As expressões “ter que” e “ter de” são muito debatidas e não há uma posição única entre os estudiosos, ou seja, uma única resposta. Uns acreditam que tanto faz, outros de que há diferenciação entre as construções.
O BCCCV esclarece:
Façamos algumas reflexões:
O termo “que” exerce, dentre outras, a função de pronome relativo, ou seja, estabelece relação entre as orações ou com algo que foi dito anteriormente, retoma informações ditas. Exemplo:
Minha mãe tem muitas coisas que fazer. (quem tem “que fazer” algo? Minha mãe. O “que” retoma toda frase anterior: “Minha mãe tem muitas coisas para fazer".
Então, todas as vezes que houver a necessidade de retomar um antecedente, use “que” e não “de”.
Logo, em frases que não há necessidade de retomar algo, ou seja, não há um antecedente, use “de”. Exemplos:
Tenho de pagar meu amigo.
Os alunos tiveram de fazer a prova em menos tempo.
Para ficar menos complicado, alguns adotam os significados aproximados das expressões “tenho que” e “tenho de”. Veja:
Ter de – expressa uma ideia de obrigatoriedade, de necessidade, de dever.
Tenho de estudar para a prova amanhã. (Tenho necessidade em estudar)
Ter que – expressa uma ideia de “algo para”, “coisas para”.
Ele tem muito que estudar. (Ele tem muitas matérias para estudar).
NOTE BEM: Também, para evitar a repetição de “quês” em redação, analise o que pode ser trocado por “de” ou pelo (a) qual, a (o) qual.
Fonte: Equipe Brasil Escola
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