sábado, 23 de setembro de 2017

SUFIXO (CRACIA); PRONOME NEUTRO, OUTRA.



--- O que quer dizer meritocracia? Ana Lúcia França Teixeira, Salvador/BA
O BCCCV esclarece:


O sufixo -cracia (usado em democracia, aristocracia) quer dizer “força, poder, autoridade”. Portanto, a palavra “meritocracia” denota a força do mérito, daquilo que é meritório. Em outros termos, o que vale é o merecimento próprio, e não a herança, o dinheiro, o “ser filho de papai”... Exemplo autoelucidativo:
 
Disse Ioschpe: “Temos de ter um sistema de meritocracia: se as vagas são tão poucas, que sejam para os melhores”.
 
De meritocracia deriva o adjetivo meritocrático e outro substantivo – meritocracismo, em que o sufixo “ismo” está indicando a “maneira de proceder ou de pensar”:
 
A Reforma de 1971 teve como objetivo principal a autorrealização, a qualificação para o trabalho e a preparação ao exercício consciente da cidadania, associando a perspectiva meritocrática com os fins do projeto político e econômico do Estado. 
 
A admissão de alunos pobres tornava evidente a vontade de associar princípios de legitimação aparentemente contraditórios, como o “aristocratismo de nascença” e o “meritocratismo do sucesso escolar”, que rende culto ao dom e às aptidões pessoais. 
 
--- Dispomos de “tudo que há de mais moderno ou de “tudo O que há de mais moderno”? O artigo é opcional? Tem alguma função sintática? C.E.F., São Paulo/SP
 
Nesse caso o o não é artigo, mas pronome demonstrativo neutro (cf. Não Tropece na Língua 31), exigido na escrita, conforme a norma gramatical (na fala, pode haver a contração das vogais: tudo o que – tudoo que – tudo que). Tomemos duas frases de exemplo:
 
1) Dispomos de tudo o que há de mais moderno.
 
2) Li tudo o que você escreveu.
 
Aí o pronome demonstrativo o substitui outros demonstrativos:
 
3) Dispomos de tudo aquilo que  há de mais moderno.
 
4) Li tudo isso que você escreveu.
 
No período (1), o pronome o é o objeto indireto de dispomos; no (2), o objeto direto de li. Tudo é pronome adjetivo indefinido. Que é pronome relativo, tendo por antecedente o o da oração anterior.
 
--- Gostaria de saber, por gentileza, se diante do pronome outra ocorre crase. Nilson
 
Pode ocorrer, sim.  Depende da determinação do substantivo que o pronome “outra” acompanha, esteja esse substantivo implícito ou aparente no período. Quando você fala genericamente “de outra” entre diversas, não pode haver crase. Quando se trata “da outra” – que se coloca em contraposição a uma primeira –, há crase. Por exemplo:
 
Vive de uma bodega a outra.  [são várias bodegas]
 
Andou de uma a outra cidade como se nada fosse.
 
Mas:  
 
Foi católico e protestante. Passou de uma religião [a católica] à outra [a protestante] em pouco tempo.
 
Isso significa que finalmente as duas mulheres começaram a se dirigir uma à outra do mesmo modo que às demais.
 
O produto só era vendido nas butiques Glen e Viva. Na primeira custava R$ 520,00, mas fui à outra loja e o encontrei por menor preço.

Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

CINCO MAIORES ÓRGÃOS DO CORPO HUMANO:

Você sabia que o corpo humano tem mais de 70 órgãos, todos altamente especializados em executar funções diferentes? Parece incrível, mas é verdade. E hoje nós vamos conhecer os cinco maiores órgãos do nosso corpo.

O maior é a pele. Ela tem milhões de células e é a forma exterior mais eficaz na defesa contra forças externas. A pele também é responsável por funções que se relacionam com excreção e homeostase. Quando a pessoa está fria, por exemplo, a pele prende calor dentro de seus limites e ajuda a aquecer. já quando está quente, a pele ajuda a perder o excesso do calor e permanecer confortável. Uma pele humana pesa em torno de 11 kg!
O fígado é o segundo maior órgão do corpo. Ele está localizado na extremidade do terminal digestivo e recebe sangue rico em alimentos processados, armazenando alguns e distribuindo outros para partes diferentes do corpo. O fígado médio tem uma massa de 1.5 kg.
O terceiro maior é o cérebro, que coordena cada ação simples tomada pelo corpo humano; um processo que reúne as atividades de mais de 100 bilhões de células cerebrais. Um cérebro normal pesa 1.263 gramas e apresenta em torno de 86 bilhões de neurônios, conectados por mais de 10.000 conexões sinápticas cada.
O pulmão é o quarto maior órgão. A função deles é facilitar o processo de respiração, ajudando as pessoas a respirar o oxigênio e exalar óxido de carbono. Os 2 pulmões podem armazenar até 5 litros de ar dentro de seus limites e pesam, numa pessoa adulta, 700grs.
O quinto lugar pertence ao coração. O coração do homem pesa 315 gramas, o coração da mulher pesa 265 gramas. As partes constituintes incluem aorta, aurículas e ventrículos.
Fonte: Varejão do Estudante.

PREPOSIÇÃO: Casos diversos

À ÉPOCA, VIM A SABER QUE BRIGARAM ENTRE SI

Em face do assunto abordado há duas semanas, perguntaram-me se estavam bem corretos dois dos exemplos apresentados: Preferiu sentar-se no sofá, e Sentamos à mesa principal. Sim, pode-se usar tanto a preposição “a” quanto “em” com o verbo sentar(-se). Nós brasileiros ora falamos sentar na poltrona, num banco, no sofá, na mesa, ora sentar à poltrona, a um banco, ao sofá, à mesa. 

Da mesma forma, pode-se dizer bater na porta e bater à porta, lavar a roupa na mão e lavar a roupa à mão. O fato é que o uso da preposição em é mais comum na fala, por ser mais audível do que à (cujo som se confunde com  e com a artigo ou preposição), e  a crase sugere uma escrita mais elegante e erudita. 
 
Também nas expressões de tempo pode-se fazer a substituição do em pelo a (à/ao):
 
Não respondi ao telegrama pois naquela/ àquela hora o correio já havia fechado.
 
Naquela/ Àquela altura dos acontecimentos, ninguém se lembrou do cachorro.
 
O forno de microondas custava, na/ à época, uns oito salários mínimos.
 
Na/ À oportunidade, envio-lhe meus cumprimentos.
 
No/ Ao ensejo, reiteramos nossas cordiais saudações.
 
--- Na frase abaixo é necessário, facultativo ou incorreto colocar a preposição depois do verbo vir? “Que venham a manchar a imagem da arbitragem.” Bianca Casagrande, Porto Alegre/RS
 
Não é indiferente o uso da preposição nesse caso: há mudança de significado. Na combinação de vir com outro verbo, distingue-se vir+infinitivo de vir+a+infinitivo.
 
1) No primeiro caso, tem-se a noção de chegar ou de se locomover com alguma finalidade. A preposição para está implícita:
 
Vim [para] saber o que ocorreu.
 
A senadora veio participar da campanha eleitoral.
 
Espero que venhas trazer o dinheiro ainda hoje.
 
Os três bolivianos não vieram cursar Medicina, mas sim Enfermagem.
 
 
2) O uso da preposição a entre vir e o infinitivo tira da locução verbal a noção de finalidade e empresta-lhe o sentido de “acontecer, ocorrer, suceder”, de “chegar” mas não com o  sentido físico:
 
Vim a saber da tragédia pelos jornais.  [aconteceu de eu saber]
 
A senadora veio a participar da campanha eleitoral. [chegou a participar]
 
Espero que venhas a encontrar o que queres. [que acabes encontrando]
 
Depois de um tempo, veio a amá-lo como a um filho. 
 
--- Qual a diferença entre “brigaram entre eles” e “brigaram entre si”? Chico Damasceno, Palmas/TO
 
Não há diferença semântica, mas apenas de nível de linguagem. Pela norma culta ou padrão, devem ser usados os pronomes reflexivos si consigo – e não os pronomes retos – quando o objeto verbal e o sujeito são a mesma pessoa:
 
Pedro só pensa em si.
 
A Fulana só gosta de falar de si mesma.
 
Dalma e Telma se afastaram da turma e discutiram o assunto entre si.
 
O carpinteiro veio mas não trouxe consigo o material de carpintaria.
 
 
No entanto, no Brasil é muito comum, até em textos algo formais, o esquecimento dos pronomes reflexivos em favor dos pronomes retos nessas mesmas situações. Na linguagem falada, chega a ser constrangedor o uso de si e consigo. O que se ouve é: 
 
Pedro só pensa nele.
 
A Fulana só gosta de falar dela mesma.
 
Dalma e Telma se afastaram da turma e discutiram o assunto entre elas.
 
O carpinteiro veio mas não trouxe com ele o material de carpintaria.

Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

DICAS DE LEITURA: juvenil

A primeira obra é Sequestro em urbana, de Severino Rodrigues.  O sequestro do jovem Renato, filho do dono de um grande jornal, abala toda a cidade. Pedro, seu melhor amigo, decide encontrar o raptor, e acaba por descobrir que a família de Renato estava mais desestruturada do que imaginava. O rapaz também observa o clima de inimizades dentro da redação do jornal, e, com a ajuda do seu primo Alex, logo enumera três suspeitos: um jornalista cultural, o editor do caderno de esportes e uma jovem apresentadora de telejornal. Quando o rapaz menos espera, um segundo sequestro acontece! Num crescente de ações, Pedro tentará descobrir a identidade do sequestrador.
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A segunda indicação de leitura é A lagartinha sapeca, de Valdir Oliveira, ilustrada por Paulo Rocha.  Contrariando a vontade da mãe, Larita realiza o desejo de conhecer seres de outro planeta em uma nave espacial. Quando retorna da aventura, sua mãe está transformada em uma linda borboleta. E agora? O que fazer para reconhecê-la?
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Por fim, a terceira sugestão de livro é A alegria aquece as horas. O talento da escritora Lenice Gomes e as fascinantes ilustrações de Elma fazem desta obra um passeio incomparável pelo fantástico mundo do circo. O leitor envolver-se-á na poesia das marchinhas, nas brincadeiras circenses, na nostalgia de antigos carnavais. Palhaços, mágicos, trapezistas, Arlequins e Colombinas, personagens que povoam a imaginação de todas as pessoas, transformam circo e carnaval numa alegria simples e espontânea que precisa ser resgatada e cultivada, aquecendo o coração de crianças de qualquer idade.

Fonte: Varejão do Estudante

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

DICAS DE LEITURA INFANTIL: Histórias de aventuras, viagens e suspense

A indicação da nossa primeira leitura esta semana é o livro O Filho do Grúfalo, de Júlia Donaldson. Apesar das advertências do pai, o filho do Grúfalo sai sozinho pela floresta durante uma noite fria e escura. Seu propósito é encontrar o grande e feio Rato Mau. Mas será que esse tal de Rato Mau, devorador de grúfalos, existe mesmo? Afinal, o que é fantasia e o que é real quando podemos utilizar nossa perspicácia para sobreviver? A inteligência, utilizada como método de sobrevivência por um ratinho indefeso, fez surgir O Grúfalo. Agora, em O Filho do Grúfalo, a criatura inventada pelo pequeno roedor cria outra, num desdobramento criativo e surpreendente.
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A nossa segunda dica é Da minha praia até o Japão, de Márcio Vassallo, ilustrado por Bebel Callage. A forte lembrança paterna, presente nas memórias de infância do narrador-personagem, é revivida com ternura e afeto nessa narrativa criada pelo escritor Márcio Vassalo. Um buraco maior que a praia, cavado na areia pelas mãos seguras e firmes do pai, transportava o menino para o mundo mágico do faz-de-conta onde ele vivia histórias fantásticas e rompia os limites do tempo e do espaço. E pra não deixar nenhum monstro marinho chegar perto, meu pai fazia uma muralha na frente do buraco. Ah, e atrás daquela muralha, eu via o mundo de lado, sem ter que ir ao Japão.(…) Bem, na largura daquele abraço, tudo o que menos me importava era achar alguma resposta. Afinal, o abraço do meu pai, para mim, sempre foi uma resposta, mesmo quando eu não precisava fazer nenhuma pergunta pra ele. Uma história que resgata momentos de encantamento e de aventura – jogos simbólicos – criados pela presença protetora e amorosa do pai.
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Por fim indicamos a leitura de O portador do fogo, de Bernard Cornwell. Uhtred é o senhor de Bebbanburg e nada nem ninguém ficará no seu caminho para reconquistá-la nesse décimo volume da série Crônicas Saxônicas. A Britânia enfim encontra um momento de paz. Sigtryggr, senhor da Nortúmbria, e a rainha Æthelflaed, senhora da Mércia, chegaram a um acordo e decretaram uma trégua, com o apoio do maior guerreiro da época, Uhtred de Bebbanburg. Uhtred vê então a chance de recuperar suas terras, tomadas por seu tio tantos anos — e agora mantidas por seu ardiloso primo. Mas os inimigos que Uhtred fez depois de tantos anos em guerra e os juramentos que prestou, além de uma rede intrigas, o desviam temporariamente do sonho de recuperar Bebbanburg. E isso abre espaço para o surgimento de um novo inimigo, o temível Constantin da Escócia, que aproveita o clima de incertezas para comandar seu exército para o sul e conquistar terras da Nortúmbria. Porém, Uhtred está determinado, e nada, nem novos nem antigos inimigos, será capaz de mantê-lo afastado de seu direito de nascimento.
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Fonte: Varejão do estudante

CONJUNÇÃO ALTERNATIVA:

O leitor Wildemberg Cotts, do Rio de Janeiro, pergunta como reconhecer quando a conjunção ou tem o sentido de exclusão e de equivalência em frases não muito óbvias. Como óbvias ele cita frases do tipo “andar ou caminhar, subir ou descer”, em que está clara a condição de exclusão. O exemplo de equivalência apresentado é “Rui Barbosa ou a Águia de Haia”; aqui, só reconhece o sentido de equivalência do ou quem sabe que Rui recebeu o apelido de Águia de Haia. 

De fato, pode haver alguma confusão entre os dois usos da partícula ou se o contexto for insuficiente para elucidar a questão da sua dupla possibilidade de emprego.


Em primeiro lugar, ou é uma conjunção alternativa, o que implica alternância ou exclusão. Quando restar alguma dúvida disso, o redator pode repetir a partícula, e então ficará claro desde logo que se trata de exclusão:
 
 
Pode-se tomar chá ou café. [ideia de alternância: v. toma chá e depois café]
 
Pode-se tomar ou chá ou café. [ideia de exclusão: somente um deles]
 
Ou vocês visitam o templo de Hércules ou o de Hermes. 
 
Se a transcrição longa estiver em recuo da margem, ou em letra diferente, ou em espaço menor, o leitor saberá que está lendo um trecho citado.
 
 
Em segundo lugar, ou é uma conjunção explicativa, equivalendo a isto é. Neste caso, para não deixar dúvida ou ambiguidade no texto, pode-se usar a locução ou seja, como é habitual, ou então usá-la mentalmente para tirar a prova:
 
A receita pede meio litro ou 500 ml de leite. (= A receita pede meio litro, ou seja, 500 ml.)
 
Visitem o templo de Hércules ou Héracles. (Os dois se equivalem; portanto: o templo de Hércules ou [seja] Héracles.)
 
--- Mário S. M. da Silva, de Niterói/RJ, entre outros leitores, consulta sobre o plural de locuções adjetivas, ou seja, quando é que se pluraliza o adjunto adnominal constituído da preposição “de” mais um substantivo, como em sala de aula, banho de sol, auto de infração, amor de mãe, tipo de personalidade, termo de convênio, fogo de artifício, cadastro de pessoa, bolsa de trabalho etc.
 
Em princípio, só o primeiro substantivo vai para o plural, ficando a locução adjetiva [duas palavras que correspondem a um adjetivo, como: de mãe = maternal; de infração = infracional; em grupo = grupal] no singular, sobretudo quando o substantivo da locução é abstrato. Então, teremos: salas de aula, banhos de sol, autos de infração, amores de mãe, tipos de personalidade, termos de convênio, fogos de artifício, cadastros de pessoa, bolsas de trabalho, bolsas de estudo, tabelas de decisão, espécies de solo, tons de azul, fábricas de sabão, caixas de cerveja, bancas de jornal etc.
 
No entanto, temos de levar em consideração que existem os casos em que se pluraliza o segundo substantivo. De acordo com Napoleão Mendes de Almeida, isso acontece quando o substantivo do adjunto adnominal, sendo concreto, não expressa “matéria contínua” (como cerveja, café, sabão), mas sim “passa a indicar variedades, unidades, indivíduos”. Neste caso, temos: fábrica de meias e de chapéus, caixa de fósforos, grupo de árvores, mostra de orquídeas, cadeira de rodas, cujo plural é fábricas de meias e de chapéus, caixas de fósforos, grupos de árvores, mostras de orquídeas, cadeiras de rodas.
 
Também existem casos em que o uso não é uniforme, pois depende da interpretação: há postos de combustível/de gasolina(matéria contínua) e postos de combustíveis (indicando variedades); caixas de remédio e caixas de remédios e assim por diante. 

Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

DICAS DE LEITURA INFANTIL:


A primeira delas é Memorial do amor e vacina de sapo, de Zelia Gattai. Mesmo quando editados em separado, nos formatos em que Zelia os escreveu, seus livros guardam elos secretos, que os transformam em um único livro. As fronteiras de gênero e os cânones nunca interessaram a Zélia. Daí que, reunidos, agora, em um só volume, Memorial do amor, de 2004, e Vacina de sapo, de 2005, apresentam uma súbita coerência, ainda que marcada pela incoerência. Os pontos de partida divergem. No primeiro livro, ela parte de recordações de sua vida amorosa com Jorge Amado. No segundo, de recordações esparsas, organizadas só pelo puro prazer de relatar. Escritos quando Zélia já beirava os noventa anos, seus dois derradeiros livros de memórias foram inspirados “na saudade, no amor, na amizade e na generosidade”, como afirma a filha Paloma Amado no prefácio a Memorial do amor. Mesmo diante da imensa dor da perda de Jorge Amado, seu companheiro de uma vida inteira, e de acompanhar vigilante seus últimos anos de vida, Zélia preserva a escrita doce, sensível e direta que sempre foram a marca de seus relatos.
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A segunda dica da semana é o Juca pé de fruta, de Natalie Catlett. De onde vêm a manga, a jabuticaba e o mamão? Para que serve o limão? No livro, Juca prova muitos sabores e ainda matuta sobre a utilidade extra de cada fruta, como a melancia, que se transforma em um eficiente capacete, ou o limão, fiel aliado no treinamento de caretas. As ilustrações de Natalie Catlett completam a obra, que busca ajudar as crianças a redescobrir um mundo de cores, formas e sabores.
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Por fim, a sugestão é O céu, a terra e a virgula, de Francisco Marques. São onze histórias inspiradas em contos tradicionais, milenares e planetários, que convidam o leitor à narração em voz alta e à leitura compartilhada. O livro tem prefácio da editora Renata Farhat Borges, que conta como o livro foi pensado para chegar ao leitor o mais rápido possível. Após vários anos de dedicação às obras de Comênio e Chesterton, Chico encontrou o espírito dos contos de fadas e recontou alguns deles, situando-os na pequena Conceição do Rio Verde, ou em Lambari, no sul de Minas Gerais. Em O céu, a terra e a vírgula conversam várias gerações de leitores; e várias gerações de personagens se encontram. Além das histórias, o autor oferece um paratexto sobre a origem de cada uma delas e especialmente sobre Chesterton, filósofo e grande contador de histórias.
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Fonte: Varejão do Estudante