      quitado                         quite
restringir                 restringido                    restrito
revolver                  revolvido                      revolto
torcer                      torcido                         torto

CASOS ESPECÍFICOS

ABRIR. Já teve dois particípios: abrido e aberto. O primeiro saiu de uso. O mesmo aconteceu com 
os verbos cobrir e escrever, que de cobrido/coberto escrevido/escrevinhado/escrito só ficaram
com o último particípio.

A menina já tinha aberto a porta quando tocamos a campainha.

CHEGAR. Tem um único particípio: o regular chegado. *Chego é vulgarismo.

Na hora de fechar o colégio o pai de Leonardo ainda não tinha chegado.

EMPREGAR. Por analogia com entregar, que tem dois particípios – entregado e entregue – há quem
diga "empregue". Mas na língua culta no Brasil só o particípio regular é aceito.

Na construção da casa foi empregado material de primeira classe.

MORRER. Morrido é particípio usado com ter haver. Morto se usa com os auxiliares ser e estar,
mesmo subentendidos.

Alguns trabalhadores nesse meio têm morrido precocemente.

Nascido na França em 1881, morto em Nova Iorque a 10 de abril de 1955, Teilhard de
Chardin descendia de família ilustre.
 
VIR. Fugindo à regra da formação em -ado ou -ido, vir tem como particípio vindo, igual ao seu gerúndio.
Verbos correlatos:advindo, intervindo, provindo, sobrevindo.

Ele não tem vindo à igreja ultimamente.

Se não tivesses intervindo a tempo, as crianças teriam se machucado.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ENEM dicas rápidas

REDAÇÃO - temais atuais


A política de cotas

A educação pública no Brasil vem passando por várias fases ao longo dos anos, o que aparenta ser um processo de experimentação para ver o que pode ou não dar certo, gerando certa defasagem no ensino. Assim, na busca incessante por soluções rápidas, acabam encontrando algumas, ineficientes, como é o caso das cotas. 

Em 26 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal aprovou o sistema de cotas em universidades públicas, reservando 50% das vagas para alunos oriundos de escola pública, sendo 25% para estudantes carentes e 25% para negros, índios e pardos. O objetivo das cotas é tentar consertar o passado escravocrata que trouxe desigualdades sociais para negros e índios, porém o Brasil é hoje uma sociedade mestiça, tornando-se difícil o processo de seleção. 

Muitos lutam pelo fim do racismo e por igualdades, porém ao aceitarem sistemas como esse das cotas, se contradizem [contradizem-se] e de certa maneira alegam que são menos capazes que os brancos, o que não é verdade. Deveriam reivindicar uma educação de base de qualidade, para que no futuro possam competir igualmente com os alunos provenientes das escolas particulares. 

Outro grande problema que as cotas podem gerar é na [a] dificuldade de formação desses profissionais, ou até mesmo no abandono do curso por falta de conhecimento suficiente devido à educação precária que receberam. 

Portanto, para que possa haver um progresso quanto à educação, ao invés de utilizarem [utilizar] da política de cotas para que aja [haja] o ingresso de alunos carentes em universidades boas e públicas, o governo deveria se preocupar com a melhoria no ensino médio e fundamental. Deste [Desse] modo, o jovem poderá ter oportunidades que realmente o favoreçam e que [que lhe] tragam condições iguais [iguais às de outros jovens] , não só em sua carreira acadêmica, mas em sua vida. 

Cuidado com os erros e melhore esta, ok! 8,5

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REDAÇÃO - temas atuais

Cotas para universidades federais: solução ou problema?

Agora é oficial: a presidente Dilma Rousseff sancionou o sistema de cotas para o ingresso em universidades federais. Isso significa que metade das vagas dessas instituições será ocupada por alunos que cursaram todo o Ensino Médio em escola pública. Metade dessas vagas (25% do total) ficará com estudantes de baixa renda familiar e a outra metade (25%), com negros, pardos e índios. O tema é polêmico, pois envolve muitos pontos de vista: alguns consideram a medida preconceituosa, alegando que o mais justo é a manutenção da concorrência igual, já que a cor da pele não interfere na capacidade intelectual do indivíduo; outros, porém, veem as cotas como forma de incluir os excluídos, dando-lhes visibilidade social para que possam, no futuro, disputar vagas em condições de igualdade. Discuta esse tema em uma dissertação argumentativa, fundamentando seu ponto de vista e propondo ajustes necessários para se resolver a situação. Leia os textos da coletânea e tente aproveitar as informações úteis à sua análise.
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REDAÇÕES: temas atuais


TEMA ATUAL

É certo ou errado leiloar a virgindade? Por quê?

O leilão da virgindade de dois jovens, promovido por uma produtora australiana, é um novo tipo de reality show que tem provocado muita polêmica. A virgindade de uma brasileira, por exemplo, terminou com um lance de R$ 1,5 milhão. O vencedor terá uma hora, durante um voo, para realizar o ato sexual, com base em um contrato que determina o que poderá ou não ser feito. Beijo não pode. A jovem alega que, por ser algo que acontecerá apenas uma vez, não considera essa venda sexual um ato de prostituição e rebate as críticas: ?Tenho 20 anos, sou responsável pelo meu corpo e não estou prejudicando ninguém.? O valor do lance ficará com a moça e o lucro da produtora virá do programa, da exibição das imagens até a entrada do casal no avião. O que você pensa desse tipo de reality show? Acredita que seja apenas mais uma forma de diversão social? Acha que extrapola os limites da ética? Defenda seu ponto de vista em uma dissertação argumentativa e aponte qual deve ser o papel da família e dos governos diante dessa polêmica.

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REALISMO:
Realismo marcou fortemente a literatura europeia na segunda metade do século 19. O amadurecimento das tendências que o caracterizaram deu-se a partir dos movimentos revolucionários de 1848

É importante assinalar que as relações do Realismo com o Romantismo são bem mais complexas dos que as de uma simples negação - existem no Realismo elementos de acentuada contestação do Romantismo, mas também de continuidade. 

Entre os principais escritores do Realismo destacam-se os franceses Balzac e Flaubert

Características 

  • O excessivo subjetivismo romântico é substituído pela descrição da realidade (e da relação do homem com a sociedade).
  • Influência de movimentos políticos (socialismo, comunismo, anarquismo etc.).
  • A ciência se afirma como único método para se conhecer, efetivamente, a realidade.
  • Novos campos do conhecimento (como a sociologia e a psicologia) influenciam a literatura.
  • O "eu" literário não será mais fruto da espontaneidade ou da emotividade, como no Romantismo, mas de uma reflexão muitas vezes aguda e sempre consciente dos limites que a sociedade impõe ao homem - e das angústias e insatisfações daí decorrentes.

    Realismo no Brasil
     As raízes do Realismo brasileiro remontam a Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
     Lentamente, os escritores abandonam o verso condoreiro ou grandiloquente de Castro Alves e o idealismo de José de Alencar, com sua tendência a enaltecer o índio, transformando-o na figura do “bom selvagem” de Rousseau.
     Passa a ocorrer uma tentativa de reconhecimento da realidade brasileira, acompanhada da reelaboração da linguagem.
     Há uma diversificação das técnicas narrativas, seja na utilização do material regional como base da ficção, seja no estudo de individualidades e seus relacionamentos sociais.
     O texto literário ganha autonomia. Não há mais um projeto nacional a lhe determinar o conteúdo ou a forma. O texto passa a ser obra de arte autônoma, cujo objetivo é, antes de tudo, exatamente esse: ser obra literária.

    Obras e autores
  • O Ateneu, de Raul Pompeia: o discurso narrativo que compõe o mundo do pequeno Sérgio, levado pelo pai para um colégio interno (Ateneu), instaura, na verdade, um microcosmo que acentua e intensifica a realidade existente fora do colégio. É o primeiro romance a retratar, no Brasil, a adolescência. O autor mescla refinada psicologia e crítica aos valores da sociedade.
  • Bom-Crioulo, de Adolfo Caminha: com traços naturalistas, o romance critica o castigo corporal, comum na Marinha da época, e faz um estudo do homossexualismo. É uma construção sóbria e precisa.
  • Dona Guidinha do Poço, de Manuel de Oliveira Paiva: trata-se de uma anotação regional cuidadosa de ambientes e de usos da língua (inclusive das estruturas sintáticas). História trágica baseada em fatos reais.

    Machado de Assis:

    Merece atenção especial o caso singular de Machado de Assis. Poeta, crítico, genial como contista e romancista, a obra machadiana estilhaça os esquemas literários da época, aprofunda as experimentações com a linguagem, torna mais complexa a sondagem do drama humano e demonstra preocupação inusitada com os elementos da própria narrativa (tempo, espaço, personagens, etc. se distanciam dos chavões da época).

    A obra de Machado de Assis pretende, em sua essência, analisar o espírito humano e refletir sobre os valores que não pertencem apenas aos brasileiros, mas são patrimônio de todos os homens. E Machado o faz sem perder de vista a realidade brasileira, antecipando-se ao Modernismo e criando um texto ácido, no qual a ironia e a paródia são extremamente refinadas.

    O núcleo narrativo machadiano é composto pelos romances:
  • Memórias póstumas de Brás Cubas (1881): narrada por um defunto, a obra apresenta a vida do anti-herói Brás Cubas. Com alta carga irônica, Machado inova, inclusive, nos recursos gráficos. É um divisor de águas não só na obra machadiana, mas na própria literatura brasileira.
  • Quincas Borba (1891): narra as desventuras do tolo Rubião, que chega a ser cômico em seu completo despreparo para a vida. Machado também aproveita o romance para fazer críticas irônicas ao darwinismo.
  • Dom Casmurro (1899): obra de caráter ambíguo, com personagens complexos, a história é contada por um narrador que, gradativamente, vai se revelando pouco confiável, o que só aprofunda ainda mais a insegurança e as dúvidas do leitor. De maneira genial, Machado apresenta os limites e os paradoxos da linguagem por meio da própria linguagem.

    Machado de Assis fundou a literatura brasileira enquanto entidade autônoma, desvinculada de um projeto nacional, e exatamente por isso madura, aberta ao diálogo com os valores universais da humanidade. 


  • ENEM - dicas rápidas


    Com 180 questões e dois dias de prova, a tendência é que a dificuldade aumente consideravelmente.
    Dito isso, é importante que você tenha em mente os conteúdos necessários para estudar.
    Esse é o oitavo post da série que dá uma ideia dos conteúdos que vão cair na prova para que você
    possa ter como guia para estudar. Além disso, também estamos indicando, ao final dos artigos, alguns
    livros ou apostilas que você pode comprar pelo Mercado Livre, tentando sempre separar os mais
    baratos e de melhor qualidade.
    Hoje nosso assunto vai ser os conteúdos de literatura.

    O que estudar para a prova de Literatura do ENEM?

    O Texto Literário

    • Figuras e Efeitos de Linguagem
    • Estrutura do Texto Narrativo
    • As Funções da Linguagem
    • Intertextualidade e Apropriação
    • As Principais Relações entre Textos

    O Texto Poético

    Poesia e Metalinguagem

    Estilos de Época

    Fase Colonial

    • O Barroco
    • Neoclassicismo

    Fase Imperial

    • O Romantismo
    • O Realismo
    • Realismo/Naturalismo
    • Parnasianismo
    • O Realismo/Naturalismo no Brasil

    Fase Moderna

    • O Simbolismo

    Estilos de Época – Modernismo e Tendências Contemporâneas

    • O Modernismo no Brasil
    • A Semana de Arte Moderna
    • Grupos e Tendências do Modernismo
    • A Evolução do Modernismo
    VOCÊ ESTUDOU ASSIM, já passou!
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    DICAS DE LEITURA para 2012:


    ENEM - dicas rápidas


    O texto é dos mais tensos e dramáticos escritos por Cruz e Sousa. Leia-o atentamente e responda às questões que seguem:

    BALADA DE LOUCOS

    Mudos atalhos afora, na soturnidade de alta noite, eu e ela caminhávamos.

    Eu, no calabouço sinistro de uma dor absurda, como de feras devorando entranhas, sentindo uma sensibilidade atroz morder-me, dilacerar-me

    Ela, transfigurada por tremenda alienação, louca, rezando e soluçando baixinho rezas bárbaras

    Eu e ela, ela é eu! - ambos etucinedos -, loucos, na sensação inédita de uma dor jamais experimentada

    A pouco e pouco - dois exilados personagens do Nada - parávamos no caminho solitário, cogitando o rumo, como, quando se leva a enterrar alguém, as paradas rítmicas do esquife ..

    Eram em torno paisagens tristes, torvas, árvores esgalhadas nervosamente, epileticamente - espectros de esquecimento e de tédio, braços múltiplos e vãos sem apertar nunca outros braços amados! 

    Em cima, na eloquência lacrimal do céu, 'uma lua de últimos suspiros, morta, agoniadamente morta, sonhadora e niilista cabeça de Cristo de cabelos empastados nos lívidos suores e no sangue negro e esverdeado das letais gangrenas.

    Eu e ela caminhávamos nos despedaçamentos da Angústia, sem que o mundo nos visse e se apiedasse, como duas Chagas obscuras mascaradas na noite.

    Longe, sob a galvanização espectral do luar, corria uma língua verde de oceano, como a orla de um eclipse...


    (Cruz e Sousa, Evocações)

    O texto transcrito pode ser considerado:
    um soneto;
     um poema em versos livres;
     um poema longo, mas de versos regulares;
     um poema em prosa;
     n.d.a.

    quinta-feira, 1 de novembro de 2012

    O QUE VOCÊ DEVE ESTUDAR PARA O ENEM/2012

    Confira abaixo o que cai no Enem 2012 de português:


    O que mais cai no Enem: 1º lugar - Interpretação de texto

    A famosa interpretação de texto. A razão pela qual ela é tão cobrada é simples. Num país em que mais da metade da população é analfabeta funcional, o exame nacional precisa cobrar esta competência do aluno. Além disso, a prova torna-se menos decorativa e mais lógica, privilegiando quem pensa e não quem decora. Entretanto, não pense que estas questões serão sempre pontos garantidos. Depois de horas de prova, o cansaço prejudica o entendimento textual. Além disso, a vivência e maturidade são qualidades testadas com esse tipo de questão. Portanto, deixe de lado o nervosismo e pense logicamente ao responder este tipo pergunta. Aja como um adulto, é isso que o Enem está demandando de você.


    O que mais cai no Enem: 2º lugar - Modernismo

    Modernismo inclui não só o movimento, mas todos os poetas e escritores que fazem parte dele. Frequentemente, disponibilizamos conteúdo sobre este assunto: Semana de Arte Moderna, Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Manuel Bandeira são artistas sobre os quais você pode ler aqui e garantir alguma questão no Enem de 2012. Uma promessa para este ano é Jorge Amado, já que em 2012 comemora-se seu centenário de nascimento. Fique ligado no portal para mais conteúdos modernistas!


    O que mais cai no Enem: 3º lugar - Outros tipos de interpretação

    Tudo o que foi dito em interpretação de texto, obviamente, vale para este tópico. Mas aqui fala-se de interpretação de charges, publicidades, poemas, músicas, infográficos, gráficos e crônicas. Aqui está mais uma prova de que o Enem é basicamente interpretativo. Ou seja, quem souber ler e estiver calmo tem um terço da prova de português do Enem garantida.


    O que mais cai no Enem: 4º lugar - Gramática

    A gramática era um assunto recorrente dos vestibulares em geral. Antes, ela caía assim: "esta frase é coordenada ou subordinada?". Agora, cai diluída em perguntas de interpretação de texto e não tão diretamente. Esta mudança fez com que muitos erroneamente pensassem que ela está extinta dos vestibulares. Mas ela não está. Fique atento a assuntos como figuras de linguagem, pronomes, colocação pronominal, vocativo, aposto, artigo, cojunção e o novo acordo ortográfico.


    O que mais cai no Enem: 5º lugar - Variação linguística

    A variação linguística é uma matéria pouco estudada na escola e relativamente recente no estudo pré-universitário. Há quatro tipos de variações linguísticas: a história, geográfica, a sociocultural e situacional. A história, como o próprio nome diz, são as variações pelas quais uma língua passou ao longo de sua história. Por exemplo: antes de ser o que é hoje, o pronome "você" variou de "vossa mercê", "vossemecê", "vosmecê", "vancê". A variação geográfica se dá quando a língua varia de um lugar para outro. Por exemplo: no Brasil, falamos banheiro e em Portugal, casa de banho.
    A sociocultural é realçada mais ainda no Brasil, um país de grande desigualdade. Dependendo da posição social e cultural de alguém, fala-se diferente. Ou seja, é claro que um vendedor de bananas fala a se expressa distintamente de um doutor em Letras. É provável que a pessoa mais estudada fale com um vocabulário mais amplo, respeitando mais as regras gramaticais, entre outros. Por fim, a última variação é a situacional.
    Falamos diferentemente em diversas situações. Uma pessoa normal fala de certa forma com um professor, com seu chefe, com sua namorada, com sua mãe. Mesmo que seja um vendedor de bananas, sem nenhum estudo, ele mudará seu registro para falar com alguma autoridade - ainda que ele não esteja falando de acordo com as regras gramaticais vigentes em um certo país. A variação linguística mais cobrada no Enem é a geográfica.


    O que mais cai no Enem: 6º lugar - Funções da linguagem

    Embora tenha caído pouco nos 13 anos, a tendência é que ele seja mais cobrado ao longo dos anos. A evolução percentual da matéria foi crescente. Portanto, é um assunto provável de ser cada vez mais demandado. Existem seis funções da linguagem. A primeira é a emotiva, função que destaca a o emissor. Esta mensagem centra-se nas opiniões, sentimentos e emoções do emissor; é um texto subjetivo e pessoal e escrito na 1ª pessoa do singular. A segunda função é a referencial, cujas características são: neutralidade do emissor, objetividade e precisão e uso da 3ª pessoa do singular. A terceira é a função apelativa, em que a mensagem é centrada no receptor. Normalmente, usa-se 2ª pessoa do singular ou plural nesta situação. A função fática é a quarta da lista: ela serve para transmitir o interesse do emissor em testar ou chamar atenção ao próprio canal da comunicação. Vulgarmente falando, é quando dizemos: "hein", "né", "alô", "hum", "ei", etc. A quinta função da linguagem é a poética, aquela que põe em evidência a forma da mensagem, que se preocupa mais em "como dizer" do que com "o que dizer". Suas características são: subjetividade, uso de figuras de linguagem e brincadeiras com o código. A última função é a metalinguística. Caracterizada pela preocupação com o código, este emprego linguístico pode ser definido como a linguagem que fala da própria linguagem.

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    quarta-feira, 17 de outubro de 2012

    CONTENSÃO OU CONTENÇÃO?!?

     A palavra é: CONTENÇÃO.
    Luta, contenda;
    Ato de conter.
    Escreve-se com 'Ç'.

    Portanto: Não insista em escrever com 'S', parece tensão elétrica ou emocional, nada a ver!

    Exemplo errôneo: Não consegui provar a contensão em que se meteu meu cliente!

    -  É verdade, não se consegue provar mesmo!

    terça-feira, 16 de outubro de 2012

    CONCERTO OU CONSERTO: dúvida cruel?!?

    1. CONCERTO é fácil de identificação: lembrar de CANÇÃO, ou seja, 'C' de canção.

    Com 'C' significa "composição musical extensa para instrumento solista, com acompanhamento de orquestra; espetáculo em que se executam obras musicais; harmonia, simetria".

    2. CONSERTO é mais fácil ainda, pois uma vez identificado o concerto pela canção, logo o conserto com 'S' é a própria correção, ou seja, pôr em bom estado; dar melhor disposição; no coloquial 'remendo'.


    AINDA PELAS CORES:
    1.  azul - canção - flutuar na beleza musical = CONCERTO.
    2.  vermelho - estrago - necessita de remendo, de correção = CONSERTO.


    Atenção advogados: Não se conserta petição com 'c'.
    - "Vou concertar minha petição, ficou péssima!"
    Ficou mesmo!
    O certo é: Consertarei minha petição [...]!

    segunda-feira, 17 de setembro de 2012

    ONDE OU AONDE?


    LÍNGUA ESCRITA, FERRAMENTA DE TRABALHO:

    1) ONDE = lugar em que / em que (lugar). Indica permanência, o lugar em que se está ou em 
    que se passa algum fato. Complementa verbos que exprimem estado ou permanência e que
    normalmente pedem a preposição em:

    Onde estás? – Em casa.

    Você sabe onde fica o Sudão? – Na África.

    Onde moram os sem-terra?

    Não entendo onde ele estava com a cabeça quando falou isso.

    De onde você está falando?

    Não sei onde me apresentar nem a quem me dirigir.
    2) AONDE = a que lugar. É a combinação da preposição + onde. Indica movimento para algum
    lugar. Dá ideia de aproximação. É usado com os verbos ir, chegar, retornar e outros que pedem a
    preposição a:

    A mulher do século 21 sabe muito bem aonde quer chegar.

    Não sei aonde ou a quem me dirijo.

    Aonde nos levará tamanha discussão?

    Faz três dias que saiu do Incor, aonde deverá retornar brevemente para uma revisão.

    Estavam à deriva, sem saber aonde ir.

    Aonde você vai todo dia às 9 horas? – Brusque.

    Sabes aonde eles foram? – Ao cinema.

    Há lugares no universo aonde não se vai só.
     
    É preciso atentar para a colocação desses termos quando complementam uma locução verbal
    com o verbo auxiliar ir, que pode confundir o redator. O que interessa observar é o verbo que tem
    ligação com onde/aonde, qual seja, o verbo principal (o que vem por último na locução). É o caso 
    desta frase, retirada da revista Istoé:

    Na terça-feira, antes de viajar para Madri, onde foi receber o prêmio “Príncipe de Astúrias”, o 
    presidente Fernando Henrique Cardoso estava preocupado com a retomada da onda de violência
    nos Estados.

    Aí o pronome relativo onde está ligado a receber e não a foi, mero auxiliar, tanto é que no mesmo
    lugar se poderia dizer "onde recebeu".

    De Brasília, Flatônio J. da Silva propõe a mesma discussão. E acrescenta uma frase que merece
    comentário à parte:Nossos produtos vão até onde (ou aonde?) você está.

    Como se pode usar até a ou simplesmente até – até o/ao lugar em que –, valem as duas formas:

    (1) Nossos produtos vão até onde você quiser.

    (2) Nossos produtos vão até aonde você quiser.

    Só que, nesse caso, tão importante quanto escrever correto é escrever com estilo. Portanto, frase 1. 

    Maria Tereza de Queiroz Piacentini Diretora do Instituto Euclides da Cunha e autora dos livros 'Só Vírgula', 'Só Palavras Compostas' e 'Língua Brasil – Crase, pronomes & curiosidades' - www.linguabrasil.com.br

    quinta-feira, 6 de setembro de 2012

    Largatixa?!? O que é isso?!?

    NÃO EXISTE: largatixa; largata; largato e família Ltda.

    O CERTO É: Lagartixa; lagarta; lagarto.

    Para escrever corretamente: É só lembrar do verbo LARGAR;
    lagartixa não LARGA nada!

    quarta-feira, 29 de agosto de 2012

    ACENTUAÇÃO - proparoxítonas:


    Se há um aspecto da Língua que diz respeito a todas as categorias de escribas
    é sem dúvida a acentuação.
    Ortografia é fundamental, é o complemento de um bom texto.
    Acentuar corretamente é importante em qualquer situação.
    Mesmo nas mensagens eletrônicas a que se quer atribuir algum valor.
    Como nem todas as pessoas escrevem em computador ou dispõem de um bom
    corretor ortográfico, vamos relembrar, numa série de artigos, as regras e a razão 
    dos acentos gráficos em português.


    A acentuação gráfica serve para informar a leitura correta das palavras.
    Alguns acentos indicam a intensidade e outros informam se a pronúncia é aberta ou fechada.
    Devemos nos lembrar que a Língua Portuguesa é predominantemente paroxítona:
    caneta, escrevo, amamos, dizem, jovens, claro, clareza, varia, horas, saia, banana, carinho...
    e por aí seguem milhares de palavras com pronúncia forte (tonicidade) na penúltima sílaba. 
    Há também aquelas – em menor número – cujo acento tônico recai naturalmente na última sílaba:
    são as palavras terminadas em  i, u, r, l, ão, ã, como ali, caju, valor, papel, falarão, maçã.
    O acento gráfico, portanto, marca a exceção.

    Assim, devem ser acentuadas todas as palavras cujo acento tônico (intensidade de pronúncia)
    recaia sobre a antepenúltima sílaba. São as proparoxítonas, que constituem sensível minoria 
    em português, como pêssego, lâmpada, fenômeno, límpido, ácido, tíquete, revólveres, êxito, 
    estereótipo, rubéola, fac-símile, debênture. A importância do acento – agudo ou circunflexo –
    para informar a pronúncia correta pode ser vista nos pares de exemplos abaixo:

    Meu pai sempre pacifica seus netos. / Sua família é pacífica e ordeira.

    Ela critica seu modo de cozinhar. / Ela é uma pessoa muito crítica.

    Não publico meus discursos agora, mas no futuro o farei. / Não frequento parque público.

    Sempre me exercito de manhã cedo. / O menino tem um exército de brinquedo.

    Pratica bastante, que aprenderás logo. / A prática é diferente da teoria.

    Espero que o cantor interprete minhas favoritas./ O embaixador solicitou um intérprete.

    Será que você não duvida de nada? / Qual é a sua dúvida agora?

    Não habito no paraíso dos meus sonhos. / O hábito não faz o monge.

    O trânsito vitima milhares de pessoas por ano no Brasil. / A população é a vítima.

    Peço que analises estas amostras de sangue. / As análises serão feitas no laboratório X.

    Já nem calculo quanto tempo perdi. / Fez o cálculo da areia necessária para a construção.

    Eu mesma digito meus artigos. / O dígito verificador foi calculado de maneira errada.

    A bandeira tremula ao gosto do vento. / Fez a assinatura com mão trêmula.

    Jamais trafego à margem da rodovia. / Evito os percursos de tráfego mais pesado.

    Todo verão a loja liquida seus estoques. / Prefiro medicação líquida a comprimidos.

    Imagine ler o termo grifado à direita como se não tivesse acento. Que diferença! Devemos lembrar ainda
    que os verbos não fogem à regra. Muitos deles, quando estão na primeira pessoa do plural, precisam ser
    acentuados por serem proparoxítonos: “Era maravilhoso quando saíamos juntos, como se fôssemos parar
    no tempo... Não dispúnhamos de dinheiro mas não perdíamos o bom humor. Levávamos a vida cantando,
    como se quiséssemos mostrar a todos quantoéramos felizes.”

    Da mesma forma devem levar acento os nomes próprios proparoxítonos: Amábile, Ânderson, Ângela,
    Angélica, Émerson, Éverton, Eurídice, Jéferson, Orígenes, Róbinson, Rosângela, etc.

    sexta-feira, 24 de agosto de 2012

    HORAS - [grafia]


    HORAS

    A grafia que deve ser adotada em jornais, sentenças, acórdãos, convites, convocações, cartazes
    e coisas do gênero é a seguinte:

    HORA REDONDA: 8 horas / 10 horas ou 10 h [abreviação sem s e sem ponto; espaço antes do h]

    HORA QUEBRADA: 8h35min 10h05min / 10h35   [sem dar espaço entre os elementos]

    A grafia por extenso – que é menos visual – se reserva para convites formais como o de um casamento:
    A cerimônia será realizada às dez horas do dia vinte de maio. Entretanto, já se encontram convites bem
    modernos e elegantes com o uso de algarismos: às 10 horas do dia 20 de maio de 2007.

    A grafia com dois-pontos, por ser a mais visual, é usada em áreas específicas como anotações de voo,
    competições, agendas ou programações com horário em sequência ou um abaixo do outro etc.: 08:00 h
    / 09:30 h / 10:00 h / 10:05 h / 14:35 h / 20:01 h

    http://www.bcccv.blogspot.com         Lucinéa Wertz/2012

    sábado, 18 de agosto de 2012

    VÍRGULAS? Com nomes próprios?


    Os nomes próprios de pessoas escritos numa frase podem ou não ser separados por vírgulas – e disso
    entendem os jornais e revistas, que falam não só de chiques e famosos mas de políticos e de outros
    simples mortais. Também o advogado, em seu trabalho, cita muitos nomes de pessoas. E aí a vírgula
    pode contribuir para aclarar uma situação, dar uma informação correta. É o caso, por exemplo, de filhos
    ou funcionários envolvidos numa questão jurídica. Se determinada empresa tem vários funcionários e foi
    um deles que, digamos, abalroou o veículo X, a frase será assim:

    Afirma o réu que seu funcionário Mário Tadeu dirigia o veículo na ocasião.

    Se tal réu tivesse apenas um empregado, o nome deste iria entre vírgulas:

    Afirma o réu que seu funcionário, Mário Tadeu, dirigia o veículo na ocasião.

    Neste último caso, o nome se torna um aposto explicativo (o qual equivale a uma oração adjetiva 
    explicativa sem "que é"), o que justifica sua separação por vírgulas.




    Sendo assim, sempre que se referir a pessoa que tiver um cargo único e especificado na frase, como
    presidente da República, do Senado, da Câmara Federal, de um partido político, de uma empresa etc.,
    ou governador de um Estado, faça a separação do nome da pessoa por vírgulas – uma ou duas,
    conforme sua posição na frase.
    Também é o caso de pai e mãe, que temos um só, e de marido e mulher:

    A mãe de Caetano e Bethânia, dona Canô, é quase tão famosa quanto os filhos.

    O governador de Santa Catarina em 2001, Esperidião Amin, e o então ministro da Ciência
    e Tecnologia, Ronaldo C. Sardenberg, oficializaram um projeto pioneiro no país – a Rede
    Catarinense de Ciência e Tecnologia.

    A ação contra a empresa TAL foi proposta por João Silva e sua mulher, Amália J. Silva.

    O fundador de Jaraguá do Sul, Emílio Carlos Jourdan, morreu em 8 de agosto de 1900,
    no Rio de Janeiro.

    Mas quando se referir a um entre vários da mesma categoria – como ex-governador, ex-esposa, diretor de
    empresa (normalmente há mais de um diretor), professor de escola, habitante, ator, candidato etc. – não
    faça o destaque do nome entre vírgulas:

    Um dos palestrantes foi o economista e especialista em gestão condominial César 
    Thomé Júnior.

    O ex-governador do Paraná Álvaro Dias concedeu entrevista a uma rádio de Maringá.

    O brusquense Eleutério Graf abriu sua banca num dos principais pontos da cidade.

    Para a professora da USP Roseli Baunel, especializada em Educação Especial, a escola
    deve perceber o que pode oferecer ao aluno com deficiência visual.

    Os candidatos a vereador Tobias Sailor e Tadeu Pilli devem comparecer ao debate.

    No caso de irmãos e filhos, depende:
    Filho único é separado por vírgulas.
    Havendo mais de um filho ou filha, as vírgulas não devem ser usadas.

    O jornal publicou pequena entrevista com o filho de Celso Pitta, Victor.

    Vera Fischer e sua filha, Rafaela, aparecem juntas na foto.

    Os seus irmãos Samuel e Sandra estarão competindo em tênis de mesa.
    [deduz-se que haja outros irmãos].

    Quando se tratar de nomes estrangeiros ou desconhecidos, ou quando ocorrer uma repetição de nomes
    (Paulo Paulo, por exemplo),  deve-se inverter a ordem dos termos. Em vez de:

    - O líder da Frente Revolucionária Unida Foday Sankoh recebeu treinamento militar na Líbia.

    - O ex-governador de São Paulo Paulo Maluf se candidatou novamente.

    Escreva assim:

    Foday Sankoh, líder da Frente Revolucionária Unida, recebeu treinamento militar na Líbia.

    Paulo Maluf, ex-governador de São Paulo, se candidatou novamente.