BCCCV informa:
Vocativo é o termo que serve para chamar alguém. Pode ser um nome de pessoa, de país, de cidade, um apelido, um adjetivo carinhoso, um termo chulo, uma xingação. Basta ser um chamamento para ser um vocativo em termos gramaticais. E é evidente que no título acima “Brasil” funciona como um chamamento, uma convocação. É o mesmo caso de:
Você viu o doutor, José?
Vou lhes contar um outro caso, pessoal.
Ouça, meu amigo.
Vou lhes contar um outro caso, pessoal.
Ouça, meu amigo.
Agora, ao encontrar essas mesmas frases sem a vírgula você as leria de modo completamente diferente, pois elas passariam a ter significado diverso. Confira:
Você viu o doutor José?
Vou lhes contar um outro caso pessoal.
Ouça meu amigo.
Vou lhes contar um outro caso pessoal.
Ouça meu amigo.
Mesmo quando não existe o perigo da ambiguidade ou do sentido obscuro, a vírgula é obrigatória:
Mercedes, podes me trazer um café?
Vejam que a situação mudou, meus caros.
Ó céus, o que foi que eu fiz?
Olha lá, seu tolo, o que você está dizendo!
Oi, Alex
Acorda, Brasil, está na hora da escola.
Vejam que a situação mudou, meus caros.
Ó céus, o que foi que eu fiz?
Olha lá, seu tolo, o que você está dizendo!
Oi, Alex
Acorda, Brasil, está na hora da escola.
Observe que:
1) o vocativo é separado por uma ou duas vírgulas, dependendo da sua posição na frase;
2) a partícula “ó” poucas vezes acompanha o vocativo, embora seja sempre admissível à sua frente; ela serve para identificar o vocativo em caso de dúvida: Avança, (ó) Brasil; (ó) Mercedes, vem cá.
1) o vocativo é separado por uma ou duas vírgulas, dependendo da sua posição na frase;
2) a partícula “ó” poucas vezes acompanha o vocativo, embora seja sempre admissível à sua frente; ela serve para identificar o vocativo em caso de dúvida: Avança, (ó) Brasil; (ó) Mercedes, vem cá.
* Maria Tereza de Queiroz Piacentini
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