Não sei se você se preocupa com o que passa do outro lado. Entretanto ele encerra os seus mistérios.
Como você, ele passa e, para ele, você é que passa do outro lado.
Não sei por que há tão pouca interpretação de sentimentos. Cada qual segue com seus problemas, suas alegrias, sua decepções. Por vezes saúdam. Todavia é um saudar de boca, e não de coração. Evaporam-se as palavras e o coração se abotoa.
Gostaria de pesar na balança da compreensão tudo o que vai por dentro dos que passam do outro lado. Reuni-los em um salão onde cada qual deitaria num prato da balança as mágoas e no outro, as alegrias. Depois de pesadas, far-se-ia uma redistribuição quantitativa e todos sairiam com um pouco de todos.
E, então, mesmo os que passam do lado de cá, estariam do lado de lá, dentro de mim, dentro de ti, dentro de todos.
As saudações seriam mais festivas. Os pêsames mais sinceros, sentidos com as mãos mais calorosas, compreensivas. Haveria mais vivência. O viver mais festivo, mesmo nas horas de angústia, porque seria compartilhada e inserida nas alegrias alheias.
Não haveria mais o sofredor solitário que passa carregando o invólucro de suas preocupações. Ninguém teria pena de si, por andar descalço, pois teria encontrado alguém sem pés...
As estrelas seriam de todos, mais maduras e acesas. a lua seria de todos, sem uma face oculta. O sol seria de todos, mais grandão e aquecedor. A chuva seria de todos, mais amena e molhada.
A natureza seria de todos, mais confortadora e aconchegante. Tudo seria de todos. Seríamos pontes a ligar abismos. Todos teríamos o mesmo valor, como a simples gota tem a mesma solenidade que a cascata inteira.
Gostaria de pesar na balança da compreensão tudo o que vai por dentro dos que passam do outro lado. Reuni-los em um salão onde cada qual deitaria num prato da balança as mágoas e no outro, as alegrias. Depois de pesadas, far-se-ia uma redistribuição quantitativa e todos sairiam com um pouco de todos.
E, então, mesmo os que passam do lado de cá, estariam do lado de lá, dentro de mim, dentro de ti, dentro de todos.
As saudações seriam mais festivas. Os pêsames mais sinceros, sentidos com as mãos mais calorosas, compreensivas. Haveria mais vivência. O viver mais festivo, mesmo nas horas de angústia, porque seria compartilhada e inserida nas alegrias alheias.
Não haveria mais o sofredor solitário que passa carregando o invólucro de suas preocupações. Ninguém teria pena de si, por andar descalço, pois teria encontrado alguém sem pés...
As estrelas seriam de todos, mais maduras e acesas. a lua seria de todos, sem uma face oculta. O sol seria de todos, mais grandão e aquecedor. A chuva seria de todos, mais amena e molhada.
A natureza seria de todos, mais confortadora e aconchegante. Tudo seria de todos. Seríamos pontes a ligar abismos. Todos teríamos o mesmo valor, como a simples gota tem a mesma solenidade que a cascata inteira.
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