Parabéns, professor Martinho!
VIDA POR ACASO
A tarde cai. Minh'alma é espelho;
reflete o tempo, que nunca se atrasa.
Nuvens tingidas de ocre, de vermelho,
na vastidão do céu, da cor de brasa.
A rubra tarde que morre me assemelho...
Também minha vida exangue se defasa,
e genuflexamente e de joelhos, sinto-me esmaecer, não tenho causa.
Aureolada de chamas amarelas, a tarde evola-se ao vento, com as velas
num último cintilar... na imensidão.
em mim também; na réstia que se apaga,
um imperceptível brilho se propaga:
É o crepúsculo de minha vida em vão.
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