Organismos transgênicos: fonte de problemas ou de soluções?
A discussão não chega a ser recente, mas nem por isso deixa de ter grande importância. Com a evolução da ciência e da tecnologia, o ser humano passou a criar organismos transgênicos, com finalidades variadas. Eles podem ser usados na agricultura, produzindo espécies de plantas capazes de enfrentar as mudanças climáticas; na criação de animais, com frangos resistentes à gripe aviária; na indústria farmacêutica, com pesquisas sobre algas cujas moléculas são capazes de inibir a replicação do HIV - o vírus da Aids. No entanto, há outros aspectos dos transgênicos que devem ser considerados. Muitos críticos do uso dessa tecnologia, particularmente na produção de alimentos, alertam para os seus riscos, tanto os presumíveis quanto os imponderáveis, para a saúde do ser humano e do meio ambiente.
Leia mais textos sobre o assunto, informe-se sobre a questão dos transgênicos e redija um texto dissertativo-argumentativo, expondo sua opinião sobre o problema: para você, os transgênicos geram problemas ou soluções?
ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR:
- Plantação no RS: a soja geneticamente modificada ocupou cerca de 92% da área plantada com essa oleaginosa entre 2013 e 2014.
Você sabia?
De acordo com um relatório do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (cuja sigla em inglês é ISAAA), o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo entre os países que mais cultivam variedades geneticamente modificadas de grãos e fibras. Perdemos apenas para os Estados Unidos. Atualmente, quase 90% do milho e da soja plantados no Brasil são transgênicos.
[ISAAA]
Produtos de alto risco
Os transgênicos, ou organismos geneticamente modificados, são produtos de cruzamentos que jamais aconteceriam na natureza, como, por exemplo, arroz com bactéria.Por meio de um ramo de pesquisa relativamente novo (a engenharia genética), fabricantes de agroquímicos criam sementes resistentes a seus próprios agrotóxicos, ou mesmo sementes que produzem plantas inseticidas. As empresas ganham com isso, mas nós pagamos um preço alto: riscos à nossa saúde e ao ambiente onde vivemos. Diante da crise climática em que vivemos, a preservação da biodiversidade funciona como um seguro, uma garantia de que teremos opções viáveis de produção de alimentos no futuro e estaremos prontos para os efeitos das mudanças climáticas sobre a agricultura. Nesse cenário, os transgênicos representam um duplo risco. Primeiro por serem resistentes a agrotóxicos, ou possuírem propriedades inseticidas, o uso contínuo de sementes transgênicas leva à resistência de ervas daninhas e insetos, o que por sua vez leva o agricultor a aumentar a dose de agrotóxicos ano a ano.
Resistência às mudanças climáticas
O presidente da Monsanto no Brasil aposta que as empresas de biotecnologia se dedicarão nos próximos anos a criar plantas menos sensíveis às variações do clima, fazendo com que o aquecimento global não impeça o aumento da produção de comida. Numa entrevista à Folha de S. Paulo, ele declarou:“Acho que a importância da biotecnologia perante as mudanças climáticas vai ficar cada vez mais clara. Podemos desenvolver plantas com maior tolerância à seca, maior tolerância a variações de temperatura, germinação mesmo em condições não ideais. A outra tendência é agregar valor para o consumidor final. O arroz dourado é um dos maiores exemplos [geneticamente modificado para ser enriquecido com vitamina A].
Um outro aspecto da questão
O brasileiro José Graziano, presidente da FAO, o órgão da ONU que trata de alimentação e agricultura, declarou em entrevista concedida a uma revista especializada em avicultura industrial: “Os transgênicos são um avanço científico muito importante para a humanidade exatamente porque não é tão somente um tema de alimentos. Tende-se a confundir os transgênicos com as sementes de soja. Este, no entanto, não é um tema de monopólio das sementes. Há as mais diversas aplicações para os transgênicos. Estou vindo agora de Barão Geraldo [distrito do município de Campinas-SP], onde há uma infestação de dengue. Uma das soluções encontradas para solucionar o problema é soltar um macho geneticamente modificado do mosquito Aedes aegypti [vetor da doença] que não procria.”
Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da Língua Portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas.
LEIA MUITO E TREINE NA ESCRITA TODOS OS DIAS!
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