sábado, 29 de outubro de 2016

COMPARAÇÃO, BERINJELA, APART., LOCUÇÃO PASSIVA

 --- A presença ou ausência da preposição faz alguma diferença em comparações (mais/menos que, mais/menos do que)? S. A., Porto Alegre/RS



É possível suprimir a preposição do no caso de comparações com mais e com menos; mas a presença da preposição pode dar mais clareza ao discurso, enquanto que a omissão da preposição pode muitas vezes deixar a frase mais eufônica. Vejamos alguns exemplos:
 
Queremos mais do que isso. / Queremos mais que isso.
 
Pago menos do que isso. / Pago menos que isso.
 
Todos sabem menos do que o gênio. / Todos sabem menos que o gênio.
 
Amigos valem mais do que parentes. / Amigos valem mais que parentes.
 
Ela é mais alta do que ele. / Ela é mais alta que ele.
 
Britney Spears é menos famosa do que Madonna. / Britney Spears é menos famosa que Madonna.
 
 
--- O que você me diz do vocábulo beringela (dic. Houaiss) ou berinjela (dic. Aurélio)... Gilmar Saint Clair Ribeiro, Itatiba/SP
 
É exatamente isto: tanto se vê dicionarizada a grafia berinjela (tb. no dic. Francisco Borba) quanto beringela (tb. no dic. Laudelino Freire), que o revisor ortográfico insiste em arrumar. O Houaiss registra a variante com j, mas prefere com g em vista do uso histórico, esclarecendo ainda que em Portugal escreve-se apenas beringela.
 
É compreensível a vacilação, uma vez que a transcrição da pronúncia árabe foi feita, ao longo dos tempos, de diversas maneiras, pelo fato de j g representarem o mesmo fonema. Recebemos a palavra através do espanhol, que Antenor Nascentes (Dicionário Etimológico) registra como "berengena" e outros dois como "berenjena" (um traduz por berinjela e outro por beringela). Apesar de o VOLP – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa 2009 trazer só a grafia berinjela, ambas as formas devem ser aceitas pelos professores.
 
 
--- A abreviatura correta de apartamento é apto. ou ap.? Roberto Zambrini, São Paulo/SP
 
De acordo com o Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, a abreviatura de apartamento é ap. ou apart., mas também é válida a abreviatura apto., usual e correta por tradição.
 
 
--- Costumo empregar as seguintes expressões no plural: devem-se seguir as normas..., podem-se completar os espaços com... etc. Entretanto fui questionada a respeito disso. Suely Moreira, Rio Branco/AC
 
Você está certa ao usar o plural, mas deve ter sido questionada porque em tal caso o emprego do verbo auxiliar no singular – portanto sem a flexão – é muito mais comum no português brasileiro. Quando há locução verbal na voz passiva pronominal ou sintética, valem as duas formas. Portanto, é lícito dizer:
 
Deve-se seguir as normas instituídas pela comissão. ou 
Devem-se seguir as normas...
 
Podem-se completar os espaços com papéis coloridos.
Pode-se usar as toalhas brancas que estão no armário?
 
A explicação gramatical para este assunto se encontra na coluna Não Tropece na Língua 65.


Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

sábado, 22 de outubro de 2016

DIFERENÇA: IMORAL e AMORAL; CEGAR e SEGAR; DESCARGO e DESENCARGO DE CONSCIÊNCIA

 --- Existe diferença entre imoral e amoral? Qual? Gerson, Corumbá/MS

Existe diferença, sim.  Imoral significa contrário à moral, contrário às regras de conduta vigentes em dada época ou sociedade ou ainda àquelas que um indivíduo estabelece para si próprio; sem moralidade, indecoroso, vergonhoso. Amoral quer dizer moralmente neutro (nem moral, nem imoral, isto é, nem contra nem a favor da moral); que não leva em consideração preceitos morais, indiferente a eles; que não tem senso de moral: “Depois da guerra, tornou-se uma pessoa amoral”.

--- Qual a diferença entre cegar e segar? A. K., Vitório de Santo Antão/PE
Cegar significa:
. fazer perder ou perder definitivamente a visão; tornar(-se) cego;
. encher(-se) de encantamento, admiração; deslumbrar(-se), fascinar(-se);
. provocar ilusão em (alguém ou si mesmo); enganar(-se);
. fazer perder ou perder gume ou fio (a propósito de objetos cortantes); embotar.
Segar quer dizer ceifar; cortar ou abater (cereais, ervas etc.) com foice ou instrumento apropriado; pode-se segar legumes, segar os grãos na época certa; tempo de segar é tempo de colheita.
--- Qual é a expressão correta: desencargo de consciência ou descargo de consciência? Maria Inês F. Martins, Florianópolis/SC
Valem as duas, a despeito de certas pessoas se oporem a desencargoDescargo é palavra mais tradicional, porém menos usada do que desencargo [de consciência]. Os dicionários registram os dois termos como sinônimos.


Maria Tereza de Queiroz Piacentini

ORAÇÃO ADJETIVA (restritiva e explicativa): RAPIDINHA

--- Qual a diferença de sentido entre as sentenças de cada par: Os alunos da turma 22, que saíram antes da hora, serão suspensos / Os alunos da turma 22 que saíram antes da hora serão suspensos; Todas as propostas, que eram ilícitas, foram prontamente recusadas / Todas as propostas que eram ilícitas foram prontamente recusadas; Os professores de Português, que estavam de licença, tiveram de retornar à escola / Os professores de Português que estavam de licença tiveram de retornar à escola. E.S.N., Rio de Janeiro/RJ.




A sentença de cada par que está entre vírgulas é explicativa, ou seja, entende-se que todos os alunos da turma 22 saíram antes da hora, que todas as propostas eram ilícitas, que todos os professores de Português estavam de licença.
Já no segundo caso – sem vírgulas – é oração restritiva (restringe o grupo que efetuou a ação), isto é, somente os alunos da turma 22 que saíram antes da hora (nem todos agiram assim) serão suspensos, somente as propostas que eram ilícitas (nem todas eram) foram recusadas, somente os professores que estavam de licença (alguns não estavam) tiveram que retornar à escola. 
Maria Tereza de Queiroz Piacentini

domingo, 16 de outubro de 2016

MITOLOGIA GREGA: Rapidinha

Mas afinal, o que é mitologia? É o estudo de mitos, lendas e a interpretação dessas lendas e mitos em alguma cultura. Mitos são histórias populares ou religiosas complexas, com vários pontos de vista, das pessoas que viviam na época em que os mitos foram criados. Então, já que fizemos essa introdução, vamos conhecer mais a Mitologia Grega.

Os Gregos eram politeístas, isto é, adoravam vários deuses, acreditando que esses deuses tinham forma humana, embora fossem mais belos e poderosos que os homens, imortais e possuidores de poderes mágicos. Os deuses gregos revelavam também qualidades e defeitos semelhantes aos dos seres humanos: apaixonavam-se, sofriam, conheciam aventuras e desventuras e os Gregos falavam deles como se fossem pessoas. O conjunto dessas histórias da vida dos deuses e heróis gregos formaram a mitologia Grega.
Para os Gregos, os deuses eram descendentes da terra – Gaia – e do céu – Urano – e tinham grandes semelhanças com os homens, e o Monte Olimpo era considerado a casa dos deuses importantes. A Mitologia Grega era dividida entre Deuses, Heróis, Animais e monstros mitológicos e Lendas mitológicas.
Entre os Deuses, Zeus é um dos mais conhecidos. Ele é pai dos deuses, filho de Cronos e de Réia. Era representado como homem forte e barbado, de aspecto majestoso, com um raio na mão sobre uma águia. Afrodite também era uma deusa e filha de Zeus e Dione. É conhecida como a deusa do amor e da beleza.
Já entre os Heróis Gregos, podemos destacar Aquiles, que era o guerreiro mais forte dos gregos, e Hércules, herói grego muito forte enfrentou doze dificuldades, conhecidas pelos doze trabalhos de Hércules. Entre as lendas, podemos destacar a de Ariadne, que conta a história de Dédalo, que construiu o labirinto de Creta, onde vivia o Minotauro (metade monstro metade homem). Exigia sacrifícios humanos cujas vítimas eram raparigas atenienses. Teseu entrou no labirinto com a ajuda do fio de Ariadne, tendo morto o Minotauro.
Entre os animais e monstros da mitologia, destacam-se Centauro, que é metade homem, metade cavalo, Minotauro, que é metade touro, metade homem (que guardava o labirinto de Creta, da lenda de Ariadne, que vimos acima) e Pégaso, que era um cavalo alado.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

JEITO ou GEITO?

A língua portuguesa é bem traiçoeira e, por isso mesmo podem surgir algumas dúvidas na hora de escrever algumas palavras. Uma das palavras que está mais susceptível a erros ortográficos é a palavra jeito. A grafia correta deste vocábulo é com j, mas por vezes as pessoas acabam por escrever de forma errada com g. A dúvida em relação à utilização do g ou j nas palavras é frequente, mas neste caso a grafia correta é mesmo jeito. 



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Para acabar de vez com esta dúvida, saiba que a forma correta de se escrever a palavra é JEITO. A palavra geito está errada e não existe.
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Devemos utilizar a palavra jeito sempre que nos quisermos referir à habilidade, capacidade, maneira de alguém para fazer alguma coisa ou da aparência de algo. Além disso, a palavra pode ainda significar boas maneiras, um gesto, uma torcedura em um tendão ou músculo e até cautela.
Entre os sinônimos da palavra jeito podemos encontrar costume, aparência, arranjo, gesto, maneiras, cuidado, habilidade, aptidão, aspecto, solução, forma, entre outros.
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Esta dúvida é bastante comum e ela surge devido à similaridade fonética do "g" e "j". A isto se chama de homofonia, ou seja, são palavras que se pronunciam ou soam igual, mas que se escrevem de forma diferente. No entanto, neste caso a palavra "geito" não faz sentido porque não existe.
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Mas então, como vamos saber qual a maneira correta de escrever a palavra em questão? É muito simples! Basta você seguir a seguinte regra da língua portuguesa:antes do ditongo ei utiliza-se a consoante j. Claro que existem algumas exceções como os vocábulos passageiro, ligeiro ou estrangeiro.
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Para entender melhor, vamos ver alguns exemplos:
  • A Jaqueline não tem jeito para cantar.
  • Hoje no jogo dei um jeito no pé.
  • Não fale desse jeito comigo.
  • Quando cheguei junto dele, fiquei sem jeito.
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Como viu a palavra jeito pode ser usada em diferentes sentidos, mas agora que você já sabe a regra que contamos para você não tem como errar: é JEITO e não geito!

SEM ERROS ORTOGRÁFICOS:

O que é a ortografia? A ortografia é um "conjunto de regras que regulam a escrita de uma língua". E escrever corretamente diz muito sobre a pessoa que escreve, pois se cometer falhas e erros ortográficos, a imagem que causará não será necessariamente boa. Embora não exista uma fórmula mágica para escrever sem erros, existem algumas técnicas e recomendações que podem ajudar a melhorar a escrita. Não importa a idade que tem nem qual o idioma em que escreve, em http://www.bcccv.blogspot.com damos-lhe alguns conselhos sobre como escrever sem erros ortográficos.

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Um dos principais conselhos que costumam ser recomendados para aprender a escrever sem cometer erros ortográficos é ler. Devemos fomentar a leitura desde a infância e ler tudo aquilo que nos aparece à frente, mas também deve tomar atenção e fixar o que lê. Para além do conteúdo do texto, deverá prestar atenção à forma como se escrevem as palavras para assim memorizar de forma inconsciente milhares de palavras.
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Por outro lado, se quer escrever corretamente, deverá aprender de cabeça algumas regras ortográficas e gramaticais. Por exemplo, no caso do português, deverá conhecer quais são as regras de acentuação para saber quando colocar o acento para a direita ou para a esquerda, ou conhecer os casos em que se escrevem com "S", "C" ou "Ç", etc.
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Outra boa maneira de praticar para não cometer tantas falhas na ortografia são os ditados. Peça ajuda a um familiar ou amigo para que lhe dite em voz alta um texto, que deverá ir escrevendo e posteriormente corrigir para ver onde falhou. Também é uma boa técnica, copiar várias vezes aquelas palavras que escreveu mal, como na escola, para tentar recordá-las da próxima vez.
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Quando escreve no processador de texto do seu computador ou até no navegador, é recomendável que tenha instalado um corretor ortográfico que marcará aquelas palavras que estão mal escritas. Deve ter em conta que o corretor omite muitos erros ortográficos, e que não pode pensar que tem um fiabilidade total e que vai ser a solução para o seu problema.
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Também deverá procurar no dicionário todas aquelas palavras que não saiba como escrever ou que o deixam na dúvida. O dicionário Priberam da Língua Portuguesa, para além da sua edição em papel, tem uma versão online que lhe permite consultar através da internet todas as palavras que pretender. Além disso, neste website pode ainda consultar as diferenças entre o português do Brasil e o português de Portugal, através da ferramenta Flip online. Deve ter isso em conta, apesar do acordo ortográfico entre os países lusófonos, ainda existem diferenças significativas na escrita dos vários países e principalmente nas expressões mais informais.
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No caso de não ter à mão um dicionário nem internet, como pode ser o caso de um exame, use sinônimos se não souber como se escreve a palavra certa. Não arrisque cometer um erro, pense um pouco e encontrará outra palavra que tenha o mesmo significado e que não tenha dúvidas de como a escrever.
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Hoje em dia, um dos principais motivos de cometer falhas na ortografia é o relaxamento no momento da escrita, por exemplo as mensagens de texto que se enviam através dos celulares (SMS) ou nos chats da internet. Embora possa utilizar abreviaturas para escrever mais rápido, é recomendável que siga as regras ortográficas também nestes casos.
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Se seguir todos estes conselhos, chegará a um ponto que poderá entreter-se à procura de falhas de ortografia nos jornais, na televisão, em textos de outras pessoas... e inclusive poderá corrigi-las. Isso será um bom sinal, uma vez que demonstrará que melhorou os seus conhecimentos e começará a ser capaz de escrever sem cometer erros ortográficos.

VERBO SUBSUMIR:

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RAPIDINHA para os advogados(as):

-- Gostaria de saber a real regência do verbo subsumir, uma vez que sempre se vê em textos, principalmente jurídicos, como transitivo indireto, posto que sua regência no Dicionário Aurélio é Transitivo Direto. Exemplo: As atitudes do réu subsumiram ao fato típico penal (no sentido de se enquadrarem no fato típico penal). Jaime Ferreira, Goiânia/GO




O culto verbo subsumir significa, na sua origem latina, “apropriar-se”. Hoje é usado com o sentido de “incluir, considerar como dependente ou como compreendido em”. Assim sendo, uma coisa maior subsume uma menor, ou uma coisa menor
é subsumida em outra maior. A subsunção implica subordinação, sujeição, perda de autonomia.

Na construção da frase sempre haverá um objeto direto, seja subsumir considerado verbo transitivo direto, como registra o dic. Aurélio, ou bitransitivo [trans.dir. e ind.], como quer o Houaiss, ou mesmo pronominal. Portanto, para ter sentido e estar correta, a frase apresentada pelo consulente teria um objeto direto, no caso o pronome se: “As atitudes do réu se subsumiram no fato típico penal”.  Vejamos outros exemplos:

Admite-se a pré-qualificação jurídica dada pelo Ministério Público toda vez que o delito imputado se encontra subsumido nos extremos do art. 278 do Código Penal.
 

Esta tese acompanha a crítica bergsoniana à psicologia, cujo intento de subsumir o humano à matéria condena ao fracasso sua pretensão de conhecê-lo.
 

À impossibilidade de subsumir a pluralidade de capitais, resta ao governo americano o keynesianismo de guerra.
 

A redação final do inciso I do art. 49 da CF, que menciona especificamente "acordos gravosos", acabou por subsumir a prerrogativa do Congresso Nacional de apreciar atos internacionais.
 

Vê-se um Japão no nascedouro da fase industrializante, aos poucos subsumido pela mundialização do capital financeiro.
 

Todo e qualquer ser conhecedor, no ato mesmo de perceber e conhecer, coloca-se diante da realidade,subsumido a determinadas leis inerentes a todos os demais seres conhecedores.



Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

Rapidinha do VERBO SUBIR:

--- Qual a forma correta: subi em cima da mesa ou subi sobre a mesa ou subi na mesa e por quê? R.S.O., Salvador/BA




As três formas referidas são corretamente usadas. O verbo subir pode ser empregado de várias maneiras:

1. Como intransitivo: O balão está subindo. Subimos devagarzinho.
2. Como transitivo direto: Subiu a escada, subiu um muro alto.
3. Como transitivo indireto, com várias preposições (por ser verbo de movimento, a regência lógica seria com a prep. A, mas é usual no Brasil o emprego de em):

Subir ao alto, à cabeça.
Subir à mesa.   [+ culto]
Subir na mesa. [+ coloquial]
Subir em lugares altos.
Subir pela escada.
Subir a criança aos/nos joelhos.
Subir em cima da mesa.
Subir sobre a mesa.
Subir para cima da mesa e do muro.


OBS>: Só não se deve usar “subir para cima” assim sem um complemento como mesa ou muro – é pleonasmo –, pois subir já tem o significado de “ir para cima”.

Maria Tereza de Queiroz Piacentini

terça-feira, 11 de outubro de 2016

MITOLOGIA ROMANA:

De acordo com a Mitologia Romana, homens e deuses precisavam viver em harmonia e com confiança mútua. Os rituais e cultos feitos tinham como objetivo agradar aos deuses, pois toda a saúde, proteção e sucesso na guerra, amor, colheitas fartas e todas as outras coisas relacionadas à vida dos homens dependia da felicidade dos deuses.
Da mesma forma como são descritos na Mitologia Grega, os deuses romanos também possuíam características dos humanos, como sentimentos e a aparência física, mas, ao contrário daquela, os deuses não possuíam contato direto com os homens.
A religião politeísta de Roma surgiu em meados do século VIII a.C., e vigorou por muitos anos até a submissão do império romano ao cristianismo. Os deuses politeístas da mitologia romana eram muito populares e, apesar de serem imortais, tinham sentimentos, e deles dependiam toda a vida dos mortais. A Mitologia Romana estuda essa religião politeísta, que pode ser dividida em duas partes. Uma mais avulsa e mitológica, e a outra mais tardia e literária, que possui grande manifestação nas artes.
Os principais deuses romanos são:
Júpiter, o deus do dia;
Apolo, deus do sol e da medicina;
Juno, deusa protetora do casamento, parto e da mulher, de uma forma geral;
Marte, deus da guerra;
Vênus, deusa do amor e da beleza;
Diana, deusa da lua, da caça e da castidade;
Ceres, deusa da fecundidade da terra e da agricultura;
Baco, deus do vinho e da alegria.

LEITURAS infantis:

Leituras sobre poesias e obras brasileiras

A primeira de nossas dicas de leitura desta semana remete a um de nossos temas e é escrita por um grande autor: Suor, de Jorge Amado, ilustrador por Kiko Farkas, Mateus Valadares. Um casarão do Pelourinho transformado em cortiço, com suas dezenas de moradores pobres e marginalizados, é o ambiente de Suor, publicado em 1934, quando Jorge Amado tinha 22 anos. De modo cru, mas com sua característica prosa envolvente e calorosa – sempre atenta à musicalidade da fala popular -, Jorge narra um cotidiano de miséria, falta de higiene e ausência de perspectivas. Nos quartos precários do cortiço, homens e mulheres convivem com ratos e baratas e dão vazão às pulsões mais básicas. Os diversos personagens ganham em algum momento o primeiro plano do relato. Há o mascate judeu que percorreu o mundo e fala oito línguas, o homem sem braços que faz propaganda de lojas, a velha prostituta que não consegue mais arranjar freguês, o operário anarquista que vive com um gato, a costureira que sonha com um casamento para a afilhada virgem, entre outras figuras sofridas. Jorge Amado cria ao mesmo tempo um painel social e um estudo sutil dos sentimentos humanos que florescem nas situações mais adversas. Apesar da dureza do dia a dia, o humor e a solidariedade encontram frestas para se manifestar, e uma crescente consciência política se espalha entre alguns moradores do cortiço.
suor
Em seguida, a sugestão é a obra Dois dedos de poesia, de Luis Pimentel, ilustrado por Orlando. Em Dois dedos de poesia, Luís Pimentel, autor de livros infanto-juvenis, de contos, de poesia e de textos de humor, entre outros, fala da poesia com poesia. Parte de questionamentos e levanta várias possibilidades ao tentar conceituar a poesia. Várias possibilidades como a própria poesia, que permite ao leitor penetrar no reino das palavras e descobrir a beleza que o aguarda nas diferentes combinações. No entanto, tudo isso só será possível a partir do sentimento. O poeta, sensivelmente, sente e observa, sente e escreve, sente e faz poesia. E o jovem leitor poderá experimentar toda a emoção se deixar sentir e impregnar de sentimento: só rima o que sente. Simplicidade. Sensibilidade.
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Por fim, a dica é o livro Crianças do Brasil – suas histórias, seus brinquedos, seus sonhos, organizado por Jose Santos. Este livro reúne 27 histórias de infância, 27 jeitos de ver o mundo, 27 retratos do Brasil. A vida de brasileirinhos do interior e da capital, da praia e da floresta, suas lutas e seus sonhos de futuro. Com ele, o leitor é convidado a descobrir o universo de meninos e meninas dos quatro cantos do país. As histórias aqui apresentadas foram colhidas do acervo do Museu da Pessoa e trabalhadas pelo escritor José Santos, que as transformou em recontos. Cada reconto é acompanhado de três pequenos textos informativos. Um deles dá conta do destino tomado por cada personagem, enquanto os outros dois abordam questões sobre história, geografia, ecologia, política, economia e outras questões pesquisadas – dependendo do enfoque escolhido por José Santos.
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Internet - Varejão do Estudante.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

MAIÚSCULAS:

Fulano, sicrano, beltrano 

Existem três designações informais para pessoas que não se quer ou não se pode nomear: fulano, sicrano e beltrano. Não há necessidade de iniciar cada palavra com maiúscula. Aliás, o Acordo Ortográfico 2009 recomenda o uso da inicial minúscula nesses casos. Para uma referência isolada, só o primeiro termo é utilizado, às vezes acompanhado da expressão “de tal”, que estaria no lugar do sobrenome: 


 
Não vi o fulano que veio trazer a encomenda.
 
Disse o primo que ele está namorando fulana de tal.   
 
Para dois indivíduos indeterminados usa-se fulano e sicrano. Neste último, também a variante com l é usada: siclano, dada a analogia com fulano (cria-se uma rima): 
 
Tentaram subornar fulano e siclano
 
Há controvérsia em relação à ordem em que devem ser ditos os três nomes: “fulano, sicrano e beltrano”, no entendimento de Celso Luft; “fulano, beltrano e sicrano”, de acordo com outros.
 
Quanto à origem das palavras, registra-se que:
 
Fulano vem do árabe “fulān”, que significa “certo (indivíduo)”, isto é, uma certa pessoa, um determinado indivíduo, alguém. Variantes: fulão e fuão, forma sincopada e adaptada de “fulan(o)”. No português arcaico se encontra a grafia foão.
 
Beltrano veio provavelmente do nome próprio Beltrão, com o final modificado para rimar com fulano. Segundo o filólogo João Ribeiro, trata-se de nome usado nos romances de cavalaria como pessoa indefinida.
 
Sicrano tem origem bastante vaga. Nos dicionários de etimologia se encontram várias hipóteses: pode ser que venha do latim “securu” (seguro), numa mistura final com fulano e beltrano; ou pode ter ocorrido o desfiguramento de algum nome próprio; ou mesmo pode ter sido criado por analogia às formas usadas em espanhol, zutano e citano, originárias do latim “scitu” (sabido, conhecido).
 

Maria Tereza de Queiroz Piacentini 

QUAL A DIFERENÇA? usurário E usuário? Quadriênio e quatriênio?

Quadriênio = quatriênio
 
A cada quadriênio/quatriênio é feita a renovação da nossa diretoria através do voto secreto de todos os associados.
 
Quadriênio (período de quatro anos) é a forma original, do latim, e quatriênio é variação brasileira.


 
 
> Usurário, usuário
 
Comporta-se como um usurário, apesar do dinheiro que acumula nos bancos.
 
Os usuários das linhas intermunicipais ficaram revoltados como o novo aumento das passagens.
 
Chama-se usurário ao mesquinho, avaro, pão-duro. É também assim denominado o popular agiota, aquele que usura, isto é, que empresta dinheiro com juros exorbitantes. Usuário é quem usa, desfruta ou se beneficia de alguma coisa.

Maria Tereza de Queiroz Piacentini