sábado, 23 de maio de 2015

LER com prazer e por prazer:

Sabemos que ler traz muitos benefícios a quem o pratica de modo correto. A leitura desenvolve e aumenta o repertório geral, auxilia para que o indivíduo tenha senso crítico, amplia o vocabulário, estimula a criatividade e, finalmente, facilita a escrita. Mas ainda que carregue consigo um lado bom, é preciso tomar cuidado e selecionar bem o que se lê. Segundo Valdir Heitor Barzotto, professor da Faculdade de Educação (FE), vivemos em um momento em que há excesso de material disponível. “O que também pode ser prejudicial, pois uma pessoa pode ler coisas que não são, necessariamente, de uma fonte confiável. É uma novidade do tempo contemporâneo. Existe muito acesso ao texto, mas não ao conhecimento”, explica ele. A grande quantidade de informação disponível foi propiciada, principalmente, pelo avanço da tecnologia, em especial o da internet.



Quem não teve acesso pleno ao ensino da leitura e da escrita também pode apresentar desvantagens no campo da memória de retenção e de recuperação. “Se eu der uma sequência de palavras para alguém decorar, muito provavelmente aquele que não sabe ler e escrever terá mais dificuldades para relembrar”, conta a professora. Isso ocorre porque a escrita funciona como uma ferramenta adicional no momento de resgatar os vocábulos e é também mais um registro visual e sonoro que pode se ligar às palavras.
No aspecto social, não saber ler “é como ir a um país onde você não domina a língua”, diz Fraulein. É um impacto social do ponto de vista das diferenças no acesso à informação e pleno exercício dos seus direitos, além de colocar o cidadão em pé de igualdade com outras pessoas em diferentes situações. “Uma pessoa que não sabe ler e escrever se sente numa posição de desigualdade social em relação às que dominam esse conhecimento. Ter acesso a essa habilidade é um empoderamento a mais do cidadão”, completa a professora.

Nenhum comentário: