RAPIDINHA DE português:
#BCCCV esclarece:
A pergunta é de uma aluna:
Querendo saber se está certo do ponto de vista da norma culta:
- (Ele não pôde provar que estava quites.)
(A frase tem problema, sim.)
É muito comum falarmos construções como "estou quites" ou algo do tipo.
O problema é que "quite" é adjetivo.
E, como adjetivo, deve concordar em número (singular ou plural) com a palavra à qual se liga.
Eu estou quite,
Querendo saber se está certo do ponto de vista da norma culta:
- (Ele não pôde provar que estava quites.)
(A frase tem problema, sim.)
É muito comum falarmos construções como "estou quites" ou algo do tipo.
O problema é que "quite" é adjetivo.
E, como adjetivo, deve concordar em número (singular ou plural) com a palavra à qual se liga.
Eu estou quite,
ele está quite,
nós estamos quites.
Logo:
- Ele não pôde provar que estava quite.
Logo:
- Ele não pôde provar que estava quite.
OBS.: Sobre o verbo poder:
Só uma curiosidade: o circunflexo do "pôde" que aparece na frase é um dos poucos que permanecem pela reforma ortográfica.
Só uma curiosidade: o circunflexo do "pôde" que aparece na frase é um dos poucos que permanecem pela reforma ortográfica.
Tal lei, manteve como exceção, o acento diferencial de timbre em pôde (pretérito perfeito do indicativo de poder – ele pôde no passado) para diferenciar de pode (presente do indicativo – ele pode no presente).
Sabia-se da justificativa para a exceção: era necessária a distinção entre formas de um mesmo verbo, que apenas se empregava em tempos diversos.
Pois bem. O Acordo Ortográfico de 2008 manteve, de modo taxativo, o acento circunflexo diferencial em pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo de poder) para diferenciá-la de pode (terceira pessoa do singular do presente do indicativo de poder). Ex.: "Ele pôde fazer no passado coisas que não mais pode realizar nos dias de hoje".
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