quarta-feira, 24 de julho de 2013

TROUXE: O que é?

O que é Trouxe:

Trouxe é uma conjugação do verbo transitivo trazer, mais concretamente é o pretérito perfeito do verbo trazer. Pode significar conduzir para cá, ser portador de; usar, vestir; ocupar, atrair, proporcionar, etc.
"Todos estavam muito bem vestidos, mas ele trouxe uma camisa roxa com flores amarelas, e por isso é que os seguranças não o deixaram entrar."
A palavra "trouxeram" é a conjugação do verbo trazer no pretérito perfeito, na terceira pessoa do plural: "Elas não trouxeram o material que eu pedi, por isso não vai dar para terminar o trabalho."
Foneticamente, a palavra trouxe é proferida como se fosse "trouce" / "trousse", ou seja, o "x" assume o som de "s". Por esse motivo, muitas pessoas têm dúvidas a respeito da ortografia desta palavra. No entanto, a forma correta é "trouxe", com "x".


TRAZER OU TROUXER AS MENINAS?!?

Trazer ou trouxer

Existe uma dúvida frequente  e cruel a respeito da diferença e da utilização das palavras "trazer" e "trouxer". Trazer é o infinitivo do verbo, enquanto que trouxer é o futuro do subjuntivo do mesmo verbo.
 Vejamos exemplos em frases:
 "Você pode trazer as bebidas para a festa?"
 - "Ele está demorando tanto que quando ele trouxer as bebidas a festa já vai ter terminado!"

terça-feira, 23 de julho de 2013

RAPIDINHA DE PORTUGUÊS: DA ONDE ou DE ONDE?

Você é da onde?
A forma “da onde” simplesmente não existe.
Sempre que houver a ideia de procedência “de” algum lugar, devemos usar a forma DE ONDE.
Portanto, devemos falar:
“Esta é a cidade de onde ele veio.”
“Quero saber de onde você vem.”

MAU ou MAL - dúvida cruel ~~

MAU ou MAL?
Leitor critica manchete jornalística: “Saúde em mal estado”.
O leitor tem razão. Estamos escrevendo muito mal. Quem está em mau estado é o nosso texto.
Não esqueça:
MAU é o contrário de BOM;
MAL é o contrário de BEM.
Se você não escreve bem, é porque escreve mal; se a Saúde não está em bom estado, é porque está em mau estado.
MAU OU MAL?

VERBO TRAZER: dúvidas cruéis

O verbo trazer é alvo de muitas dúvidas, duas delas muito habituais em nosso cotidiano: Traz ou trás, tinha trago ou tinha trazido

Traz é flexão do verbo trazer, trás não: 

Isto não traz harmonia para seu lar. 
Esta foto me traz muitas lembranças boas. 

Use “trás” com “s” somente quando equivaler a “atrás”
Ele estava por trás da porta quando você entrou. 
Ele estava por trás desse plano. (no sentido figurado: atrás do plano, ou seja, fazendo parte dele) 

CUIDADO: “Tinha trago” não existe porque o verbo “trazer” não é abundante, ou seja, só apresenta uma forma de particípio: trazido. Portanto, é considerado regular. 

O equívoco de dizer “tinha trago” acontece porque alguns verbos admitem duas formas de particípio, como limpar (limpado, limpo) e suspender (suspendido, suspenso). 

“Trago”, dessa forma, sem o verbo ter (tinha) é presente do indicativo do verbo trazer: 

Trago este presente para lhe dizer o quanto gosto de você! 

Logo, nunca diga “eu tinha trago” e sim: 

CORRETO: Eu tinha trazido todas as minhas coisas para vocês verem! 

Só mais DOIS lembretes: 1. Devemos dizer “trouxe” e não “truxe”:
Eu trouxe as coisas para vocês verem!
                                        2. Devemos dizer - quando eu trouxer as meninas [...] e não se eu trazer as meninas [...].
- BCCCV-
BATALHÃO DE CIDADANIA E CIVILIDADE CONTRA A VIOLÊNCIA E
SOLDADOS DA LÍNGUA PÁTRIA

domingo, 21 de julho de 2013

RAPIDINHAS DE PORTUGUÊS: cartão de crédito e cartão de visita

1. Hoje, tanto se diz boêmia como boemia. Nelson Gonçalves consagrou a segunda,
 com a tonacidade no mia.

2. Cuidado: Eu caibo dentro daquela caixa. A primeira pessoa do presente do
 indicativo assim se escreve porque o verbo é irregular.

3. Preste atenção: o senador Luiz Estêvão foi cassado. Mas o leão foi caçado e nunca foi achado.
 Portanto, cassar (com dois s) quer dizer tornar nulo, sem efeito.

4. Existem palavras que só devem ser empregadas no plural.
Veja: os óculos, as núpcias, as olheiras, os parabéns, os pêsames, as primícias, 
os víveres, os afazeres, os anais, os arredores, os escombros, as fezes, 
as hemorroidas, etc.

5. Pouca gente tem coragem de usar, mas o plural de caráter é caracteres. Então, Carlos
pode ser um bom-caráter, mas os dois irmãos dele são dois maus-caracteres.

6. Cartão de crédito e cartão de visita não pedem hífen. Já cartão-postal exige o tracinho.

DÚVIDA CRUEL: CIDADÃO só tem um plural, é feio cidadões~~

1. Catequese se escreve com s, mas catequizar é com z.

2. O exemplo acima foge de uma regrinha que diz o seguinte: os verbos derivados de palavras primitivas grafadas com s formam-se com o acréscimo do sufixo -ar: análise-analisar, pesquisa-pesquisar, aviso-avisar, paralisia-paralisar, etc.

3. Censo é de recenseamento;
  senso refere-se a juízo.
 Veja: O censo deste ano deve ser feito com senso crítico.

4. Você não bebe a champanhe. Bebe o champanhe. É, portanto, palavra masculina.

5. Cidadão só tem um plural: cidadãos. -  [Esqueça cidadões]!

DÚVIDA CRUEL: ancião tem três plural -[ n. 4]

1. O certo é alto-falante, e não auto-falante.

2. O certo é alugam-se casas, e não aluga-se casas.
 Mas devemos dizer precisa-se de empregados, trata-se de problemas.
 Observe a presença da preposição (de) após o verbo. É a dica pra não errar.

3. Depois de ditongo, geralmente se emprega x.
 Veja: afrouxar, encaixe, feixe, baixa, faixa, frouxo, rouxinol, trouxa, peixe, etc.

4. Ancião tem três plurais: anciãos, anciães, anciões.

5. Só use ao invés de para significar ao contrário de, ou seja, com ideia de oposição.
 Veja: Ela gosta de usar preto ao invés de branco.
 Ao invés de chorar, ela sorriu.
 Em vez de quer dizer em lugar de. Não tem necessariamente a ideia de oposição.
 Veja: Em vez de estudar, ela foi brincar com as colegas. (Estudar não é antônimo de brincar).

DÚVIDA CRUEL: alface é feminino ou masculino?!? n. 2

1. Acerca de quer dizer a respeito de.
 Veja: Falei com ele acerca de um problema matemático.
 Mas há cerca de é uma expressão em que o verbo haver indica tempo transcorrido,
 equivalente a faz. Veja: Há cerca de um mês que não a vejo.

2. Não esqueça: alface é substantivo feminino. A Alface está bem verdinha.

3. Além pede sempre o hífen: além-mar, além-fronteiras, etc.

4. Algures é um advérbio de lugar e quer dizer “em algum lugar”. 
alhures significa “em outro lugar”.

5. Mantenha o timbre fechado do o no plural dessas palavras: almoços, bolsos, 
estojos, esposos, sogros, polvos, etc.


DÚVIDA CRUEL: a meu ver ou ao meu ver [...] n.3


1. Custas só se usa na linguagem jurídica para designar despesas feitas no processo.
 Portanto, devemos dizer: “O filho vive à custa do pai”. No singular.

2. Não existe a expressão à medida em que. Ou se usa à medida que correspondente a
  à proporção que, ou se usa na medida em que equivalente a tendo em vista que.

3. O certo é a meu ver e não ao meu ver.

4. A princípio significa inicialmente, antes de mais nada:
 Ex: A princípio, gostaria de dizer que estou bem.
 Em princípio quer dizer em tese. Ex: Em princípio, todos concordaram com minha sugestão.

5. À-toa, com hífen, é um adjetivo e significa “inútil”, “desprezível”.
 Ex: Esse rapaz é um sujeito à-toa.
 À toa, sem hífen, é uma locução adverbial e quer dizer “a esmo”, “inutilmente”.
 Ex: Andava à toa na vida.

6. Com a conjunção se, deve-se utilizar acaso, e nunca caso.
O certo: “Se acaso vir meu amigo por aí, diga-lhe…”
 Mas podemos dizer: “Caso o veja por aí…”.