sábado, 25 de setembro de 2010

SANAR OU SANEAR? O BCCCV esclarece:

  • SANAR: Curar,  sarar, corrigir.
 EXEMPLOs:

É preciso sanar esse mal.
Sanaremos todas essas falhas.

  • SANEAR: Recuperar, remediar, tornar habitável, reparar.
EXEMPLOs:
O governo saneará (recuperará) o Rio Acre.
Precisamos sanear as finanças do país.
A Prefeitura saneou (tornou habitável) o bairro São Francisco.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

"QUE" - Dúvida cruel - O BCCCV explica:

FAZER O QUÊ? 
E OUTROS QUES SEM ACENTO CIRCUNFLEXO
 
 


--- Acentua-se o ‘que’ neste caso: Fazer o quê, Fernando? (quando a frase termina com um vocativo). Carlos Eduardo Miranda, São Paulo/SP

Pela norma oficial, não. Reza o Formulário Ortográfico de 1943 (na 14ª regra da Acentuação Gráfica - Obs.) que o acento circunflexo deve ser usado como distintivo ou diferencial entre “porquê (quando é substantivo ou vem no fim da frase) e porque (conj.)”  e entre “quê (s.m., interj., ou pron. no fim da frase) e que (adv., conj., pron. ou part. expletiva)”. Vamos exemplificar essa regra quanto aos dois últimos “ques”:

  Com acento circunflexo:
. Substantivo masculino: Seu olhar tem um quê de misterioso e vago.
. Interjeição: Quê! isso é intriga.
. Pronome em fim de frase: Fumar pra quê?
                                                   Ele falou não sei o quê.
                                                   Analise como e por quê.

   Sem acento:
. Advérbio: Que beleza!
. Conjunção: O ministro disse que vai pensar no caso.
. Pronome: É linda a casa que construíram.
. Partícula expletiva: Que doce que ela é!

Em suma: escreve-se o que com acento para marcá-lo como monossílabo tônico, da mesma forma que se faz com ,, , e essa tonicidade ocorre com o que quando interjeição ou substantivo e quando pronome no final da frase.

Há, contudo, uma situação que deixa muitos brasileiros em dúvida: é justamente quando o “que” soa como tônico mas não vem no fim da frase – ao menos a frase entendida como um enunciado de sentido completo que se conclui com um ponto (final, de exclamação ou de interrogação). É para evidenciar essa tonicidade que alguns redatores usam o “que” acentuado no meio da frase ou antes de acabado o período:

Fazer o quê, Fernando?
Está pensando em quê, fofura?
São leituras, então, que intermedeiam o quê, para quê, através de quem.

Não se pode considerar o acento gráfico um erro nesses casos, de modo algum. Mas pelo sim, pelo não, é uma boa opção ater-se ao preceituado na gramática e não acentuar o “que” situado no meio da frase, com ou sem pontuação na sequência. Assim o fizeram as pessoas que escreveram os períodos abaixo:

Por que, Senhor?

O Washington e toda a equipe da W/Brasil mantiveram o frescor da campanha por 26 anos. Parar por que, então?

Confira nesta página como e por que – embora entrelaçadas por uma história inacabada – as duas guerras têm características singulares.

O redator-chefe de Primeira Leitura responde, numa reportagem sobre desinvestimento, o que e por que mudar.

Cometemos de fato o equívoco apontado, pelo que nos desculpamos.

Pedimos que nos envie o recibo e a nota fiscal, sem o que não realizamos nenhuma troca.

Para elas, mudou o que neste meio século? O penteado?

E se o barco afundar, vamos fazer o que, Presidente?