domingo, 29 de janeiro de 2017

VERBO HAVER: dicas

--- Como fica o verbo haver quando tem o sentido de conseguir, obter, alcançar, adquirir? Estão corretas as frases: “Hei de comprar aquele carro. Hei de fazer a prova amanhã. E Soares houve-se como pôde na singular situação em que se achava. Eu hei-me bem diante dos convidados.”? (No sentido de comportar-me). P. K. Rio de Janeiro/RJ
O BCCCV informa:


Para melhor responder à questão, vejamos toda a sintaxe do verbo haver, tanto no seu uso pessoal quanto impessoal.
 
I - Como verbo PESSOAL, pode empregar-se em todas as pessoas, fazendo a devida concordância com seu sujeito. 

Ocorre nos seguintes casos:
 
1. Como auxiliar de outro verbo, o qual vai dar o sentido à frase e por isso é chamado de principal:
 
          Vamos nos mudar deste bairro caso ele haja encontrado casa em outro.
 
          O convite havia sido feito para que se discutisse a ética nas relações profissionais.
 
          Falou como se eu não houvesse admitido que não conseguimos deixar de ser seres morais!
 
O verbo haver neste caso comuta com o auxiliar ter, que é mais popular:
 
          Vamos nos mudar caso ele tenha encontrado casa em outro bairro.
 
          O convite tinha sido feito...
          Falou como se eu não tivesse admitido...

 
2. Na forma pronominal – HAVER-SE – como o sentido de portar-seconduzir-seproceder, acompanhado obrigatoriamente de um sintagma adverbial de modo:
 
          O jogador se houve dignamente quando foi eliminado da Seleção.
 
          Houveram-se com acerto ao expulsar os invasores, uma vez que as terras eram produtivas.
 
          Eu me haverei bem diante dos convidados.
 
Aqui, não cai bem o tempo presente (“eu hei-me bem”) que o consulente apresenta. 

 
3. Na forma pronominal, com o significado de ajustar contas:
 
          Ela vai se haver comigo  quando chegar em casa.
 
          Obrigou-o a aderir à greve. Depois, ele que se houvesse com o patrão. 

 
4. Num uso mais raro e incomum atualmente, quando significa
 
a) ter, possuir:
 
          Pediam que o inimigo houvesse piedade deles.
 
          Haveis consciência do que estais a fazer?
 
b) obter, conseguir ou herdar:
 
          Queriam saber onde ele houvera o dinheiro.
 
          Houvemos as terras de nossos pais.
 
c) considerar, julgar, pensar, achar:
 
          Se houveres que é tempo perdido, desiste da empreitada.
 
          Os generais houveram todos os soldados por competentes.

 
5. Semelhante a esta última é a expressão haver por bem ( = julgar por bem), que tem o sentido de dignar-se a ou decidir-se a (alguma coisa) por achar melhor, por entender mais conveniente:
 
          Houve por bem libertar seus escravos antes que fosse obrigado por lei a fazê-lo.
          
          Tenham paciência que ele haverá por bem conceder-lhes o abono.


Maria Tereza de Queiroz Piacentini

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

TIPOS DE NARRADOR: NARRAÇÃO

Cada uma das histórias que lemos, ouvimos ou escrevemos é contada por um narrador.
Nos exercícios de leitura, assim como nas experiências de escrita, é fundamental a preocupação com o narrador.
#BOM SABER!


Grosso modo, podemos distinguir três tipos de narrador, isto é, três tipos de foco narrativo:

- narrador-personagem;
- narrador-observador;
- narrador-onisciente.
narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem.
Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.
narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos os fatos e, por não participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas.
narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções e pensamentos.
Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece, o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim, o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas consequências.

Rapidinha de NARRAÇÃO:

Passos para você se dar bem ao redigir uma narração:




narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa.

O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.
Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:

Esquematizando temos:

- Apresentação;
- Complicação ou desenvolvimento;
- Clímax;
- Desfecho.

Protagonistas e Antagonistas

A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens. Diante disso, a importância dos personagens na construção do texto é evidente.
Podemos dizer que existe um protagonista (personagem principal) e um antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). Há também os adjuvantes ou coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história.

Narração e Narratividade

Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou ouvimos histórias o tempo todo.
Mas os textos que não pertencem ao campo da ficção não são considerados narração, pois essas não têm como objetivo envolver o leitor pela trama, pelo conflito.
Podemos dizer que nesses relatos há narratividade, que quer dizer, o modo de ser da narração.

Os Elementos da Narrativa

Os elementos que compõem a narrativa são:
- Foco narrativo (1ª e 3ª pessoa);
- Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
- Narrador (narrador-personagem, narrador-observador).
- Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.

sábado, 21 de janeiro de 2017

DICAS DE LEITURA: Juvenil

Poemas e o modernismo:

A primeira sugestão de livros é a obra Ascenso Ferreira e os estudantes, de Edvaldo Arlego. Este livro aborda a vida e a obra de Ascenso Ferreira numa linguagem acessível ao público juvenil, visando facilitar o entendimento dos pequenos leitores.
ascenso_ferreira_estudantes
Na sequência, a indicação é o livro Cenas de um modernismo de província – Drummond e outros rapazes de Belo Horizonte, de Ivan Marques. O que acontece quando um movimento de vanguarda, de teor cosmopolita e que tende a fazer tabula rasa do passado, se depara com a matéria local, profundamente enraizada na história? Esta a pergunta que Ivan Marques, professor de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo, procura responder em Cenas de um modernismo de província. Com escrita enxuta e olhar agudo tanto para as particularidades dos procedimentos literários como para as questões socioculturais que as atravessam, Ivan Marques escreveu um livro notável, que amplia a visão do contexto cultural mineiro ao mesmo tempo em que ilumina o quadro mais abrangente do modernismo em nosso país.
cenas_de_um_modernismo

[Varejão de Estudante]

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

DICAS DE LEITURA:

As indicações desta semana estão super bacanas! A primeira indicação é A cidade sinistra dos corvos, de Lemony Snicket, ilustrado por Brett Helquist. Os irmãos Baudelaire não conseguem acreditar no que leem na primeira página do jornal. Uma reportagem informa que o pérfido Conde Olaf raptou não apenas os irmãos Duncan e Isadora Quagmire, mas também Esmé Squalor. O texto não poderia ser mais enganoso: Esmé tinha sido tutora das crianças recentemente, e os Baudelaire sabem muito bem que o Conde Olaf nunca a sequestraria. Olaf e Esmé são na verdade aliados num plano maligno para se apropriar da fortuna das três crianças. Violet, catorze anos, é a mais velha dos irmãos Baudelaire, os órfãos mais desafortunados do mundo. Klaus, o irmão do meio, tem treze anos e já leu mais livros do que qualquer criança de sua idade. Sunny, a mais nova, é um bebê pouco maior do que uma melancia. Assim como os irmãos Duncan e Isadora, as crianças Baudelaire perderam os pais num incêndio, e a amizade com os Quagmire era praticamente o único acontecimento feliz que havia acontecido nas suas vidas desde que ficaram órfãos. Nessa nova desventura eles terão de se haver com mais uma providência desastrada do sr. Poe, um executivo de banco que tinha sido o primeiro tutor dos Baudelaire e ainda cuidava da fortuna dos irmãos. O sr. Poe decide inscrevê-los num programa de adoção de menores, em que toda uma cidade se responsabiliza por crianças que tenham perdido os pais. O programa tem um slogan amedrontador: “É preciso uma cidade para educar uma criança”. Violet, Klaus e Sunny são mandados para a apavorante cidade de C.S.C. e, assim, tem início mais um lamentável episódio da tenebrosa existência dos Baudelaire. Em 2005, Jim Carrey estrelou uma versão cinematográfica dos três primeiros livros da série, no papel de conde Olaf.
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Na sequência, sugere-se a obra Querida Théo, de Anne Vantal, ilustrada por Marc Boutavant. Desde que seus pais se separaram, Léa, uma garota de nove anos, torce o nariz para todas as namoradas do pai. Mas isso muda quando ela conhece Théo, uma grega alegre e extrovertida que a deixa encantada. Embora a nova namorada do pai fale com um sotaque bastante esquisito – e nem seja tão bonita -, as duas tornam-se grandes amigas. Com Théo, Léa descobre as danças, a cozinha, as canções e, sobretudo, os heróis e lendas gregos, entre eles Ulisses e Alexandre, o Grande. Um dia, Théo sai da vida do pai de Léa de repente, e ele impede a filha de se comunicar com ela. A garota, arrasada, acaba obedecendo, mas nunca se esquece da amiga de Atenas e de suas histórias, que marcaram profundamente a sua vida. Quando está prestes a completar dezoito anos, Léa finalmente descobre o E-mail dessa mulher de quem sente tanta falta. Ela cria coragem e manda uma mensagem, que dá início a uma nova amizade com Théo. Querida Théo conta, com bom humor, uma história sobre amizade e perda, sobre as alegrias e as tristezas da infância.
querida_theo
Por fim, a dica é o livrinho Elefante toma banho na banheira?, de Fred Ehrlich. Elefante toma banho de banheira? Não! Ele usa a tromba para se refrescar. Os animais têm comportamentos de higiene diferentes dos nossos. Cada um tem seu jeito especial de ficar limpinho. O leãozinho, por exemplo, toma banho de língua! A mamãe leoa lambe seu filhote para deixá-lo limpo, assim como a mamãe gato. No livro Elefante toma banho na banheira?, o pediatra e psiquiatra infantil Fred Ehrlich discute por meio de perguntas e respostas as diferenças e semelhanças entre animais e humanos. Trata ainda da importância do cuidado com a higiene, mostrando como os animais a fazem. As zebras gostam de rolar na poeira, para deixar seu pelo fresquinho, e as doninhas precisam da ajuda de outra doninha, mais ou menos como nós humanos precisamos de auxílio para cortar o cabelo ou fazer as unhas. Uma leitura para ensinar e divertir!
elefante_toma_banho

FRIDA KAHLO:

Curiosidades

Grandes nomes das artes: 

Ela converteu suas dores em arte e foi considerada uma artista do surrealismo, apesar de declarar que não se considerava como tal, e que suas obras eram retrato de sua realidade. Mexicana, patriota e revolucionária, Magdalena Carmen Frihda Kahlo y Calderon, conhecida por Frida Kahlo, teve poliomielite quando criança, o que a deixou com um dos pés atrofiado e uma perna mais fina que a outra. Mesmo seu pai tendo a pintura como passatempo, Frida desabrochou tarde para a pintura, o que só aconteceu após um grande acidente aos 18 anos, que mudou seu destino de estudante de medicina: um bonde chocou-se com um trem, perfurando várias partes do corpo, incluindo a coluna. O ocorrido a fez permanecer durante muito tempo em cima de uma cama.
Tendo passado por muitas cirurgias, usou a pintura como passatempo, sendo como uma de suas primeiras obras, seu autorretrato. Suas deficiências serviram para que ela fizesse moda, com saias longas e roupas muito coloridas e adereços no cabelo, além do uso do colete ortopédico, que dava um certo charme e estilo.
Suas principias obras foram: Autorretrato em vestido de veludo (1926), O ônibus (1929), Frida Kahlo e Diego Rivera (1931), Autorretrato com colar (1933), As duas Fridas (1939), Autorretrato com colar de espinhos e colibri (1940), entre outras.
Os temas abordados em suas pinturas eram bem diferenciados, cuja estética assemelhava-se ao surrealismo, como dito anteriormente. Sofreu influências da arte folclórica indígena mexicana, cultura asteca, tradição artística europeia, marxismo e movimentos artísticos de vanguarda. Costumava pintar paisagens mortas, autorretratos e cenas do imaginário, com uso de cores fortes.
Casada com o artista Diego Rivera, nunca teve filhos, pois o acidente a impossibilitar a devido às perfurações no útero. Morreu de pneumonia aos 47 anos, em 13 de julho de 1954.

[Varejão do Estudante]

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Bacharéis em Direito escrevem tão mal? POR QUÊ?

No geral, bacharéis e bacharelandos em Direito escrevem muito mal - e o problema disso é fácil de descobrir: todos escrevem muito pouco. Em geral escrevem pouco porque na universidade fazem em regra duas atividades: responder questões objetivas ou apresentar seminários - lendo slides mal feitos!
Escrever é como escovar os dentes: cada um com sua escova!
Deve haver exercício da escrita, da produção de textos, do treinamento para produzir novas doutrinas. Isso deve ser em todas as faculdades.
Adquirir experiência de escrita é imprescindível para se fazer excelentes petições.
Por que bacharis em Direito escrevem to mal
Os bacharelandos não escrevem muito e ainda leem demais. Mas leem o quê? Códigos, resumos, transcrições do que o professor fala na sala... O fato é que ler muito é prejudicial para quem quer aprender a escrever. Eu estou dizendo isto? Não, foi o Schopenhauer. Em um texto chamado "O perigo da leitura excessiva" ele chegou a dizer:
Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: repetimos apenas o seu processo mental. Ocorre algo semelhante quando o estudante que está a aprender a escrever refaz com a pena as linhas traçadas a lápis pelo professor.[...] Enquanto lemos, a nossa cabeça, na realidade, não passa de uma arena dos pensamentos alheios.
Foi o Albert Einstein quem disse em uma entrevista em 1929:
A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar.
Ler não é ruim. De forma alguma. Ler é urgentemente necessário, mas o problema é o que se lê, como se lê e com qual finalidade. Lemos, no geral, para nos encher de informação. Informação é ruim? Não. Mas ficar sem saber o que fazer com ela é, sim. Somos treinados para decorar fórmulas, juntar jurisprudências e por esta razão é que no geral o bacharel em Direito escreve muito mal. E por escrever mal eu quero dizer que realmente escreve mal no sentido de que assassina a língua portuguesa, bem como escreve mal no sentido de que raramente apresenta para o mundo um caminho diferente para ver as coisas.
Talvez valha para o ensino jurídico o alerta que Paulo Freire deu em seu livro "Educação na cidade":
Não basta saber ler que 'Eva viu a uva'. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.
Isto é, não basta ler as leis e decorar as jurisprudências, é preciso questionar por que elas existem. E não basta questionar, é preciso ultrapassar as ideias postas e apresentar novas. No geral, por culpa das Universidades que se transformaram em cursinhos para a OAB e Cursos para concursos públicos, estamos muito longe de sermos bons pensadores, bons escritores...
Talvez fosse o caso de se seguir o conselho do professor Alexandre Morais da Rosa: "o ideal seria fazer a prova da OAB no começo do curso, porque aí depois seria o resto do curso para realmente ensinar o Direito".
Direito é produção de ideias, é construção de argumentos, é apresentação de contraditórios - e saber escrever é essencial.
Na pátria educadora chamada Brasil, o bacharelando em Direito precisa despertar!

MIM: pronome oblíquo - RAPIDINHA

MIM não faz nada!



MIM NÃO TREPA; MIM NÃO CHUPA; MIM NÃO COME...MIM NÃO FAZ NADA.

Portanto, não USE o pronome oblíquo MIM na frente do verbo no infinitivo.


ALERTA: Fala e escrita iguais a estes exemplos, devem ser evitadas:

1. Esta laranja é para mim chupar. (ERRADO)
2. Esta escada é para mim trepar. (ERRADO)
3. Esta pipoca é para mim comer. (ERRADO)

PRIME pelo bem falar e escrever sua Língua Pátria:

1. Esta laranja é para EU chupar.
2. Esta escada é para EU trepar.
3. Esta pipoca é para EU comer.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

MAIOR CAVERNA DO MUNDO:

Bom saber!

Quando pensamos em caverna, a primeira coisa que vem em nossas cabeças é um local apertado, escuro e toda feita de pedra. Mas a maior caverna do mundo não tem essas características. Muito pelo contrário. Chamada de Son Doong, ela fica localizada no Vietnã (a 280 quilômetros ao sul da capital Hanói, no parque nacional vietnamita Phon Nha-Ke Bang) e tem selva, rio e espaço que cabem arranha-céus de 40 andares. A caverna como um todo é estimada em 140 quilômetros de comprimento.
O nome Son Goong significa “Caverna do Rio da Montanha”. Foi criada há 2.5 milhões de anos pelas águas dos rios corroendo o calcário debaixo da montanha. Apesar de ser muito antiga, ela só foi descoberta em 1991 por um fazendeiro local, mas as primeiras pessoas que realmente exploraram a caverna foram especialistas britânicos em 2009.
A caverna tem também pérolas raras que são formadas quando água carregada com sais minerais pinga do teto de uma câmara para formar uma pequena esfera de depósitos minerais que cresce em uma pequena pérola mineral.
Para conhecer melhor esse local tão grande e mágico, acesse o vídeo:

Fonte: Varejão do Estudante

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

ARTES e LITERATURA:

Grandes nomes das artes:

** Ascenso Ferreira


Conhecido por este Brasil afora, ele foi poeta e um grande folclorista. Pernambucano de Palmares, Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira nasceu em 9 de maio de 1895. Contemporâneo e amigo de Joaquim Cardoso e Gilberto Freire, faleceu no Recife, em 5 de maio de 1965.
Um dos grandes nomes de destaque do Modernismo no Brasil, era um sujeito bastante exótico. Era alto, gordo e não abria mão de usar um chapéu de abas largas. Viveu intensamente a vida literária e por volta de 1922 passou a contribuir com os jornais Diário de Pernambuco e A Província .Seu primeiro livro intitulado de “Catimbó”, foi editado em 1927. Em 1939 lançou Cana Caiana. Já em 1951 lançou Xenhenhém e a obra Poemas (reunindo os três livros). Postumamente, teve suas obras O Maracatu, 1986, Presépios e pastoris e Bumba Meu Boi lançadas em 1986.
Nomeado em 1956 para dirigir o Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, teve a nomeação suspensa, pois um grupo de intelectuais locais não aceitaram nesse cargo um poeta conhecidamente boêmio e irreverente. Diante disso, foi então nomeado assessor do Ministério da Educação e Cultura.
Bastante recitado e querido pelos amantes da poesia e por muitos artistas, é de sua autoria uma das frases/poemas mais recitados, Filosofia: “Hora de comer, – comer! Hora de dormir, – dormir! Hora de vadiar, – vadiar! Hora de trabalhar? – Pernas pro ar que ninguém é de ferro!”, publicado no livro Cana Caiana. Fato curioso é que o cantor Alceu Valença musicou dois de seus poemas, “O trem das Alagoas” e “Oropa, França e Bahia”.

Fonte: Varejão do Estudante.

sábado, 7 de janeiro de 2017

LER É BOM DEMAIS!

Dicas para ler, brincar e jogar

A semana está cheia de leituras legais! Para começar, a nossa dica é a obra Dedé e os tubarões, de Alessandra Roscoe e Leo Cunha, ilustrado por Rafael Antón. Durante as férias, num dia em que seus pais decidiram preparar um prato misterioso, Lelê tem que tomar conta de seu irmão mais novo, Dedé.
Dedé e os tubarões
É óbvio que ela não quer, mas quando Dedé decide brincar com seu novo brinquedo favorito, o aplicativo do Google Earth instalado no tablet do pai, e procurar tubarões na costa da Austrália, Lelê decide dar uma chance ao irmão e entrar na brincadeira. Como será que essa farra vai terminar?
Loucos por jogos
Em seguida, sugerimos brincar e ler o Loucos por jogos, do Club Penguin. Preparar, apontar, jogar! Você gosta de surfar ondas incríveis no Pegando Onda? E de explorar mares profundos no Aquagrabber, ou descer montanhas em alta velocidade no Morro Abaixo? Neste livro de adesivos, você vai encontrar dicas geladas de como jogar seus minigames favoritos do Club Penguin. E você ainda pode decorar as cenas dos jogos com mais de 100 adesivos!
A vida modo de usar
Por último, a dica é Vida modo de usar (edição de bolso)-romances, de Georges Perec, ilustrado por Jeff Fischer. Sobre esta obra de Georges Perec, Italo Calvino escreve: “Exemplo daquilo que chamo de hiper-romance é A vida, modo de usar, romance extremamente longo, mas construído com muitas histórias que se cruzam (não é por nada que no subtítulo traz romances no plural), renovando o prazer dos grandes ciclos à la Balzac. Creio que este livro, publicado em Paris em 1978, quatro anos antes da morte prematura do autor aos 46 anos, talvez seja o último verdadeiro acontecimento na história do romance. E isso por vários motivos: o incomensurável do projeto nada obstante realizado; a novidade do estilo literário; o compêndio de uma tradição narrativa e a suma enciclopédica de saberes que dão forma a uma imagem do mundo; o sentido do hoje que é igualmente feito com acumulações do passado e com a vertigem do vácuo; a contínua simultaneidade de ironia e angústia; em suma, a maneira pela qual a busca de um projeto estrutural e o imponderável da poesia se tornam uma só coisa”.

PALAVRAS JAPONESAS:

Originárias da língua portuguesa:


Como é que duas línguas tão diferentes se unem em algum momento? Existem diversos fatores para isso. Em 1543, os Portugueses chegaram à ilha de Tanegashima, sendo os primeiros europeus a estabelecerem contato com o Japão. Durante o século XVI foi grande a influência portuguesa no país.
Os japoneses, curiosos e ávidos de conhecimento, no contato com os portugueses, passaram a ter contato com diversos produtos e técnicas que até então desconheciam. Foi com os portugueses que eles enriqueceram a sua dieta alimentar, melhoraram as técnicas metalúrgicas, de construção naval e meios de navegação. Adquiriram novas noções estéticas e diferentes estilos artísticos, a pintura a óleo, a matemática, a geografia, a engenharia, e a música; passaram a conhecer e a usar o relógio, o vidro, os espelhos e a lã; experimentaram um novo tipo de farmacêutica e medicina; conheceram um novo estilo urbanístico e importaram invenções revolucionárias como a espingarda, e com ela o uso da pólvora, e os óculos.
E na língua não foi diferente. Os português influenciaram e muito! Confira abaixo:
Algumas palavras japonesas de origem portuguesa:
Bateren (padre)
Battera (bateira)
Bidoro (vidro)
Birodo (veludo)
Botan (botão)
Buranco (balanço)
Joro (jarro)
Juban (gibão)
Karuta (carta)
Kappa (capa)
Konpeito (confeito)
Kirisutan (cristão)
Oranda (Holanda)
Orugan (Orgão)
Pan (pão)
Shabon (sabão)
Tabako (tabaco)
Tempura (tempero ou têmpuras)

O contrário também aconteceu. Temos algumas palavras no português que é de origem japonesa.
Biombo (byobu)
Catana (katana)
Caqui (Kaki)

Japoneira (ou Camélia – Tsubaki), uma das mais bonitas árvores dos jardins portugueses, é designada por japoneira, por ser uma espécie trazida do Japão no século XVI. Outra espécie de árvore existente em Portugal, nos Açores, trazida do Japão, é a Criptomeria ou Cedro Japonês.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

COLOCAÇÃO PRONOMINAL E SUJEITO COMPOSTO:



--- O contexto: para o qual está-se candidatando... O "está-se" é correto? Francisco Schoeder, São Paulo/SP

Não, essa construção é considerada gramaticalmente errada, pois apresenta uma ênclise ao verbo auxiliar quando há um pronome relativo [qual] a ele anteposto, que em tese atrairia o pronome átono. Assim, a frase em questão comporta três opções corretas:
 
1 - para o qual está se candidatando
2 - para o qual está candidatando-se
3 - para o qual se está candidatando
 
A primeira é a colocação mais usada no Brasil: pronome átono solto entre os dois verbos da locução verbal (veja que a posição é a mesma, mas sem o hífen característico da ênclise, o que aliás muda a entonação). A segunda construção, com ênclise no gerúndio, é também comum. A terceira é a alternativa para a atratividade do pronome relativo qual, que como estamos vendo nem sempre prevalece quando se tem uma locução verbal. 
 
Devo esclarecer, a propósito, que é possível usar “está-se”, mas em outra situação, por exemplo no início de uma frase: 
 
Está-se ficando cada vez mais exigente.
 
Sobre o assunto, ver também as colunas Não Tropece na Língua 55 e 56.
 
 
--- Como dizemos/escrevemos: Desejou (que) vá ou Desejou (que) fosse? Márcio Osório, Jaboatão dos Guararapes/PE
 
Depende da situação. Se o fato ainda não aconteceu, você pode usar o presente do subjuntivo [que vá] com o pretérito na oração principal, como neste caso: 
 
João esteve aqui em casa ontem e desejou que você vá bem na prova amanhã.
 
Do contrário, sem tempo preestabelecido, usam-se os verbos das duas orações no pretérito:
 
Ele desejou que ela fosse embora.
 
Eu queria que você saísse e comprasse um dicionário.
 
Sua mãe desejava que ele fosse médico em vez de enfermeiro.
 
 
---  Minha dúvida diz respeito ao uso do  verbo no singular ou plural em frase como: Todo pai e mãe  tem (ou têm?) direito a... Maria Laís Pestana, São Paulo/SP
 
Neste caso se trata de sujeito composto, com dois núcleos ligados por E, portanto o verbo deve fazer a concordância no plural:
 
Todo pai e (toda) mãe têm direito a saber o que está acontecendo.  
(= Todos os pais e mães têm )

A mãe mais nova e a avó mais idosa serão homenageadas.
 
Todo homem e toda mulher devem manter sua autonomia. 

Maria Tereza de Queiroz Piacentini