sábado, 27 de dezembro de 2014

VERBOS: Noção geral

O grande problema que encontramos ao estudá-los é o fato de eles flexionarem muito (variam demais). Você pode pegar um verbo e conjugá-lo de maneiras diferentes, sendo que alguns são irregulares e fogem do padrão.

Não se preocupe com isso agora. Tenhamos uma noção geral dos verbos (pois, é muita informação de uma vez só). Portanto, não se preocupe em tentar entender tudo agora, pois as coisas ficarão mais claras depois.

DEFINIÇÃO:

Verbos são palavras que expressam ação, como correr, nadar, estudar, pular, vender, comprar etc.. É tudo o que qualquer pessoa ou coisa pode fazer. Verbos também expressam estado, como por exemplo: "Eu sou muito bonita". "Ser bonita" não é uma ação, mas sim um estado, uma característica temporária ou permanente.
[Há pessoas que são bonitos permanentemente, não precisa de enfeites ou roupas bonitas, já nasceram bonitos, no caso, eu bonita.]




FORMAS NOMINAIS DO VERBO:

As formas nominais do verbo nada mais são do que as várias maneiras que eles podem terminar. Bem, você vai entender melhor a partir de agora:

O INFINITIVO:

Quando o verbo termina em ARERIR, OR, nós dizemos que ele está no infinitivoque é uma forma nominal. Além disso, outra coisa que você precisa saber é: quando um verbo terminar em AR ele será considerado um verbo de 1ª conjugação, quando ele terminar em ER ele será considerado de 2ª conjugação e quando ele terminar em IR ele será considerado de 3ª conjugação.

Nada difícil, certo?


MERGULHAR
Verbo no infinitivo pertencente à 1ª conjugação (pois terminam em AR)

BATER
Verbo no infinitivo pertencente à 2ª conjugação (pois termina em ER)

CAIR
Verbo no infinitivo pertencente à 3ª conjugação (pois termina em IR)




Observação da REGRA: O verbo "pôr" e seus derivados (compor, impor, supor, repor etc..) pertencem à 2ª conjugação, pois a sua forma original é "poer" (termina em ER). Portanto, apesar de eles terminarem em OR, esses verbos pertencem à 2ª conjugação (verbos terminados em ER). 



PÔR 
Caso especial: verbo no infinitivo pertencente à 2ª conjugação (terminados em "er").






O GERÚNDIO

Acabamos de ver que quando o verbo termina em ARER ou IR (além do OR) ele está no infinitivo, que é uma forma nominal. Existe outra forma nominal que é o gerúndio: ele ocorre quando o verbo termina em ANDO, ENDO, INDO, ONDO.

MERGULHANDO
Verbo no gerúndio (termina em "ando")

BATENDO
Verbo no gerúndio (termina em "endo")

CAINDO
Verbo no gerúndio (termina em "indo") 

REPONDO
Verbo no gerúndio (termina em "ondo")





O PARTICÍPIO:

Além do infinitivo e do gerúndio, outra forma nominal do verbo é o particípio. O particípio acontece quando o verbo termina em ADO ou IDO (e também "ada" e "ida"). 

MERGULHADO
Verbo no particípio

BATIDO
Verbo no particípio

CAÍDO
Verbo no particípio

Porém, existem alguns verbos que possuem mais de um particípio: é o particípio irregular.

O documento foi imprimido
Verbo no particípio regular (terminado em IDO)

O documento foi impresso.
Verbo no particípio irregular (terminado em ESSO). 

Outros exemplos:

Entregar ("entregado" ou "entregue"), acender ("acendido" ou "aceso"), salvar ("salvado" ou "salvo"), matar ("matado" ou "morto").

Os verbos que possuem mais de um particípio são chamados de verbos abundantes. No caso do verbo "pôr", o particípio de seus derivados termina em OSTO (posto, composto, reposto).



Acabamos de ver que um verbo pode se flexionar (variar, mudar) de acordo com as suas formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio), como por exemplo: salvar (infinitivo - 1ª conjugação), salvando (gerúndio), salvado (particípio regular) e salvo (particípio irregular).

Agora, os verbos também podem ser flexionados de acordo com o tempo.

O TEMPO:

O verbo pode ser flexionado de acordo com o tempo. A ação pode já ter ocorrido (passado), pode estar ocorrendo agora (presente) ou vai ocorrer ainda (futuro). 

Para ficar mais chique, chamamos o passado de pretérito. Logo, os verbos podem ser flexionados no pretérito, no presente e no futuro

O pretérito se divide em: pretérito imperfeito, pretérito perfeito e pretérito mais que perfeito. O futuro se divide em: futuro do pretérito, futuro do presente e futuro do presente composto.

Calma... Estudaremos, completamente o tempo dos verbos, depois!

A PESSOA:

Alguém precisa cantar, vender, partir, comprar  etc.. Portanto, precisa-se de alguém para fazer os verbos funcionarem. Esse alguém é a pessoa do discurso.

No singular, temos:

1ª Pessoa do Singular: EU
2ª Pessoa do Singular: TU
3ª Pessoa do Singular: ELE (ou ELA)

Essas são as pessoas do singular. Se elas forem para o plural, teremos:

1ª Pessoa do Plural: NÓS
2ª Pessoa do Plural: VÓS
3ª Pessoa do Plural: ELES (ou ELAS)

Essas pessoas são os pronomes, PESSOAL DO CASO RETO , outra classe de palavras diferente dos verbos.


O NÚMERO:

Como você acabou de ver na explicação anterior, as pessoas do discurso podem estar no singular (eu, tu, ele) ou no plural (nós, vós, eles). Isso significa que, além de ter pessoa o verbo também tem número (singular ou plural).

O MODO:

Além das formas nominais, do tempo, da pessoa e do número, os verbos mudam de acordo com o modo em que eles são expressos. Eles podem ser expressos no modo indicativo, subjuntivo (sem certeza, com dúvida) ou imperativo (ordem).


Modo Indicativo - com certeza

"Você canta bem."


Modo Subjuntivo - sem certeza

"Talvez você cante bem." 



Modo Imperativo - ordem ou pedido

Canta! Agora!
O BCCCV informa:

TIPOS GERAIS DE VERBOS:

Verbos regulares: seguem um padrão ao serem conjugados
Ex: eu canto, tu cantas, ele canta...

Verbos irregulares: possuem conjugações diferentes
Ex: eu caibo (e não "eu cabo"), eu meço (e não "eu medo")

Verbos anômalos: fazem pirraça e não seguem padrão nenhum ao serem conjugados
Ex: eu sou, tu és, ele é (verbo "ser")

Verbos abundantes: verbos que possuem mais de um particípio
Ex: verbo "imprimir": "o documento foi imprimido" ou "o documento foi impresso"

Verbos defectivos: ao contrário dos verbos abundantes, eles não possuem determinadas conjugações.
Ex: verbo colorir: não existe "eu coloro". 


DICA ESPERTA DO BCCCV:

Você acabou de ver muitas informações. Logo, deverá ler novamente este resumo fazendo anotações; (pois, escrever é uma boa maneira de fixar o conteúdo). Busque a inteligibilidade. OK!


FALTAM ou FALTA? Do verbo faltar:

Como devemos escrever: "falta tantos dias" ou "faltam tantos dias"? 

Como fica a concordância?

Vamos ao exemplo:

A) Faltam 05 dias para terminar o ano de 2014.
B) Falta 05 dias para terminar o ano de 2014.

O BCCCV informa:

A resposta correta é: faltam. O verbo concorda com o sujeito.
Logo, se o sujeito está no plural (05 dias), então o verbo "faltar"
deve concordar no plural (faltam). 
Sendo assim, a alternativa correta é a [A]: 
Faltam 05 dias para terminar o ano de 2014. 

O pessoal deve confundir isso por causa do verbo "haver".
O verbo "haver" não concorda no plural: "há um dia", "há dois dias", 
"há três dias" (para tempo decorrido).
"Há uma pessoa na sala", "há duas pessoas na sala" 
(tendo o mesmo sentido de "existir"). 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

RAPIDINHAS DE LITERATURA: Realismo

Realismo e Naturalismo - resumo, contexto histórico, autores, dicas :

BCCCV informa:

A partir da segunda metade do século 20, as concepções estéticas que nortearam o ideário romântico começaram a perder espaço. Uma nova tendência, baseada na trama psicológica e em personagens inspirados na realidade, toma conta da literatura ocidental. Estava inaugurado o Realismo-Naturalismo.
No Brasil, essa passagem ocorre em 1881, com a publicação de Memória Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (1839-1908), e de O Mulato, de Aluísio Azevedo (1857-1913). Enquanto o livro de Machado apresenta acentuado viés realista, o de Aluísio é claramente naturalista.

Realismo
O Realismo brasileiro é completamente diferente do europeu. A obra de seu principal autor, Machado de Assis, escapa de qualquer tentativa de classificação esquemática.

Na fase madura, Machado produz uma literatura essencialmente problematizadora. Com minuciosa investigação psicológica, ele indaga a existência humana. Ele ainda substitui o determinismo biológico por acentuado pessimismo existencialista e discute temas como a relatividade da loucura e a exploração do homem pelo próprio homem.

A intertextualidade e a metalinguagem marcam o estilo de Machado. O uso da linguagem poética, do jogo proposital de ambiguidades, da recuperação de lugares comuns e do microrrealismo psicológico também são características fundamentais da obra machadiana. Dom CasmurroEsaú e Jacó e Memorial de Aires são alguns romances do autor.

Naturalismo
O principal autor naturalista no Brasil é Aluísio Azevedo. O determinismo social predomina em sua obra, construída através de observação rigorosa do mundo físico e da zoomorfização das personagens. Aluísio é autor de O mulatoCasa de pensão O cortiço, obras com acentuado caráter investigativo e cuidadosa análise de comportamentos sociais.

DICA RÁPIDA 1:
A riqueza literária do Realismo-Naturalismo no Brasil não se restringe à prosa de ficção. A dramaturgia também evolui e consolida a comédia de costumes como um gênero maior – na obra de França Júnior e Artur Azevedo, por exemplo.

Vale lembrar que o Realismo-Naturalismo brasileiro oferece amplo painel de uma época em que o país era monárquico, escravocrata, patriarcalista e passava por profundas mudanças socioeconômicas e culturais.

DICA RÁPIDA 2:
Muitos vestibulares tem cobrado conhecimentos sobre a obra de Machado de Assis e os temas problematizados pelo autor, como a própria vida e a literatura.

REALISMO: características

 Autores, Livros, Obras e Características.

Realismo - Obras e Autores


Realismo foi uma escola literária que combatia os ideais românticos. O surgimento ocorreu enquanto o mundo vivenciava o nascimento do socialismo e da segunda Revolução Industrial.

Realismo em Portugal teve como marco inicial a Questão Coimbrã (1865), quando se defrontam, de um lado, os jovens estudantes de Coimbra, atentos às novas idéias que vinham da França, Inglaterra e Alemanha e, de outro, os velhos românticos de Lisboa.
O Realismo foi inaugurado em 1881 no Brasil. Nesse ano duas obras se destacaram: O mulato, de Aluísio de Azevedo, e Memórias póstumas de Brás Cuba, de Machado de Assis.
CARACTERÍSTICAS:
O objetivismo aparece como negação do subjetivismo romântico; o universalismo ocupa o lugar do personalismo. O sentimentalismo cede terreno ao materialismo. O Realismo se preocupava apenas com o presente, com o contemporâneo.
Com o desenvolvimento das ciências, muitos autores foram influenciados no século XIX, principalmente os naturalistas, donde se pode falar em cientificismo nas obras desse período.
Os autores realistas são antimonárquicos e negam a burguesia.
Realismo é uma denominação genérica de uma escola literária que abrange as seguintes tendências:
Romance realista – Narrativa voltada para a análise psicológica e que critica a sociedade e partir do comportamento de determinados personagens, em geral, capitalistas. O romance realista tem caráter documental, sendo o retrato de uma época.
Romance naturalista - Marcada pela vigorosa análise social a partir de grupos humanos marginalizados, em que se valoriza o coletivo. O naturalismo apresenta romances experimentais.
AUTORES:
Machado de Assis – Se destacou como romancista realista. Apesar de ter escrito obras romancistas,  como RessurreiçãoA mão e a luvaHelena e Iaiá Garcia.
Algumas obras realistas de Machado de Assis: Memórias póstumas de Brás Cubas,Quincas Borba e Dom Casmurro.
Aluísio de Azevedo – Escreveu alguns romances românticos, os quais chamou de “comerciais”, pois eram os que mais vendiam. Mas suas maiores obras foram os romances naturalistas, como O mulatoCasa de pensão e O cortiço.

REALISMO NO BRASIL: Resumo

Na segunda metade do século XIX, o Brasil passava por diversas mudanças sociais, políticas e econômicas. Com o fim do tráfico negreiro e a abolição da escravatura, a mão de obra brasileira passou a ser de imigrantes europeus e os negros, consequentemente, foram marginalizados pela sociedade. Além dessas questões, somam-se ao período a queda da economia açucareira e a ascensão do café, a proclamação da república e a evolução industrial e tecnológica, que permitiu dentre outras coisas a construção da primeira estrada de ferro.
As questões pelas quais o País passava, interferiram em todos os campos da cultura, inclusive na literatura que reagiu contra as propostas românticas. Sendo assim, e sob influência do Positivismo, surgiu no Brasil o Realismo, que teve início oficial em 1881 com a publicação de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis. O movimento, contextualizado em um Brasil mais moderno, com ideias liberais e republicanas, deixou de lado a ficção e a novela para dar espaço à verdade - uma das principais diferenças em relação ao que vinha sendo produzido pelos escritores brasileiros. Os textos eram produzidos de maneira mais crítica, objetiva e participante, e os escritores realistas focavam em retratar a realidade com a fidelidade necessária à revelação da sua totalidade.

Raul Pompéia
O positivismo chegou no País por intermédio francês e foi uma corrente filosófica fundamentada na análise da realidade. Com isso, as produções literárias no Brasil passaram a se voltar à realidade brasileira, focando como cenários os centros urbanos, o trabalho e a rotina, e deixando de lado a natureza e a sua idealização. Nos textos de temática amorosa o sentimentalismo e o exagero saíram de cena, dando lugar para características como a ironia, o amor sem exaltações e o casamento para fins de ascensão social. No lugar dos heróis românticos, surgem pessoas comuns, com suas falhas e limitações.
Aluísio de Azevedo
No Brasil o maior expoente do Realismo foi Machado de Assis, mas Aluísio de Azevedo e Raul Pompéia também tiveram grande importância como representantes do movimento que dividia sua produção literária entre prosa e poesia. Machado de Assis contribuiu com grandes obras como “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba” e “Dom Casmurro”. Já Raul Pompéia e Aluízio de Azevedo receberam destaque com as publicações “O Ateneu” e “O Mulato”, respectivamente.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

ROMANTISMO NO BRASIL: NA POESIA

AS TRÊS FASES: AS CHAMADAS GERAÇÕES ROMÂNTICAS

1ª Geração:   NACIONALISTA ou INDIANISTA

Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias: Exaltação da natureza, excesso de sentimentalismo, amor indianista, ufanismo [exaltação da Pátria].

2ª Geração:  ULTRA-ROMÂNTICA ou "MAL DO SÉCULO"

Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela:
Egocentrismo, sentimentalismo exagerado, morte, tristeza, solidão, tédio, melancolia, subjetivismo, idealização da mulher.

3ª Geração:    CONDOREIRA ou SOCIAL
Castro Alves: Sentimentos liberais e abolicionistas


INDIANISMO: Uma das formas mais significativas do nacionalismo romântico.
O índio é um ser idealizado [nobre, valoroso, fiel], apesar disso demonstra a valorização das origens da nacionalidade.

MAL DO SÉCULO: Voltando-se inteiramente para dentro de si mesmos, esses poetas expressaram em seus versos pessimistas um profundo desencanto pela vida. Muitos marcados pela tuberculose, mal que deu nome à fase.

CONDOREIRISMO:  Poesia social e libertária que reflete as lutas internas da Segunda metade do reinado de D. Pedro II.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

PASÁRGADA: A ARTE DA FELICIDADE

A felicidade não depende do que acontece ao nosso redor
 e sim do que acontece dentro de nós;
a felicidade se mede pelo espírito
com o qual nós enfrentamos
os problemas da vida.

A felicidade é um assunto de valentia;
é tão fácil sentir-se deprimido e desesperado.
A felicidade é um estado de ânimo;
não somos felizes
enquanto não decidimos sê-lo.

A felicidade não consiste em fazer sempre o que desejamos,
mas sim em querer tudo o que fazemos.

A felicidade nasce ao colocarmos nossos corações em nosso trabalho
e ao fazê-lo com alegria e entusiamo.

A felicidade não tem receitas; 
cada um cozinha com o tempero da sua própria meditação.

A felicidade não é uma pousada no caminho;
mas uma forma de caminhar pela vida.

[Roger Luján].

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

SUPERÁVIT ou SUPERAVIT?

 Por que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (PVOLP) da Academia Brasileira de Letras (ACL) coloca acento gráfico na palavra superávit sendo que não há regra que o justifique? Agnaldo Martino, São Paulo, SP

Vamos tratar junto de déficit hábitat, que configuram a mesma questão. O PVOLP editado em 1999 pela ACL traz os dois registros: superavit - o próprio latim, e superávit, “do latim superavit”. Isso já nos faculta usar uma ou outra forma. O dicionário Houaiss só registra o latim nos três casos. O Aurélio apresenta as formas acentuadas, além do latim habitat. A imprensa prefere a grafia com o acento, porque facilita a leitura. Aliás, a acentuação gráfica nos três vocábulos tem o mero papel de informar a tonicidade. Senão vejamos:

Dé – fi – cit

Há – bi – tat

Su – pe – rá – vit


Como se observa, não é possível afirmar que o acento nessas palavras se justifica porque elas são proparoxítonas, como assim as denomina Napoleão Mendes de Almeida no seu Dicionário de Questões Vernáculas (1981: 305).  Se as duas primeiras são proparoxítonas, a última não pode ser. 

PLURAL: superávits, déficits e hábitats

Em Portugal resolveu-se a pendenga de outra maneira: a grafia de deficit é défice. E superávit? Fui informada de que não é termo vulgarmente usado – preferem “excedente”. Mas poderia e poderá ser aportuguesado como “superávite”, não?

De minha parte, ainda prefiro as formas acentuadas que estou acostumada a ver em revistas e jornais, mesmo que não haja coerência nessa grafia!
[Maria Tereza de Queiroz Piacentini].

domingo, 7 de dezembro de 2014

ROMANTISMO NO BRASIL: Características



O BCCCV informa:

O Romantismo no Brasil teve início com a publicação do Livro SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES, de Gonçalves de Magalhães, em 1836.

Ele veio para RENOVAR os padrões literários.

Necessidade de criar uma cultura brasileira identificada com suas próprias raízes históricas, linguísticas e culturais.

Reação à tradição clássica.

Movimento anticolunista e antilusitano, ou seja, rejeição à Literatura produzida na época colonial, em virtude do apego dessa produção aos modelos portugueses.

CARACTERÍSTICAS:

Podem-se apontar, no amplo e diversificado movimento romântico, algumas tendências básicas:

1. A exaltação dos sentimentos pessoais, muitas vezes até autopiedade.
2. Exaltação de seu "eu" - subjetivismo.
3. A expressão dos estados da alma, das paixões e emoções, da fé, dos ideais religiosos.
4. Apoiam-se em valores nacionais e populares.
5. Desejo de liberdade, de igualdade e de reformas sociais.
6. Valorização da Natureza, que é vista como exemplo de manifestação do Poder de Deus e como refúgio acolhedor para o homem que foge dos vícios e corrupções da vida em sociedade.
7. Em alguns casos, fuga da realidade através da arte [direção histórica e nacionalista ou direção idílica e saudosista].

A linguagem sofreu transformações: em lugar da bem cuidada sintaxe clássica e das composições de metro fixo, os românticos preferiram uma linguagem mais coloquial, comunicativa e simples, criando ritmos novos e variando as formas métricas.
Essa liberdade de expressão é uma das características típicas do Romantismo e constitui um aspecto importante para a evolução da literatura ocidental.

O espírito de renovação linguística é uma contribuição importante do Romantismo e foi retomado no século XX, pelos Modernistas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

ORTOGRAFIA: USO DO "Ç"

                                                   O BCCCV EXPLICA:
Ortografia, cujo significado é escrever direito, é um dos assuntos mais temidos pelos jovens estudantes em virtude do número de regras existentes. É-lhes difícil memorizar a todas, pois não leem muito nem escrevem sistematicamente, dois dos principais segredos para aprender a escrever as palavras adequadamente. 

Quem tem o hábito de realizar boas leituras e de escrever ao menos um texto por semana aprende com mais facilidade a arte de escrever corretamente, se aliar a isso consultas constantes a dicionários de boa qualidade.

A intenção, no texto de hoje e em outros das próximas semanas, é apresentar algumas dicas que ajudam a memorizar regras de ortografia. Isso será realizado por meio de frases com palavras em que conste a mesma letra. Vamos à primeira:
  • "Uma das intenções da casa de detenção é levar os que cometeram graves infrações a alcançar a introspecção, por intermédio da reeducação."


Nessa frase, há seis palavras escritas com Ç: intenções, detenção, infrações, alcançar, introspecção e reeducação. As regras quanto ao uso do Ç são as seguintes:

1- Usa-se Ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em -TO, -TOR e -TIVO. Por exemplo:
Canto - canção
Ereto - ereção
Conjunto - conjunção
Infrator - infração 
Setor - seção
Condutor - condução
Relativo - relação
Intuitivo - intuição
Ativo - ação
Três palavras da frase apresentada obedecem a essa regra:
Intento - intenção
Infrator - infração
Introspectivo - introspecção

2- Usa-se Ç em substantivos terminados em -TENÇÃO derivados de verbos terminados em -TER:
Conter - contenção
Manter - manutenção
Reter - retenção
Deter - detenção

3- Usa-se Ç em verbos terminados em -ÇAR cujo substantivo equivalente seja terminado em -CE ou em -ÇO:
Lance - lançar
Desenlace - desenlaçar
Abraço - abraçar
Endereço - endereçar
Almoço - almoçar
Uma palavra da frase apresentada obedece a essa regra: 
Alcance - alcançar

4- Usa-se Ç em substantivos terminados em -ÇÃO derivados de verbos de que se retirou a letra R:
Exportar - exportação
Abdicar - abdicação
Abreviar - abreviação
Uma palavra da frase apresentada obedece a essa regra:
Educar - educação.

O estudo da ortografia exige atenção de quem escreve. É necessário realizar as analogias entre palavras. Ao escrever um vocábulo, ter a ciência de que ele proveio de outro, o que nos obriga a escrevê-lo de determinada maneira, e não de outra. É preciso paciência. Só aprende a escrever adequadamente quem treina sistematicamente. Portanto, leitor, mãos à obra!