O BCCCV informa:
Trema
Não se usa mais o trema, salvo em nomes próprios
e seus derivados.
Acento diferencial
Não é preciso usar o acento diferencial
para distinguir:
Para (verbo) de para (preposição)
“Esse carro velho para em toda esquina”.
“Estarei voltando para casa daqui a uma hora”.
e pelo (substantivo)
e popular de por e lo).
A pronúncia ou categoria gramatical dessas palavras
dar-se-á mediante o contexto.
Acento agudo
Ditongos abertos “ei”, “oi”
Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi”
quando estiverem na penúltima sílaba.
He-roi-co ji-boi-a
As-sem-blei-a i-dei-a
Pa-ra-noi-co joi-a
OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na
última sílaba e se o som delas estiverem aberto.
Céu véu
Dói herói
Chapéu beleléu
Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento)
Não se recebem mais acento agudo as vogais tônicas “I” e “U”
quando forem paroxítonas (penúltima sílaba forte)
e precedidas de ditongo.
feiura baiuca
cheiinho saiinha
boiuno
Não devemos mais acentuar o “U” tônico os verbos dos
grupos “GUE/GUI” e “QUE/QUI”. Por isso,
esses verbos serão grafados da seguinte maneira:
Averiguo (leia-se a-ve-ri-gu-o, pois
o “U” tem som forte)
Arguo apazigue
Enxague arguem
Delinguo
Acento Circunflexo
Não se acentuam mais as vogais
dobradas “EE” e “OO”.
Creem veem
Deem releem
Leem descreem
Voo perdoo
enjoo
Outras dicas:
Há muito tempo a palavra “coco” – fruto do coqueiro –
deixou de ser acentuada. Entretanto,
muitos alunos insistem em colocar o acento:
“Quero beber água de côco”.
Quem recebe acento é “cocô” – palavra popularmente usada
para se referir a excremento.
Então, a menos se que queira beber água de fezes,
é melhor parar de colocar acento em coco.
Para verificar praticamente a necessidade de
acentuação gráfica, utilize o critério das oposições:
Imagem armazém
Paroxítonas terminadas em “M” não levam acento,
mas as oxítonas SIM.
Jovens provéns
Paroxítonas terminadas em “ENS” não levam acento,
mas as oxítonas levam.
Útil sutil
Paroxítonas terminadas em “L” têm acento, mas as oxítonas
não levam porque o “L”, o “R” e o “Z”
deixam a sílaba em que se encontram
naturalmente forte, não é preciso
um acento para reforçar isso.
É por isso que: as palavras “rapaz, coração, Nobel, capataz,
pastel, bombom; verbos no infinitivo
(terminam em –ar, -er, -ir) doar, prover,
consumir são oxítonas e não precisam de acento.
Quando terminarem do mesmo jeito
e forem paroxítonas, então vão precisar de acento.
Bibliografia:
MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental.
8 ed. São Paulo, Atlas, 2009, p. 15, 22-3.
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