quinta-feira, 24 de julho de 2014

MOLHO DE CHAVES

O MEU MOLHO DE CHAVES




            Trago em meu bolso um molho de chaves; chaves grandes, chaves pequenas, chaves do meu quarto, de meu cofre, de meu carro... CHAVES... Muitas chaves. Chaves para abrir, chaves para fechar. Elas têm duas tarefas: elas abrem e fecham as portas.
            E o meu molho de chaves aumenta a cada dia: uma hoje, outra amanhã. Vejo que minhas responsabilidades crescem a cada dia.
                  São barulhentas, incomodam, atrapalham. Às vezes, fico nervosa, pois se parecem uma com as outras, e o pior é que a última é a certa. Paciência...
                   Elas são insubstituíveis. Cada qual tem seu papel, sua porta, seu lugar...
                   Amigo, você pode ser uma chave certa para o mundo de hoje. Existem portas trancadas. E você é a chave que os homens procuram. Veja como existem homens que se parecem com portões trancados: não falam, não dialogam, não se pronunciam sobre nada. São cerradas pelas decepções e ingratidões.
                   Desejo ser aquela chave nas mãos dos outros, pronta para abrir os portões dos estádios, onde as multidões se unem para aplaudir, para se alegrar. Outra para abrir os portões da amizade sincera. Uma chave forte, resistente, para fechar as portas do mal. Mais uma outra chave dourada para as portas da confiança, da unidade de todos. Uma para trancar as portas da desconfiança. Quero dar muitas chaves aos jovens para que abram as portas da alegria e da paz. Chaves às crianças para que abram as portas da amizade. Aos idosos, para abrirem as portas da constância e da fé.
                  Deus, quero ter muitas chaves, um grande molho para abrir as portas do bem à humanidade.

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