Os grandes escritores possuem tal convívio e domínio da linguagem escrita como
maneira de manifestação, que nem se preocupam mais em determinar as partes do
texto que estão produzindo.
A lógica da estruturação do texto vai determinando, simultaneamente, a distribuição
das partes do texto, que deve conter começo, meio e fim.
O aluno, todavia, não possui muito domínio das palavras ou orações; portanto,
torna-se fundamental um cuidado especial para compor a redação em partes
fundamentais. Alguns professores costumam determinar em seus manuais
de redação outra nomenclatura para as três partes vitais de um texto escrito.
Ao invés de começo, meio e fim, elas recebem os nomes de introdução,
desenvolvimento e conclusão ou, ainda, início, desenvolvimento e fecho.
Todos esses nomes referem-se aos mesmos elementos. Parece-nos irrelevante
o nome que cada pessoa atribui.
O importante é que as pessoas saibam que essas partes devem existir em sua redação.
Vejamos, sucintamente, cada uma delas:
1- INTRODUÇÃO (início, começo).
Assim, pode-se começar uma redação fazendo uma afirmação, uma declaração,
uma descrição, uma pergunta, e de muitas outras maneiras.
O que se deve guardar é que uma introdução serve para lançar o assunto,
delimitar o assunto, chamar a atenção do leitor para o assunto que será desenvolvido.
Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor.
Se a redação necessita de trinta linhas, aconselha-se a que o aluno use de quatro a seis
linhas para a parte introdutória.
EVITAR OS SEGUINTES DEFEITOS NA INTRODUÇÃO:
I. Iniciar uma ideia geral, mas que não se relaciona com a segunda parte da redação.
II. Iniciar com digressões (desvio de rumo ou assunto).
III. Iniciar com as mesmas palavras do título.
IV. Iniciar aproveitando o título, com se este fosse um elemento de primeira frase.
V. Iniciar com chavões -
TIPOS:
- Desde os primórdios da Antiguidade [...]
- Não é fácil a respeito de [...]
- Bem, eu acho que [...]
- Um dos problemas mais discutidos na atualidade [...]
2. DESENVOLVIMENTO (meio, corpo)
A parte substancial e decisória de uma redação é o seu desenvolvimento.
É nela que o aluno tem a oportunidade de colocar um conteúdo razoável, lógico.
Se o desenvolvimento da redação é sua parte mais importante, deverá ocupar
o maior número de linhas. Supondo-se uma redação de trinta linhas, esta deverá
destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento
da mesma.
DEFEITOS A EVITAR NO DESENVOLVIMENTO:
I. Pormenores.
II. Divagações.
III. Repetições.
IV. Exemplos excessivos de tal sorte a não sobrar espaço para a conclusão.
3. CONCLUSÃO (fecho, final)
Assim como a introdução, o fim deverá ocupar uma pequena parte do texto.
Se a redação está planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro
a seis linhas.
Na conclusão, as ideias propõem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar
de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.
Se alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, mas não coloca uma
conclusão: o leitor sentir-se-á perdido, estupefato.
DEVE-SE EVITAR OS SEGUINTES DEFEITOS NA CONCLUSÃO:
I. Não finalizar (é o principal defeito).
II. Avisar que se concluirá, [utilizando expressões como "Em resumo" ou "Concluindo"].
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